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Entrevista

Brasil, China e Rússia precisam subir o tom contra Israel, defende comunista libanês

'Temos um sentimento geral de que fomos abandonados', disse ao Brasil de Fato Omar Deeb, do Partido Comunista do Líbano

03.out.2024 às 20h29
São Paulo (SP)
Leandro Melito

Destruição causada pelos ataques aéreos israelenses em um bairro nos subúrbios de Beirute - Foto: AFP

A intensificação dos ataques israelenses ao Líbano, que já deixaram quase 2 mil mortos e um milhão de deslocados até esta quinta-feira (03), gera entre a população libanesa o sentimento de insegurança e de abandono diante da falta de reação internacional.

Essa é a avaliação de Omar Deeb, militante do Partido Comunista Libanês que vive na capital, Beirute. Ao Basil de Fato, ele afirma que o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, possui "sinal verde" dos Estados Unidos, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da União Europeia para "encobrir tudo que é feito".

Se por um lado Israel recebe e financeiro, tecnológico e armamentista de seus principais aliados, avalia Deeb, os países que se opõem às ações israelenses "não estão fazendo tudo o que podem".

"Esperamos um tom mais alto da Rússia, da China e do Brasil, das forças regionais e internacionais que podem, pelo menos politicamente, diplomaticamente e economicamente dar alguns os […] contra a continuação da guerra e dos crimes."

Confira a entrevista na íntegra

Brasil de Fato: Quais são as principais consequências para a população libanesa da escalada de ataques de Israel?

Omar Deeb: Tivemos o deslocamento de cerca de 1 milhão de pessoas em duas semanas. A tarefa mais difícil para nós são os deslocados. O que fazer com mais de um milhão de pessoas que tiveram que deixar o sul do Líbano e o subúrbio de Beirute para encontrar diferentes abrigos e casas? É muito difícil, o Líbano é um país pequeno, com seis milhões de habitantes e um milhão repentinamente sem casa. Nas primeiras noites muitos estavam dormindo em seus carros, nas ruas, em tendas. Mas eu acredito que o povo libanês expressou boas formas de solidariedade, em poucos dias casas individuais foram abertas para abrigar famílias inteiras, e também as escolas públicas. As aulas foram interrompidas, então podemos usar as escolas para abrigar os refugiados e também escritórios de ONGs e partidos políticos, tudo o que nós podemos oferecer está sendo oferecido. 

Acreditamos que agora 7% ou 8% das pessoas deslocadas foram abrigadas sob algum teto, onde eles podem pelo menos ter uma forma decente de viver. A próxima tarefa é conseguirmos prover a subsistência para que eles possam continuar a viver com honra. Porque não levaram quase nada quando precisaram deixar suas casas. Isso está sendo um fardo muito pesado para a sociedade libanesa, nós já tínhamos nossos problemas econômicos, mas com a crise humanitária causada por esse brutal ataque criminoso, o povo libanês tem expressado todas as formas de solidariedade.

Nós estamos responsáveis por cerca de mil famílias deslocadas. O Partido Comunista e organizações associadas, ligadas aos movimentos sociais. Isso está criando um enorme fardo, porque tudo o que fazemos não é suficiente para fornecer todo o suprimento necessário. Estamos ajudando a pelo menos evitar que em fome ou durmam nas ruas ou que tenham problemas de saúde por falta de medicamentos apropriados. Isso já é pesado, mas estamos fazendo a menor parte, estamos falando de um milhão de pessoas, nenhuma pessoa, organização ou partido independente pode resolver isso, nem mesmo nosso governo pode lidar com isso sozinho. Isso é maior que a nossa capacidade. Depois da questão dos deslocados, nossa principal tarefa é aumentar a conscientização, por meio de campanhas internacionais de solidariedade, entre pessoas e partidos de outros países. Isso não é algo que o Líbano pode fazer sozinho. 


'Sentimos que fomos abandonados', disse Omar Deeb / Lebanese Communist Party

Como os ataques tem afetado a sua rotina?

Vivo nas montanhas de Beirute e daqui posso ouvir as explosões. É um lugar relativamente seguro, apesar de nenhum lugar no Líbano estar seguro, é o lugar menos perigoso. Então ouvimos as explosões ao nosso redor, há alguns quilômetros. Está perigoso em todo lugar, porque você precisa se deslocar, ir visitar as pessoas, ir aos lugares, é difícil no geral, ir ao mercado, ao lugar onde estão os refugiados.

O que mudou desde o atentado a pagers e walkie talkies até agora com bombardeios?

As pessoas estão com mais medo das tecnologias, de tudo o que usamos, computador, aplicativos, telefones. Tudo que utilizamos pode ser usado para nos gravar, rastrear nossa localização, então estamos realmente em um ambiente inseguro, onde o inimigo pode atacar quem ele quiser. Isso está criando um sentimento de insegurança entre toda a população.

Como avalia a reação internacional aos ataques contra o Líbano?

Temos um sentimento geral de que fomos abandonados. Israel tem sinal verde dos EUA, da Otan e dos governos da UE, que estão prontos para encobrir tudo que é feito. Eles usam o Conselho de Segurança, usam sua presença na mídia para transmitir suas mensagens e encobrir seus crimes. Esses países estão fornecendo tudo que Israel precisa, toda a tecnologia e armas sofisticadas. Por outro lado, outras forças não estão fazendo tudo o que podem. Esperamos um tom mais alto da Rússia, da China e do Brasil, das forças regionais e internacionais que podem, pelo menos, politicamente, diplomaticamente e economicamente dar alguns os que podem fazer a diferença contra a continuação da guerra e dos crimes.

Mas infelizmente há um grande desequilíbrio entre as forças nesse aspecto. Israel tem total e dos seus apoiadores, e do outro lado sabemos que as forças têm boa posição mas têm ações limitadas. Por isso o sentimento geral é que fomos abandonados. Então o governo Netanyahu pode fazer tudo o que quer, não há barreiras na lei internacional, ele não se preocupa com nada, ninguém irá pará-lo. Isso realmente cria um sentimento de medo entre a população. A única escolha para as pessoas é persistir, tentar lutar com tudo o que têm para proteger suas vidas, sua existência, seu país, suas casas. 

Temos medo de que as coisas deteriorem rapidamente, de que a escalada vá além porque o governo de Israel não tem limites. Ouvimos que o governo de Joe Biden não concorda com este ou aquele o, mas isso é uma cobertura diplomática para uma guerra criminosa.

Editado por: Lucas Estanislau
Tags: israel
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