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POVOS ORIGINÁRIOS

A situação da aldeia Mbyá-Guarani Guyra Nhendu, em Maquiné (RS)

Há uma sensação de abandono e falta de apoio vivido pela comunidade, principalmente em relação à moradia segura

20.maio.2024 às 20h50
Porto Alegre
Simone Alves de Almeida

Júlia Gimenes, 65 anos, mostra a situação das moradias na Aldeia Guyra Nhendu, em Maquiné - Foto: Simone Alves de Almeida

Todos sabem da situação trágica que o Rio Grande do Sul está ando neste momento, mas alguns lugares continuam invisíveis. Maquiné é um município no Litoral Norte do RS, onde resiste uma densa área de Mata Atlântica, e onde também chove muito e é bastante úmido. O excesso de umidade frequentemente atinge as plantações e a produção de alimentos, enquanto as chuvas intensas destroem estradas, pontes e os, trazendo muitos prejuízos para os moradores.

Neste momento, mais uma vez, o município encontra-se em estado de calamidade pública. Esta semana, uma lista que revelou as cidades gaúchas mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas (considerando riscos de inundações, desabamentos, entre outros aspectos) apontou que o município de Maquiné ocupa o primeiro lugar neste ranking.

A aldeia Mbyá-Guarani Guyra Nhendu (Som dos Pássaros) tem sete anos de existência, situada em uma área particular cedida para a permanência da comunidade indígena. Lá vivem cinco famílias, sendo um total de 21 pessoas de diferentes faixa-etárias. Entre elas estão Júlia Gimenes, de 65 anos, seus filhos, filha, noras e netos, o mais novo tendo agora 2 anos de idade.

A comunidade enfrenta muitas dificuldades de o a direitos básicos. Há uma sensação de abandono e falta de apoio vivido por essa comunidade e sua situação urgente relacionada principalmente à falta de moradia segura.


Casa de Júlia Gimenes fica na encosta do morro e tem sua estrutura totalmente comprometida / Foto: Simone Alves de Almeida

A casa onde vivem Júlia Gimenes e sua filha Priscila (8 anos), tem sua estrutura comprometida, as paredes e o assoalho estão podres e o telhado está caindo. Quando chove molha muito dentro, e é nela que ficam guardados os artesanatos tradicionais, fonte de renda da família. Além disso, a casa fica na encosta do morro e está sujeita a destruição total pelas chuvas, e pela água que desce da encosta.

No inverno ado (2023), a situação da casa já era de risco, e na falta de o ao direito de moradia digna, foi realizada uma vaquinha online entre amigos e amigos de amigos, para a compra de material para a construção de uma casa segura. Com o valor arrecadado, Júlia e sua família construíram sua casinha. Mas em janeiro deste ano a casa pegou fogo e, mais uma vez, ela teve que voltar para sua casa anterior, que agora se encontra ainda pior do que antes.


Casa atingida pelo fogo havia sido construída com valor arrecadado em vaquinha online / Fotos: Dona Júlia e Simone Alves de Almeida

A casa não tem a menor condição de moradia, e a cada chuva Júlia tem medo que ela desabe. Outras moradias da aldeia, que abrigam seus filhos, noras e netos também são vulneráveis e inseguras. Júlia avalia a necessidade urgente de construção de três casas na aldeia, que acomodariam sua família em segurança. Infelizmente, a ajuda não tem chegado na Guyra Nhendu, que enfrenta também situação de insegurança alimentar e dificuldade de gerar renda.

Com a atual situação de calamidade que atinge o RS, mesmo em áreas que não sejam atingidas diretamente pelos rios, como a aldeia da Júlia, a intensidade das chuvas trás muitos danos, pois as moradias já são bastante precárias. Boa parte do plantio de alimentos é perdido em função do clima e a venda de artesanato, que é única fonte de renda dessa comunidade, fica totalmente paralisada, ampliando ainda mais as dificuldades que a comunidade já enfrenta.

Júlia Gimenes é uma anciã de grande sabedoria, uma biblioteca viva que carrega consigo a cultura guarani. Sua vida em segurança é importante para todo um povo! É urgente que as necessidades de sua aldeia sejam atendidas e é emergencial que sejam construídas três casas na Aldeia Guyra Nhendu.

Esse texto é dirigido às instituições responsáveis pela garantia de direitos indígenas – Funai, MPI, MPF, Sesai, e a todos aqueles que são solidários a essa luta, que compreendem que a causa indígena é a causa de toda a humanidade. Que a Tekoa Guyra Nhendu seja lembrada e as suas necessidades atendidas com urgência!

Para quem puder ajudar, segue o Pix: F 014.825.410.17, em nome de Júlia Gimenes.

* Simone Alves de Almeida é doutora em Psicologia Social e Institucional e Mestra em Saúde Coletiva. Pesquisadora CNPq no projeto "Resistências indígenas, quilombolas e camponesas diante do Antropoceno/plantationoceno". Psicóloga Clínica.

* Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

Editado por: Marcelo Ferreira
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