Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Cidades

Vida na ocupação

Segurança é a maior vantagem para moradoras de prédio ocupado em BH

Formada por 90% de mães chefes de família, ocupação Pátria Livre consegue afastar crianças do contato com o tráfico

29.maio.2018 às 14h49
Belo Horizonte (MG)
Rafaella Dotta
“Mulher é mais determinada, mais guerreira, até mesmo por sofrer. A ocupação a bem dizer é feita de mulheres”, conta moradora

“Mulher é mais determinada, mais guerreira, até mesmo por sofrer. A ocupação a bem dizer é feita de mulheres”, conta moradora - Rafaella Dotta/Brasil de Fato MG

Do lado de dentro do muro alto da Ocupação Pátria Livre, as crianças andam de bicicleta, conversam na escada, carregam boneca pra lá e pra cá. Elas vivem na mais antiga favela de Belo Horizonte, a Pedreira Prado Lopes, na movimentada rua Pedro Lessa, mas não parece. A liberdade de brincar foi conquistada por essas crianças ao mesmo tempo em que suas mães decidiram lutar pelo direito à moradia.

Em setembro de 2017, dezenas de mulheres organizadas pelo Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD) entraram no prédio de uma antiga fábrica abandonada há duas décadas, com o objetivo de dar uma função ao local e transformá-lo em moradia. “Eu recebo um salário mínimo e ficava sufocada para pagar água, aluguel, comida sozinha”, conta Waleska Pascoal Ferreira dos Santos, que está na ocupação desde o início, com as três filhas.

As mulheres são a grande maioria na ocupação. Segundo Soraia Regimari dos Santos, uma das coordenadoras, pelo menos 90% das famílias são sustentadas apenas por mães solteiras, viúvas ou separadas. Inclusive, diversos maridos desistiram de entrar no prédio no dia da ocupação. “Mulher é mais determinada, mais guerreira, até mesmo por sofrer. A ocupação a bem dizer é feita de mulheres”, conta Soraia.

A situação se repete também nas ruas da Pedreira. O envolvimento dos homens com a criminalidade acontece desde cedo, o que muitas vezes leva à morte, à prisão ou à expulsão da favela. As mulheres são as que, segundo Soraia, am a sustentar a família sozinhas. “Tem que fazer o possível e o impossível para sobreviver e muitas vezes até ajudar o marido que está detido, sem ter condições ou apoio algum”, lamenta.

Mais protegidos da violência

Por ter tantas mães, uma das principais preocupações da ocupação é com as crianças. O prédio ocupado possui cinco andares, um galpão grande e um terreiro de cimento, também grande. O portão fica trancado e só entram pessoas conhecidas dos moradores. Hoje, as crianças têm um lugar seguro para brincar enquanto sua mãe faz outros serviços.

As moradoras afirmam que o contato com o tráfico era perigoso para meninos e meninas. Os meninos pelo medo de serem atraídos pelas drogas, as meninas pelo assédio sexual. Outra grande dor de cabeça era a violência policial. A Pedreira vive uma guerra com muitas mortes e essas mães temiam que seus filhos fossem violentados ou que sua casa fosse invadida pela PM a qualquer momento, como continua acontecendo na região.

A ocupação abriu também um espaço cultural para a comunidade. O galpão da antiga fábrica foi reformado e se transformou em local de estudo, de organização política, de oficinas de capoeira e de dança. A expectativa é instalar uma cozinha comunitária no local, conforme conta Débora Sá, integrante do MTD. “Tanto para gerar emprego e renda para as famílias da ocupação, como oferecer alimentação de qualidade a preço ível para a comunidade”, diz.

Jurídico

O pedido dessas mães agora é que a situação se regularize e consigam enfim uma casa para chamar de sua. A próxima negociação aconteceu na sexta (25) entre proprietário, ocupantes e governo estadual. Débora explica que ainda não há pedido de reintegração de posse, mas é preciso continuar a pressão. “O Estado tem outras prioridades, se não pressionar não olha pra nós. Falam muito que a Pedreira é desunida, mas quando a gente está lutando pra resolver os problemas daqui, as pessoas se unem e constroem junto”, diz.

A ocupação fez a creche voltar a funcionar

Em fevereiro de 2017, as crianças já eram preocupação do MTD, que percebeu que a principal reivindicação das moradoras da Pedreira era pelo funcionamento da Escola Municipal Maria da Glória Lommez. A creche estava parada há dois anos, desde que uma pedra rolou da ribanceira para dentro do seu terreno. Com a maioria de mulheres e crianças, o movimento ocupou a creche por uma semana até que a prefeitura firmou um prazo para reforma e volta do funcionamento. Hoje, a escola está em plena atividade.

Editado por: Joana Tavares
Tags: belo horizonteocupaçãoradioagência
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

REFORMA AGRÁRIA

No Maila Sabrina, deputados apontam mediação como caminho para solução de conflitos agrários

"PL da Devastação"

Ato no DF contra PL que flexibiliza licenciamento ambiental ocorre neste domingo (1º)

INVESTIGAÇÃO

Acusada de trabalho escravo na Amazônia, Volkswagen diz que investigou e não viu crime

APOIO ÀS MULHERES

Espaço Periferia Feminista é inaugurado no Morro da Cruz, em Porto Alegre

Resistência

Ato em Brasília pede reconhecimento do Saara Ocidental e libertação de presos políticos

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.