Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

59 ANOS

Artigo | Para que nunca se esqueça: Em respeito a todas as vítimas da ditadura de 1964

Golpe de 1º de abril de 1964 repetiu a velha e surrada narrativa do fascismo, afirma deputado federal Reimont

31.mar.2023 às 13h51
Rio de Janeiro (RJ)
Reimont
ditadura militar

Golpe que lançou país na opressão e na violência por duas décadas não pode jamais ser comemorado, afirma parlamentar - Tânia Rêgo/Agência Brasil

No dia 1º de abril de 1964 (sim, no dia 1º de abril, não em 31 de março), o Brasil começou a viver um dos mais tenebrosos períodos da nossa História recente – a ditadura empresarial-civil-militar que derrubou o governo de João Goulart, democraticamente eleito. Ao contrário do que foi dito à época, Jango contava com amplo apoio popular; segundo pesquisa do Ibope, tinha 70% de aprovação às vésperas do golpe de 64.

Essa é uma data que cobriu de luto o Brasil e que não podemos esquecer, para que nunca mais aconteça.

O golpe de 1º de abril de 1964 repetiu a velha e surrada narrativa do fascismo, que sobrevive até os dias de hoje; vejam quanta similaridade. Buscou o apoio da classe média e dos conservadores taxando de ameaça comunista o simples esforço de atendimento às demandas populares mais básicas – terra, comida, trabalho, salários dignos, moradia e dignidade. Justificou todo e qualquer horror erguendo uma falsa bandeira em nome da família, da moral e dos “bons costumes”. Perseguiu artistas e acusou os inimigos de “corrupção”, mesmo que sem provas. Instaurou o império do medo, das mentiras e do ódio.

Imediatamente após o golpe, a repressão deu a largada a uma onda de prisões de líderes políticos, militares, artistas, sindicalistas, camponeses e todo e qualquer “suspeito”. A primeira lista de atingidos pelo Ato Institucional nº 1 da ditadura, à qual seguiram-se várias, incluía mais de 3.500 pessoas. Nos primeiros meses da ditadura, 50 mil brasileiras e brasileiros foram detidos.

O Congresso Nacional foi dissolvido, em um processo de extinção dos partidos políticos que culminou em 1966, com a implantação do bipartidarismo. Cassaram o direito ao voto, tentaram silenciar a oposição. 

Ao todo, 166 dos 409 deputados federais eleitos foram cassados. Ao menos 6.951 militares foram presos e desligados das Forças Armadas, sendo 35 mortos e desaparecidos; mais de 5 mil civis sofreram demissões, cassações e suspensão de direitos políticos; 1024 civis foram presos e torturados, sendo 273 cristãos encarcerados por seu trabalho pastoral; ao menos 11 bebês e crianças foram presos e fichados, alguns deles submetidos ao horror de assistir às torturas impostas a seus pais; foram constatados 434 assassinatos sob tortura, seguidos de desaparecimento dos corpos.

Alicerçada na manipulação, a ditadura durou longos 21 anos, anos de censura, perseguições, corrupção e terror, cujo legado foi a hiperinflação, a concentração de renda, a pobreza, o arrocho salarial, o crescimento desenfreado da dívida externa (que chegou a 53,8% do PIB, ou seja, de toda a renda gerada no país), o avanço do racismo, a perseguição aos povos indígenas, a ampliação dos conflitos no campo. A abertura da rodovia Transamazônica, que atravessaria o Brasil, afetou de maneira trágica 29 grupos indígenas.

Silenciada pela censura, a corrupção galopante serviu de justificativa para o próprio general Ernesto Geisel (penúltimo dos “presidentes” militares) defender a entrega do Brasil (arruinado) aos civis. 

O ciclo do golpe de 64 foi oficialmente encerrado em 1985. Mas a herança trágica do ideário de 64 não se encerrou, tanto pela permanência ideológica do fascismo, pelo avanço do racismo, do preconceito e da discriminação, como também pela falta de um processo de investigação e esclarecimento dos crimes cometidos pelo estado durante a ditadura. 

A reconciliação nacional a por descortinar essa página da nossa história. É preciso conhecer e superar o ado, para construir as bases de um futuro justo, democrático e igualitário. Com a esperança nessa reconstrução, saúdo a retomada dos trabalhos da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, que ajuda no caminho de revelar ao país a sua história recente. O Brasil precisa conhecer o Brasil.

Ditadura não se comemora, ditadura não se esquece. Ditadura nunca mais!

* Reimont é deputado federal pelo Rio de Janeiro e vice-líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara Federal.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Eduardo Miranda
Tags: 1964brasilditaduragolpegolpe militarrio de janeiro
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Disputa

Hugo Motta fala em ‘derrubada’ do IOF e governo tem 10 dias para apresentar alternativa

Entenda

BdF explica o que é gentrificação e o que isso tem a ver com o fim da favela do Moinho e a dispersão da Cracolândia

Trabalho

Taxa de desemprego diminui em relação a 2024 e fica em 6,6% no trimestre encerrado em abril

Direitos

Câmara Federal aprova projeto que estimula permanência da juventude no meio rural

Repercussão

Abaixo-assinado de Manuela D’Ávila pede cassação de Marcos Rogério por ataques à Marina Silva

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.