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Conferência da Mulher da ONU na Argentina demanda fim da divisão sexual do trabalho

Organizações de mulheres indígenas e trans criticaram exclusão de suas pautas: "o que entendemos como cuidado?"

12.nov.2022 às 12h07
Buenos Aires (Argentina)
Fernanda Paixão

Intervenção de mulheres indígenas durante o Fórum Feminista da sociedade civil, prévio à Conferência da Cepal. - Fernanda Paixão

Nesta sexta-feira (11), foi concluída a 15ª Conferência Regional sobre a Mulher da América Latina e do Caribe, este ano ocorrida em Buenos Aires. Milhares de mulheres e organizações se reuniram na cidade argentina para debater e alinhar uma agenda comum a partir do lema da edição deste ano: o trabalho de cuidados.

O evento sintetizou as discussões em 52 pontos no Compromisso de Buenos Aires, após as intervenções dos representantes de Estados, assim como o Fórum Feminista, representando a sociedade civil, e o Fórum Parlamentário.

Entre os principais pontos do documento final estão a implementação da política para a chamada sociedade do cuidado, a priorização de medidas para a igualdade de gênero e o aumento da presença de mulheres em espaços de decisão, como a implementação da Declaração de Beijing e a Estratégia de Montevidéu.

No plano econômico, o documento propõe um novo estilo de desenvolvimento, que inclua “a igualdade de gênero nas dimensões econômicas, sociais e ambientais do desenvolvimento sustentável”. Ao mesmo tempo, atenta para a feminização da pobreza na região da América Latina e do Caribe e aponta para a necessidade de políticas e estratégias para superar a divisão sexual do trabalho, reconhecendo “a injusta distribuição do uso do tempo e da organização social do cuidado” sobre as mulheres e identidades feminizadas.

O México será o próximo país sede da Conferência Regional sobre a Mulher, em 2025.

Discussões

As exposições durante os dias de conferência, de 8 a 11 de novembro, trataram das problemáticas próprias da divisão sexual do trabalho e das políticas públicas que seriam necessárias neste sentido. Alguns dos principais temas foram o orçamento dirigido às feminidades, tradicionalmente responsáveis pelas tarefas de cuidados, a compreensão destas tarefas como trabalho não remunerado e sua inclusão no sistema previsional.

Também foram discutidas questões como a violência de gênero, a violência econômica e os efeitos estruturais sobre mulheres, meninas e diversidades após a pandemia de covid-19, especialmente na região latino-americana.

A sessão de fechamento na manhã de sexta-feira (11) contou com a presença de Naiara Leite, diretora do Instituto da Mulher Negra Odara. Ela começou reivindicando a filosofia ubuntu, “sou porque somos”.

“Não se pode falar de corresponsabilidade sem falar da dívida histórica com as mulheres afro de toda a região. Uma dívida histórica que reforça, ainda hoje, o lugar de não humanas de mulheres negras de toda  a região”, pontuou Leite. “Ainda vivemos sob a sombra do tráfico e da escravidão transatlântica que estrutura o imaginário racista patriarcal que atravessa todas as relações sociais e de poder.”

Um dia antes do início da Conferência da Cepal e da ONU Mulheres, o Fórum Feminista acontece tradicionalmente como uma forma de debater e apresentar as pautas da sociedade civil às autoridades durante a conferência. O Fórum começou na segunda-feira (7), na ex-Escola de Mecânica da Armada (ESMA) e atual espaço de cultura e memória, com a presença de mulheres e diversidades de toda a região.

Alguns coletivos questionaram a pauta centrada nos trabalhos de cuidados durante o encontro da sociedade civil. Por um lado, coletivos e organizações defensoras da causa mapuche deram visibilidade à perseguição das mulheres mapuches presas no sul da Argentina, após uma operação violenta que as despejou de seus territórios ancestrais, na Patagônia.

“Este fórum deve se pronunciar sobre as quatro mapuches, presas políticas, em um governo democrático, que se diz ser um governo de direitos”, disse a ativista mapuche Juana Antieco, da comunidade Costa de Lepa, ao subir no palco e conseguir o microfone.

“Há uma bebê de 16 dias que nasceu em cativeiro, rodeada de policiais. Se vamos falar de cuidados, cuidemos das nossas mulheres, das mulheres indígenas que defendem os territórios. Cuidemos das nossas infâncias. Senão, não podemos falar de cuidados. O feminismo deve se pronunciar”, apelou ao público.

O coletivo de mulheres travestis e trans também se posicionou contra a não inclusão de suas pautas no documento final do fórum. A doutora em comunicação e presidenta da organização Otrans Argentina, Claudia Vázquez Haro, participou da comissão organizadora do Fórum e, no entanto, denuncia que as mulheres trans “não foram nomeadas como sujeitas políticas”.

“O que entendemos como cuidado? De quem para quem? Qual é o/a sujeitx a proteger, cuidar?”, questionou Vázquez em uma publicação em suas redes sociais após o evento. “Me pergunto qual é o sentido destas formas de fazer política, quando sempre, no discurso hegemônico, questionamos o patriarcado em suas formas de fazer política e reproduzimos as mesmas práticas dentro do feminismo.”

Editado por: Thales Schmidt
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