Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Energia

Aumento da conta de luz: o que está por trás da “crise hídrica” instaurada no Brasil?

Estudo do Movimento dos Atingidos por Barragens aponta que país vive uma crise de gestão que recai sobre o consumidor

09.jul.2021 às 13h15
Rio de Janeiro (RJ)
Jaqueline Deister
Lâmpadas acesas

"Na prática, são as famílias brasileiras que estão pagando, em suas contas de luz, a reparação do crime do rompimento da barragem de Fundão" - Créditos da foto: Reprodução

“A gente gasta de energia [elétrica] mais ou menos uns R$ 200 por mês, cerca de 20% do salário mínimo, é um valor bem alto que compromete muito do nosso orçamento. O agricultor nunca tem aquela renda certa”. A fala do trabalhador rural Saulo Nascimento, de 28 anos, traduz a realidade de milhões de brasileiros que estão sendo afetados pelos sucessivos aumentos na conta de luz.

Saulo mora no município de Cachoeiras de Macacu, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Casado e pai de uma menina, o agricultor tem sido diretamente impactado pela crise sanitária e econômica causada pela pandemia.

Leia também: Artigo | Privatização da Eletrobras deverá causar 25% de aumento na conta de luz

As vendas dos produtos agrícolas diminuíram e as mercadorias encalharam. Com o orçamento mais apertado, Saulo precisou cortar na alimentação e criar estratégias para economizar. 

“Tem que comprar menos um pacote de feijão, de arroz e ar a comer menos frequentemente. O gás de cozinha está muito caro e eu tive que construir um fogão a lenha para mim, em vez de cozinhar à noite e de dia no gás, eu só cozinho de dia e à noite na lenha”, conta ao Brasil de Fato.

Crise hídrica?

Enquanto Saulo e muitos brasileiros tentam driblar as dificuldades no dia a dia, as contas não param de aumentar. No último dia 29, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou um novo aumento de 52% no valor da bandeira vermelha patamar 2, taxa extra cobrada em junho na conta de luz. A partir de julho, a taxa a de R$ 6,243 por 100 kWh consumidos para R$ 9,49 por 100 kWh.

A área técnica da Aneel defendeu um aumento ainda maior na bandeira vermelha patamar 2, de 84%, o que levaria a taxa para R$ 11,50 por 100 kWh consumidos. Uma consulta pública ainda será realizada para avaliar a alteração que poderá ocorrer nos próximos meses.

Leia mais: Por que a luz vai ficar ainda mais cara no Brasil?

A alegação oficial para o aumento da tarifa é que o país a pela maior crise hídrica dos últimos 90 anos, o que reduziu o nível dos reservatórios das hidrelétricas, principalmente do Sudeste, responsável por 70% da produção de energia no Brasil. Isso obrigou o país a acionar as termelétricas que são uma fonte mais cara de produção de energia, o que aumentou o custo final para o consumidor.

Porém, o argumento dado pela agência é questionado por especialistas e movimentos sociais, como o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). No artigo “A farsa da crise hídrica no setor elétrico”, publicado no site da organização em 29 de junho, o MAB afirma que o volume de água que entrou nas usinas hidrelétricas em 2020 foi um dos melhores dos últimos 10 anos.

“Os dados do Operador Nacional do Sistema (ONS) revelam que o volume de água que entrou nos reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras durante o último ano é o quarto melhor ano da última década, equivalente a 51.550 MW médios. No entanto, o volume de energia produzida por hidrelétricas ficou em 47.300 MW médios, ou seja, 4.250 MW médios abaixo da quantidade de água que entrou nos reservatórios no mesmo período”, destaca o texto.

De acordo com Leonardo Maggi, especialista em energia e sociedade no capitalismo contemporâneo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e integrante do MAB, os dados da ONS refletem que o país não vive uma crise hídrica, mas sim uma crise de gestão que, no fim das contas, recai sobre o consumidor.

“Não existe crise hídrica, existe uma crise de gestão do hídrico, dos rios e das barragens é onde reside a crise. Ela está no movimento feito pelas empresas de esgotar, levar ao extremo, além da capacidade natural, o uso dos rios e consequentemente das barragens para produzir energia elétrica e isso aconteceu com muita força no segundo semestre do ano ado, em que houve um ‘secamento’ das principais barragens do sudeste, que é onde está a maior capacidade instalada no Brasil. Quando seca essa região, compromete todo o sistema nacional”, explica.

Especulação

Segundo Maggi, o que aconteceu aos reservatórios das hidrelétricas, pode ser comparado a deixar uma torneira aberta em casa. A água que está sendo desperdiçada já foi paga pelo consumidor, assim como a água que ou pelas turbinas das usinas e não virou energia elétrica. O especialista detalha que o caso mais escandaloso de desperdício energético ocorreu na usina de Itaipu no ano ado. 

“Quando o governo autorizou soltar a água de Itaipu com o pretexto de que o Paraguai precisava usar a hidrovia no rio Paraná, ele permitiu fisicamente que as hidrelétricas acima soltassem água sem gerar [energia]. Claro que elas poderia ter continuado com a água, justamente para preservar o lago para esse ano, mesmo com ‘crise hídrica’ e falta de chuva, nós teríamos água suficiente para ar o ano inteiro com bandeira verde”, afirma.

Leia mais: Entenda: Setor privado, que era contra a Eletrobras, ará a controlar a empresa

A especulação financeira no setor elétrico tende a se aprofundar mais após a privatização da Eletrobras. A empresa é responsável  por um terço da energia do Brasil, istrando 48 hidrelétricas, 12 termelétricas, duas usinas nucleares, 62 eólicas e uma solar, sendo a maior transmissora de energia no país. 

Os novos contratos da Eletrobras, que arão a vigorar após a privatização, irão permitir que a companhia comercialize a energia produzida a preços de mercado. Os dados da Aneel revelam que o preço atual de venda da energia produzida por hidrelétricas da Eletrobras é de R$ 65,30/1.000 kWh, enquanto as usinas privadas cobram o valor de mercado, que é em média R$ 250,00/1.000 kWh.

O novo modelo de negócio, segundo a Plataforma Operária e Camponesa para Água e Energia e o MAB, deve significar futuramente um aumento de 20% nas contas de luz residenciais.

Enquanto os sucessivos aumento nos preços da energia não param de acontecer, Saulo e milhões de brasileiros seguem fazendo malabarismo com o dinheiro no fim do mês para pagar as contas e não ficar sem um serviço essencial: a eletricidade. 

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: energia
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

sem destinação

Brasil tem área de florestas do tamanho de Santa Catarina sob alto risco de grilagem, diz estudo

MARCO CIVIL

STF suspende sessão sobre responsabilização das redes sociais 

MAIS UM CASO

Estado do Rio registra quarta morte por febre do Oropouche

Aprovada na Câmara

Lei do Mar é avanço contra especulação e em defesa da costa brasileira, comemora ambientalista

Acusada de racismo

Relator recomenda arquivamento de processo contra vereadora de SP que gritou ser ‘branca, rica e bonita’ 

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.