Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

Armadilha

Entenda a relação entre a reforma tributária e o preço das armas de fogo no Brasil

"Brecha" em texto aprovado pela Câmara dos Deputados pode reduzir os tributos sobre compra e venda de armamentos

21.jul.2023 às 07h18
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister

Entre 2019 e 2022, mais de um milhão de armas de fogo foram registradas no Brasil - Foto: Evaristo Sá/AFP

A reforma tributária, aprovada no início de julho na Câmara dos Deputados, que segue para apreciação do Senado, tem sido debatida majoritariamente em torno de questões sobre a modernização no sistema tributário brasileiro. Contudo, pouco tem se falado sobre as brechas deixadas pelo projeto em uma área central para o atual governo: a política de desarmamento. 

Um dos primeiros atos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como Presidente da República foi a do decreto 11.366 que, entre as resoluções, estabeleceu a suspensão dos registros para a aquisição e a transferência de armas e munições de uso por caçadores, colecionadores, atiradores e particulares e, também, suspendeu a concessão de novos registros de clubes e de escolas de tiro. A medida pretende reduzir a circulação de armamentos no país que cresceu exponencialmente durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

No entanto, a emenda aglutinativa aprovada pelos deputados ao texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 49/19, popularmente conhecida como reforma tributária, apresenta nos “jabutis” uma armadilha que pode baratear a compra de armas no país. O parágrafo 1°, do artigo 9 da emenda, determina que a “lei complementar definirá as operações com bens ou serviços sobre as quais as alíquotas dos tributos serão reduzidas em 60%” e na lista de setores beneficiados está o de “bens e serviços relacionados a segurança e soberania nacional, segurança da informação e segurança cibernética”. 


Trecho da emenda aglutinativa aprovada pelos deputados ao texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 49/19 / Imagem: Arquivo


Trecho emenda aglutinativa aprovada pelos deputados ao texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 49/19 / Imagem: Arquivo

De acordo com a advogada e integrante do Grupo de Pesquisa Tributação e Gênero da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Direito São Paulo, Luiza Machado, a legislação complementar é que vai discriminar os bens e serviços que terão essa redução de alíquota, portanto, ainda não é possível afirmar que será apenas para armas referentes à segurança nacional ou se a todo tipo de armamento. Porém, ela ressalta que o preocupante é o imposto seletivo, criado pela reforma tributária para taxar produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, e que não incidirá sobre os bens cujas alíquotas foram reduzidas nos termos do parágrafo 1°. 

“Existe essa política de que o imposto seletivo não vai recair sobre os bens e serviços de alíquotas reduzidas, e isso acaba tirando o potencial do imposto seletivo, porque ele não vai incidir nesse caso nem sobre bens de serviços relacionados à segurança e soberania nacional, nem sobre os ultraprocessados que também podem contar com redução de alíquota”, alerta a mestra em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Leia mais: Como o o facilitado a armas de fogo beneficia as milícias no Rio de Janeiro?

Na avaliação da pesquisadora, a “brecha” criada no texto aprovado na Câmara vai na contramão da atual política de desarmamento do governo federal e pode provocar um aumento da violência em camadas mais vulneráveis da sociedade brasileira.

“A redução desses impostos pode gerar um barateamento das armas e munições, o que pode levar justamente ao aumento dessa presença das armas e munições no Brasil para compra privada, o que pode ter impactos na violência contra a mulher e no genocídio da população negra. Então, é muito grave que esse dispositivo esteja colocado de uma forma tão genérica. A política tributária não pode estar desalinhada com os nossos mandamentos constitucionais, ela não pode incentivar o consumo de armas”, explica.

O Senado tem até o final do mês de outubro para analisar, aprovar e entregar o texto da Reforma Tributária à Câmara dos Deputados. A sinalização é que até o final do ano o texto seja promulgado pelo Congresso Nacional.

Lastro bolsonarista

A política de desoneração das armas e munições do governo Bolsonaro tem sido alvo frequente de organizações que atuam pela redução dos índices de violência no Brasil. No final de abril, o Instituto Sou da Paz, junto com mais 13 organizações, entre elas a Anistia Internacional e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, enviaram um ofício ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, solicitando a reavaliação das alíquotas de impostos na comercialização de armas de fogo e munições. De acordo com o documento, durante a gestão do ex-presidente, pelo menos quatro categorias de produtos tiveram os impostos reduzidos ou zerados.

Leia mais: Mais de um milhão de armas entraram em circulação durante governo Bolsonaro

Segundo o levantamento realizado pelas organizações, o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em itens como revólveres e pistolas era de 45% em 2018 e ou para 29,25% em 2022; cartuchos e munições era de 20% e ou para 13%. Já o imposto sobre importações de armas de fogo e munições era de 20% em 2018 e ou para 16% em 2022; por sua vez, o imposto sobre exportações de armas de fogo, munições, partes e órios era 150% e ou para zero. A alíquota de armas de guerra já era zerada e assim permaneceu.

O documento ressalta que aumentar a taxação do setor atenuará o déficit fiscal do país favorecendo o investimento em políticas públicas. “Sabemos que o Brasil enfrenta desafios significativos na segurança pública, com altos índices de violência e criminalidade. As armas de fogo têm um papel crucial nesse cenário, contribuindo para o aumento do número de homicídios, suicídios, lesões e outros tipos de violência. Consideramos que a elevação das alíquotas de impostos sobre armas de fogo e munições é uma medida justa e necessária que pode trazer inúmeros benefícios para a sociedade, como o aumento da receita fiscal e a diminuição da violência em geral”, diz o ofício.

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: armasimpostoreforma tributáriasegurançaviolência
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

AGRO

Mato Grosso tem maioria dos municípios entre os que mais desmatam a Amazônia

SOLIDARIEDADE

Posse da ministra das Mulheres vira ato de apoio a Marina Silva

60 KM/H

SP registra falta de luz e queda de árvores após rajadas de vento; pelo menos duas pessoas ficaram feridas

TRABALHO

Brasil registra saldo de mais de 257 mil novos empregos em abril

PL DA DEVASTAÇÃO

Ataques a Marina Silva visam aprovação de PL que ite retrocessos ambientais às vésperas da COP30, avalia professor

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.