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Início Política

Deputada indígena

‘Fala racista e colonial’: deputado bolsonarista questiona origem indígena de Célia Xakriabá

Ataque ocorreu durante sessão da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, presidida pela parlamentar

23.abr.2025 às 14h44
São Paulo (SP)
Adele Robichez e Geisa Marques
Deputada Célia Xakriabá (Psol-MG)

Deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) - Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

Durante sessão da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais nesta quarta-feira (23), o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) atacou a origem indígena da deputada Célia Xakriabá (Psol-MG), ativista do povo Xakriabá e relatora do Projeto de Lei 4347/2021. A proposta trata da regulamentação das atividades de indígenas nas ações de gestão ambiental e territorial em terras indígenas.

“Vi a defesa do projeto por outra colega que se diz de comunidade indígena… pensei que ela fosse defender os indígenas, mas parece que os indígenas de Minas Gerais não são os mesmos indígenas da Amazônia, parece que não são indígenas”, afirmou Chrisóstomo. “Na Amazônia somos nove estados, os indígenas pensam diferente e é onde está a massa de indígenas; em Minas Gerais é meia dúzia de indígenas. […] Indígenas aqui somos só eu e Silvia”. Chrisóstomo votou contra o projeto.

O deputado se referia a Silvia Waiãpi (PL-AP), que também participava da sessão. Durante a discussão ela saiu em defesa do coronel e tentou interromper a fala de Célia em diversas ocasiões.

Célia Xakriabá respondeu o deputado em seguida, apontando preconceitos e ataques na sua fala. “É muito agressivo. O senhor pode inclusive receber um processo de racismo. O senhor é racista. […] Me chamar de meia dúzia? Meia dúzia são bananas. Os povos indígenas, independentemente se do Sudeste ou Nordeste, merecem respeito”, disse, o chamando de “indígena cosplay e fake news”, por agir contra o povo a que diz pertencer.

A parlamentar afirmou ainda que declarações como a do deputado reforçam uma visão colonial e preconceituosa, deslegitimando a luta histórica dos povos indígenas fora da Amazônia. “O Brasil foi invadido. Toda a miscigenação é fruto de violência. Mulheres que foram estupradas merecem respeito do senhor. O senhor não tem o direito de dizer quem é ou não é indígena. Racista e machista.”

Depois da discussão, Chrisóstomo alegou que a sua fala foi mal interpretada. “Em nenhum momento tratei a senhora com desprezo, muito menos com racismo. Quando falei de meia dúzia, foi em termos de proporcionalidade. Significa que lá tem muito e aqui tem pouco”, falou ao tentar se retratar, embora em tom irônico, ao questionar a “se a deputada estudou matemática”.

Autodeclarado indígena, deputado vota contra pautas indígenas

Em entrevista ao Brasil de Fato, a deputada Célia Xakriabá criticou a atuação do Coronel Chrisóstomo, que se autodeclara indígena, mas integra o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que promoveu sistematicamente o desmonte de políticas ambientais e indígenas durante seu governo, e tem votado contra os direitos dos povos originários no Congresso. “Ao meu ver, existe algo orientado, de maneira colonial, para colocar ditos representantes indígenas nesse lugar de debate. Mas não me intimida essa postura do Chrisóstomo: 80% dos parlamentares da Amazônia votam em retrocessos ambientais e contra os povos indígenas, não é segredo para ninguém.”

Segundo a deputada, a atuação parlamentar de Chrisóstomo, que votou a favor do marco temporal e defendeu a mineração em terras indígenas, reforça práticas racistas e coloniais. “O coronel é muito mais neto de Cabral do que indígena, com essa postura que tem. Todos os projetos que beneficiam povos indígenas ele vota contra, com argumentos vazios. É uma fala colonial, configura crime de racismo.”

Célia ainda aponta que o deputado chegou a enviar recursos da emenda parlamentar para a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), favorecendo projetos de exploração em terras indígenas. “Não adianta ser da Amazônia e ser inimigo da floresta. Ele tenta nos diminuir, mas não me sinto intimidada. Ele e Silvia não têm direito nem respaldo para me questionar”.

No seu voto como relatora, Célia lembrou que o PL 4347/2021 representa um avanço importante tanto para os povos indígenas quanto para o meio ambiente. “Esse projeto é mais um o no reconhecimento do papel fundamental dos povos indígenas na luta contra o avanço das mudanças climáticas. A aprovação do projeto em pauta representa um avanço significativo na proteção ambiental e na conservação dos recursos naturais”, observou.

Quem são os Xakriabá

O povo Xakriabá é um dos poucos grupos indígenas que habitam o estado de Minas Gerais. Sobreviventes da colonização violenta promovida por bandeirantes e fazendeiros, lutam até hoje pela ampliação de suas terras e pela valorização de sua cultura.

As terras indígenas Xakriabá e Xakriabá Rancharia estão localizadas em São João das Missões, no norte mineiro, às margens do rio Itacarambi. A região abriga cerrado nativo, cavernas de calcário e uma rica biodiversidade — cada vez mais ameaçada pelo avanço da agropecuária e do desmatamento.

No período colonial, os Xakriabá sofreram com a catequização forçada, perderam parte de suas terras devido à Lei de Terras de 1850 e enfrentaram conflitos violentos com fazendeiros. Ainda assim, resistiram. A primeira demarcação do território ocorreu apenas em 1987, e a de Rancharia, após longa mobilização, foi reconhecida em 2000. Mesmo assim, uma parte significativa das terras tradicionais segue ocupada por não indígenas.

Hoje, o povo Xakriabá segue na luta pela recuperação do território e pelo reconhecimento de sua identidade e cultura.

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