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Início Bem viver Cultura

NOVEMBRO NEGRO

“Não falta negro no audiovisual, falta a vontade de pessoas brancas”, diz Ana Flavia Cavalcanti

Atriz faz performances nas ruas expondo a vulnerabilidade da mulher negra, como em "A babá quer ear"

22.nov.2021 às 14h45
Rio de Janeiro (RJ)
Eduardo Miranda
Ana Flavia Cavalcanti

"Sou mulher, negra, nasci em uma favela de Diadema, sou filha de uma mulher que trabalhou a vida toda como diarista, sou bissexual e como se não bastasse sou brasileira vivendo em 2021", afirma - @fotoscomafeto

Diretora, roteirista, produtora e atriz tanto de filmes e novelas quanto de trabalhos performáticos mais autorais e independentes no cenário artístico contemporâneo, Ana Flavia Cavalcanti, de 33 anos, tem abordado de forma irreverente e lúdica questões relacionadas à raça.

Em "Rã", curta-metragem que escreveu e dirigiu com Julia Zakia e atuou, uma criança de um bairro violento da periferia paulistana come rã pela primeira vez depois que um vizinho rouba a carga de um caminhão com caixas da carne. Para felicidade das crianças, as rãs são colocadas de forma provisória em uma piscina de plástico . A história, ficcionalizada, faz parte da infância de Ana Flavia.

"Minha mãe ou a noite pensando no que ia fazer e decidiu dividir a carga com as vizinhas. Foi uma euforia! Há uma relação forte ali entre o crime, a infância, as descobertas, as saudades e as amizades. Muitas coisas são construídas por essa mãe solteira. Dentro de uma casa de um cômodo, ela coloca janelas, faz os brinquedos das filhas", conta ela, no vídeo promocional do filme.

Em mais um de seus projetos ousados, Ana Flavia circulou por diversas cidades dentro de um carrinho de bebê rosa na performance "A babá quer ear". A ideia foi fazer uma crítica contundente às condições das empregadas domésticas no Brasil. Ao inverter os papeis e colocar a babá sob a necessidade de cuidado, a ação nas ruas mostrou a vulnerabilidade social e econômica de mulheres negras.


Performance "A babá quer ear" ou por ruas de diversas cidades e foi apresentada até em manifestação de bolsonaristas / Divulgação

Por isso, em entrevista ao Brasil de Fato, a atriz, que esteve em atuações elogiadas em novelas e séries como "Amor de mãe", "Sob pressão", "Malhação" e "Além do tempo", assim como no cinema em filmes como "Corpo elétrico", explica por que a questão da negritude é central em seus trabalhos.

"Sou uma mulher, sou negra, nasci em uma favela de Diadema (SP), sou filha de uma mulher que trabalhou a vida toda como diarista, sou bissexual e, como se não bastasse, sou brasileira vivendo em 2021. Ou seja, todos esses atravessamentos me fazem ser quem eu sou e meu trabalha sai literalmente de mim", afirma.

Confira a entrevista:

Brasil de Fato: Como atriz, diretora, produtora, performer, qual é o grau de importância para você de representar a questão da negritude nos teus trabalhos?

Ana Flavia Cavalcanti: importância é máxima. Sou uma mulher, sou negra, nasci em uma favela de Diadema, sou filha de uma mulher que trabalhou a vida toda como diarista, sou bissexual e como se não bastasse sou brasileira vivendo em 2021. Ou seja, todos esses atravessamentos me fazem ser quem eu sou e meu trabalha sai literalmente de mim.

Quando você pensa na imagem de homens negros e mulheres negras no audiovisual, você vê o racismo relacionado com a questão de classe social e de impossibilidade de o ao capital econômico, intelectual…?

Quando vejo mulheres e homens negros no audiovisual representando com dignidade nosso povo, penso em revolução social, penso em um futuro bom.

Você pode falar sobre o processo de criação e sobre a centralidade do tema do racismo em trabalhos teus mais autorais, como a performance “A babá quer ear” e o filme “Rã”? 

Não vejo o racismo colocado de forma centralizada. Nos meus trabalhos, vejo e insisto em mostrar o combate a esse racismo. "Rã" nasceu de uma experiência minha de vida. Eu amo a inspiração nas referências autobiográficas.

Na tua percepção, mudou quantitativa e qualitativamente a representação de pessoas negras e certo estereótipo delas no audiovisual brasileiro, incluindo aí TV, cinema, streaming…?

Mudou sim. Vejo que sim. 

Há uma ausência muito forte de diretores negros e diretoras negras na história do cinema brasileiro. Isso mudou ou está mudando no cenário contemporâneo?

Percebo que não é ausência de diretoras e diretores negros na história do cinema. É, na verdade, a ausência de desejo e vontade das pessoas brancas que estão em posição de poder. Elas não querem dividir o privilégio. Sempre existiram pessoas negras com desejo de dirigir filmes, novelas, teatros. Tenho certeza disso. 

Você já se declarou bissexual. Que tipos de preconceitos você já enfrentou por isso e por ser mulher e negra? Que conquistas você quer para as mulheres negras no audiovisual e na sociedade?

Prefiro contar boas novas. Ser negra é uma experiência bem bonita e complexa e a gente a aprende a sambar cedo. Quero liberdade e poder para as mulheres negras.

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: artecinemaculturariodejaneirotelevisão
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