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pandemia

Pesquisadores alertam: sem vacinação, chegada da Delta nas salas de aula traz grandes riscos

Em Pernambuco a variante Delta corresponde a 5,5% dos novos casos; crianças até 12 anos não têm previsão de vacina

31.ago.2021 às 12h41
Recife (PE)
Vinicius Sobreira

Crianças da rede pública municipal voltaram às aulas no mês de julho; ainda não há previsão de vacinação para essa faixa etária - Pedro Menezes/Secretaria Estadual de Educação

No último dia 19 de agosto o The Intercept Brasil publicou uma entrevista realizada pela jornalista Nayara Felizardo com o biólogo Lucas Ferrante e o analista de dados Isaac Schrarstzhaupt. Ambos alertam para o risco de aumento da mortandade entre crianças e adolescentes causada pela chegada da variante Delta (indiana), encontrando um cenário de retorno das aulas presenciais e baixa taxa de vacinação entre crianças e adolescentes. Em Pernambuco, centenas de milhares estão em salas de aula sem previsão de vacina.

A cepa, que já chegou a mais de 130 países, se mostra mais transmissível que as demais. Por enquanto mais de 90% dos casos em Pernambuco são da variante Gama (brasileira). Mas casos como o dos Estados Unidos e do estado do Rio de Janeiro, onde a variante Delta cresce rapidamente, apontam para a prevalência da variante indiana sobre as demais cepas. Nos EUA o número de casos em crianças não vacinadas (até 12 anos) tem crescido no mesmo ritmo dos casos em adultos.

Em Pernambuco foram detectados 10 casos da Delta até o meio de agosto (ou 5,5% dos 148 casos analisados). Considerando que o total de novos casos semanais no período em questão estava em torno de 2.400 casos, pode-se estimar que na primeira quinzena de agosto já havia mais de 140 casos da variante Delta circulando no estado, com chances de este número ser consideravelmente maior, visto que os casos detectados (submetidos a teste) também são uma fração do total.

A dupla de pesquisadores critica que os “governos estão tentando normalizar o número de mil mortes diárias”. Ferrante e Schrarstzhaupt alertam que, apesar de o Brasil ter assistido por algumas semanas a uma queda acentuada no número de novos casos e mortes, esta queda está “desacelerando”, o que aponta para uma estagnação, que – se medidas restritivas não forem tomadas – será seguida de uma nova alta de casos.

Com prevalência da variante Gama, menos transmissível que a Delta, o estado de Pernambuco já registrou, de março de 2020 a agosto de 2021, um total de 607 mil casos de covid-19, sendo 553,8 mil (91,3%) de casos leves e 53,2 mil (8,7%) casos graves (SRAG), que resultaram em 19.370 mortes (3,2% do total de casos). Esses são os números da população geral.

Ao fazermos o recorte por idade, observamos que entre crianças as chances são menores de desenvolver casos graves ou resultar em morte. Entre adolescentes é ainda mais raro. Nas crianças de zero a 9 anos de idade foram registrados 18.948 casos, sendo 95,9% leves e 785 (4,1%) casos graves, que resultaram em 70 mortes (0,4% do total de casos nessa faixa etária). Na faixa de 10 a 19 anos foram registrados 34.834 casos de covid-19, sendo 98,8% leves e 408 (1,2%) casos graves, que resultaram em 43 mortes (0,1%). No Brasil já foram registradas mais de 2.500 mortes de crianças e adolescentes por covid-19.

Esses números, no entanto, referem-se a um período de um ano com as escolas fechadas. Mas desde abril as escolas privadas (tanto de ensino infantil, como fundamental e médio) voltaram às atividades. No mesmo mês a rede pública retomou as aulas para o Ensino Médio. No mês de julho foi liberado o retorno das aulas presenciais nas redes municipais (educação infantil e ensino fundamental). A reabertura coincide com a chegada da variante Delta no estado, detectada pela primeira vez no mês de julho.

Apesar de correrem menos riscos de desenvolverem casos graves, as crianças e adolescentes têm o mesmo potencial de transmissão que os adultos, o que pode levar a um surto da variante Delta, a mais transmissível. Quanto maior o surto, maior a quantidade de mortes. A rede estadual de educação conta com 544,6 mil adolescentes matriculados. Há ainda centenas de milhares matriculados nas redes municipais. Só no Recife são 92 mil alunos e 5,4 mil professores espalhados em 320 escolas.

As vacinas utilizadas no Brasil, se tomadas as duas doses, todas reduzem consideravelmente o risco de desenvolver casos graves de covid-19, mesmo da Delta. Mas as vacinas ainda não estão liberadas para crianças menores de 12 anos. Os laboratórios ainda estão fazendo testes para medir a segurança da vacinação para este público. Os resultados podem levar meses até serem publicados.

Até 30 de agosto Pernambuco contabilizou 2,25 milhões de pessoas (23,3% da população) completamente vacinados, além de 3,22 milhões (33,3%) vacinados apenas com a 1ª dose. Como o Ministério da Saúde ainda não liberou a vacinação para crianças, o número total de pernambucanos elegíveis para a vacina é de 7,28 milhões (75,3% da população total do estado).

Entre os não imunizados a maioria é de crianças e adolescentes. Até o fim de agosto foram apenas 27,9 mil adolescentes (de 12 a 17 anos) vacinados, todos no grupo que tomou apenas uma dose. Nenhum adolescente no estado completou cronograma vacinal. Dos 9,67 milhões de residentes no estado, ainda restam 4,2 milhões (43,4%) sem qualquer dose de vacina. Destes, cerca de 2,39 milhões têm idade até 12 anos (24,7% da população) e não têm previsão de serem vacinados. Sem vacina, é preciso controlar a transmissão por outros meios.

Os pesquisadores destacam o exemplo da Austrália, país que está com uma vacinação mais lenta que o Brasil, mas que tem conseguido conter o número de transmissão e de mortes através de medidas restritivas. A dupla menciona um estudo publicado na revista Science apontando o fechamento de escolas como segunda medida mais eficaz para conter a transmissão (a mais eficaz de todas é restringir reuniões a no máximo 10 pessoas).

Eles avaliam que a solução é não enviar as crianças e adolescentes à escola nesse momento, mas aguardar um pouco mais o avanço da vacinação e a consolidação de um baixo nível de transmissão local. Schrarstzhaupt e Ferrante também alertam que ainda estamos aprendendo sobre as sequelas da covid, de modo que “permitir um alto número de crianças contaminadas é correr risco de produzir uma geração com sequelas”.

Editado por: Vanessa Gonzaga
Tags: covidescolasestudantesnordestepernambuco
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