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Balanço

Campos Neto descumpre meta de inflação em 3 dos 6 anos de mandato no BC

Bolsonarista não conseguiu controlar aumento de preço mesmo elevando taxa de juros

19.dez.2024 às 20h50
Curitiba (PR)
Redação

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi ao Senado falar sobre a taxa básica de juros do país - Pedro França/Agência Senado

O Banco Central (BC) itiu nesta quinta-feira (19) que a inflação vai fechar 2024 acima dos 4,5% e, portanto, acima da meta estabelecida para o índice. O problema está registrado na última versão do Relatório de Inflação divulgado pelo órgão na presidência do Roberto Campos Neto.

Indicado para o cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Campos Neto está na chefia do BC desde 2019. Em três deles, não conseguiu que BC cumprisse sua função de manter os preços sob controle no país, mesmo em anos em que a taxa básica de juros esteve elevada.

Sob gestão Campos Neto no BC, a inflação esteve acima da meta em 2021 e 2022, dois últimos anos do governo Bolsonaro. Voltou a estar dentro do estimado no primeiro ano do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Neste ano, porém, segundo o próprio BC, ele vai fechar o ano acima do limite de 4,5%.

Em novembro, a inflação ficou em 0,39% no mês. Com isso, acumula alta de 4,87% nos últimos 12 meses. Já está, portanto, acima da meta de até 4,5% estabelecida para o índice.

Campos Neto concedeu nesta quinta uma entrevista coletiva para se despedir do BC. Foi questionado sobre os resultados de sua gestão no controle de preços. Se justificou dizendo que a inflação esteve acima do estabelecido durante períodos de choques de preços causados por eventos externos, como a pandemia de covid-19.

"Começamos cumprindo a meta, mas tivemos uma pandemia. Houve um efeito colateral das medidas de enfrentamento dessa pandemia e nenhum país cumpriu suas metas de inflação", explicou Campos Neto.

Ele, no entanto, defendeu sua gestão no BC. Disse que seu trabalho foi premiado no exterior. Reforçou que trabalhou de "forma técnica" e "acima de qualquer interesse político".

"Acho que as decisões do Copom [Comitê de Política Monetária] provam isso", disse.

Embate com Lula

Campos Neto travou um embate com o presidente Lula durante os últimos dois anos justamente por conta das decisões do Copom sobre a Selic. O presidente reclamou de Campos Neto porque considerava que os altos juros da economia nacional atrapalhavam o crescimento.

Em junho, Lula chegou a dizer em uma entrevista à CBN e disse que Campos Neto tinha lado político e atuava para prejudicar o país. Lembrou ainda que Campos Neto já sinalizou que pode integrar um eventual governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado hoje como o principal adversário de Lula caso ele decida concorrer à reeleição em 2026.

Apesar dessas críticas, Lula não pôde tirar Campos Neto do BC porque uma lei sancionada por Bolsonaro garantia a ele um mandato no órgão.

Em sua coletiva nesta quinta, Campos Neto elogiou a autonomia do órgão e disse que ela precisa ser aprofundda. Tal projeto é criticado por funcionários do órgão e movimentos populares, pois tende a aumentar a influência do mercado no banco.

Sucessor prega manutenção

Campos Neto deixa o BC ao final deste ano porque seu mandato no órgão acaba no dia 31 de dezembro. Lula escolheu o ex-secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para o substituir, esperando manter melhor relação com o BC.

Galípolo esteve hoje ao lado de Campos Neto em sua coletiva de despedida. Contrariando Lula, ele elogiou o trabalho do presidente do BC. "Seu avô estaria muito orgulhoso de você", disse Galípolo para Campos Neto, lembrando que o presidente em fim de mandato é neto de Roberto Campos, ministro do Planejamento da ditadura militar.

"Campos Neto atuou em todas as reuniões sempre com preocupação pelo país", acrescentou Galípolo, em oposição às críticas de Lula.

O futuro presidente do órgão, inclusive, indicou que o BC e o Copom devem manter um comportamento parecido com o da gestão Campos Neto nos próximos meses, pelo menos. O futuro presidente do BC ratificou que, nas próximas duas reuniões do Copom, a Selic deve ser elevada em 1 ponto percentual, chegando a 14,25% ao ano. Hoje, ela está em 12,25% ao ano.

Galípolo chegou a ser questionado se a alta não pode ser ainda mais severa nas próximas reuniões visto que a cotação do dólar no Brasil vem aumentando muito. Isso tende a aumentar o preço de produtos dentro do país, impactando na inflação.

O indicado de Lula negou essa possibilidade, mas reforçou que vai elevar a Selic para levar a inflação ao centro de sua meta, que é 3% ao ano. "O BC vai buscar a meta e vai usar a taxa restritiva necessária para isso."

"Vamos lidar com questões políticas. No aeroporto, na padaria, todo mundo fala comigo dos juros. Mas a decisão é tomada com hora marcada pelos membros do Copom", disse ele, negando que o governo possa influenciar nas decisões do BC.

Pressão do dólar

Galípolo e Campos Neto também foram questionados sobre como o BC pode atuar para reduzir a alta do dólar no Brasil, sabendo que isso impacta na inflação. Eles disseram que o órgão não age para reduzir a cotação da moeda, mas sim para garantir que o fluxo de entrada e saída dela esteja garantido sem efeitos nocivos para a economia.

Campos Neto disse que, neste final de ano, empresas estão enviando lucros para outros países. Isso aumenta a demanda por dólar e empurra a cotação para cima. Segundo ele, o BC está vendendo dólar para facilitar essas transações e reduzir os impactos delas.

Galípolo negou que o Brasil esteja ando por um ataque especulativo, algo que foi aventado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Ele reconheceu que agentes de mercado estão insatisfeitos com a política de gastos do governo e que isso pode ter a ver com o aumento do dólar no Brasil.

Quem é Gabriel Galípolo  

Formado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Galípolo trabalhou em secretarias do governo do estado de São Paulo na gestão de José Serra (PSDB), quando também dirigiu a área de estruturação de concessões e parcerias público-privadas (PPPs). Em 2009, deixou a istração pública e fundou uma empresa de consultoria. 

Entre 2017 e 2021 foi presidente do Banco Fator. Depois, virou conselheiro da Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp) e pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri). Em 2023, após a posse de Lula, foi convidado para ser secretário-executivo do Ministério da Fazenda, comandado por Fernando Haddad (PT). 

Após um semestre como número dois da Fazenda, foi indicado diretor de política monetária do BC e no final de agosto, o presidente Lula o indicou para a presidência da instituição. Nas últimas reuniões do Copom, Galípolo se alinhou ao atual presidente do BC, Campos Neto, e apoiou o aumento da taxa básica de juros no Brasil, contrariando as expectativas do governo.   

Editado por: Thalita Pires
Tags: banco centraldólargabriel galípoloinflação
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