Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

LGBTfobia

Pernambuco tem maior número de crimes violentos contra população LGBTQIA+ do Brasil

Estado segue a tendência do país, que registrou crescimento de 20,9% em lesão corporal dolosa e 24,7% em homicídios

26.jul.2021 às 10h19
Recife (PE)
Maria Lígia Barros

Houve alta de 21% em crimes de lesão corporal dolosa (1.169); 25% em homicídios (121) e 20% notificações de estupros (88) contra pessoas LGBTQIA+ em 2020 - Agência Brasil

A brutalidade do caso de Roberta Nascimento Silva, travesti de 33 anos morta após ter o corpo queimado por um adolescente de 16 anos no Recife, ilustra uma realidade que se agrava em Pernambuco: o da violência contra a população LGBTQIA+. Em 2020, o Estado foi recordista em registros de crimes contra esse público, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e publicado no último dia 15. 

O levantamento mostra que houve 604 ocorrências de lesão corporal dolosa, 78,7% a mais que em 2019; 39 de homicídios dolosos, com crescimento de 30%; e 47 de estupro, taxa 104,3% superior. São os maiores números absolutos entre todas as unidades federativas. Apesar disso, Pernambuco segue a tendência do país: o Brasil registrou crescimento de 20,9% em lesão corporal dolosa, 24,7% em homicídios dolosos e 20,5% em estupros de pessoas LGBTIA+.

No documento, o Fórum aponta para uma relação entre a expansão desses tipos de crimes com o discurso e o governo do presidente Jair Bolsonaro, que mobilizaria pautas anti-LGBT e anti-feministas como plataforma política.

“Um exemplo emblemático da convergência entre bolsonarismo e LGBTfobia é revelado pela pesquisa intitulada “Política e fé entre os policiais militares, civis e federais do Brasil”, produzida pelo FBSP em parceria com a empresa Decode, que indicou alta incidência de comportamento LGBTfóbico entre policiais militares nas redes sociais, mesmo grupo em que foi detectado maior apoio ao presidente e à ruptura institucional, por vezes tendo como proxy, ou símbolo, o antagonismo em relação ao STF”, diz trecho do relatório. 

Coordenadora nacional da Rede Nacional de Lésbicas e Mulheres Bissexuais Negras Feministas (Candaces), Rivânia Rodrigues concorda: “Esse aumento [da violência] é grande, e é resultado de um desgoverno nacional que impulsiona as pessoas a serem LGBTQIfóbicas. É um governo misógino e isso encanta muito quem hoje está dentro da farda, nas forças armadas, que vê o presidente da república como mito e instiga esse lado maior do preconceito”, defende.

Pernambuco é pioneiro no registro de crimes contra a população LGBTQIA+

A articuladora política da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE), Jana Castro pondera que os números elevados em Pernambuco refletem, na verdade, o aumento na notificação de casos de LGBTfobia. “A violência sempre existiu, ela só está sendo relatada e denunciada. O Brasil, infelizmente, é o país que mais mata pessoas LGBT do mundo”, comenta.

Sobre os índices, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) responde que o Estado foi um dos únicos cinco que forneceram dados completos de lesão corporal dolosa, homicídio doloso e estupro contra pessoas LGBTQIA+ ao Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2021.

“Além de compromisso com a transparência e a qualidade das estatísticas, características destacadas pelo próprio Anuário, Pernambuco foi um dos estados pioneiros no registro de crimes contra a população LGBTQIA+. Em 2013, foi editada uma portaria estadual determinando a inclusão de vítimas de CVLI por identidade ou orientação afetivo sexual nas estatísticas criminais. A subnotificação, o que pode estar ocorrendo em outros estados, é uma forte aliada da violência”, diz, em nota.

Pernambuco é o terceiro lugar no ranking do Anuário que analisa se as unidades federativas têm um sistema de  sistema de registro e divulgação fidedigno e de boa qualidade, levando em consideração as informações registradas, informações perdidas, convergência e transparência. 

A SDS acrescenta que as forças de segurança “estão dando resposta em todos os casos de homicídios contra pessoas LGBTQIA+, identificando e prendendo autores”. Ainda segundo nota da Secretaria, “Essas ações, aliadas ao trabalho de prevenção desenvolvido pelo Comitê de Prevenção e Enfrentamento da Violência LGBTFóbica, instalado este ano pelo governador Paulo Câmara, colaboram para uma retração de crimes dessa natureza”.

Apesar disso, Rivânia Rodrigues, do Candace, critica o funcionamento do sistema de políticas estaduais voltadas para este público. “Pernambuco é o estado que mais tem mecanismo LGBTQIA+ mas não tem orçamento para fazer essa política fluir. Tem outro agravante, que nenhuma é política de estado, é política de governo”, pontua. “A gente percebe que se a política não for transversal nas várias camadas que o Executivo trabalha, desde saúde à educação, nós não poderemos atingir essa população do ponto de vista de formação. Não adianta ser um estado com muitos mecanismos, e não funcionarem”, conclui.

Editado por: Vanessa Gonzaga
Tags: bolsonaro lgbtbrasil de fatolgbtlgbtfobiapernambucoviolência
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Rodovia e pedágios

‘Nova Raposo é um projeto incompatível com o século 21’, critica ambientalista

GENOCÍDIO

Israel mata 120 palestinos que buscavam ajuda e total de mortes em Gaza chega a 55 mil

EXTREMA DIREITA

Em visita a Israel, Javier Milei anuncia mudança da embaixada argentina no país de Tel Aviv para Jerusalém

TEATRO

Clássico do suspense, ‘Assassinato no Expresso do Oriente’ volta aos palcos do Recife

ATMOSFERA DE CRISE

EUA vivem nova ‘caça às bruxas’ com perseguição de imigrantes, diz internacionalista

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.