Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

RETROSPECTIVA

Dois anos de autoproclamação de Juan Guaidó: o que mudou na Venezuela?

Apesar de não conseguir derrubar atual governo, líder opositor gerencia bens públicos da Venezuela no exterior

16.fev.2021 às 12h01
Caracas (Venezuela)
Michele de Mello

Juan Guaidó, o "autoproclamado" presidente da Venezuela, nunca foi eleito para tal função. - Zak Bennett/AFP

Já completaram dois anos da autoproclamação de Juan Guaidó como presidente encarregado da Venezuela. O ato em praça pública, na região leste de Caracas, marcou o início de uma série de planos para tentar destituir Nicolás Maduro da presidência.

Em fevereiro de 2019, o autoproclamado organizou o Venezuela Live Aid, para tentar forçar a entrada de caminhões com suposta ajuda humanitária nas fronteiras terrestres com a Colômbia e o Brasil. Em março do mesmo ano, um ataque hacker ao sistema da maior hidroelétrica da Venezuela deixou quase todo o país no escuro por duas semanas. Investigações do Ministério Público apontam que funcionários da própria unidade teriam recebido pagamentos para realizar o boicote, que teria sido planejado entre a oposição venezuelana e assessores estadunidenses.

No mesmo ano, Guaidó e seu braço direito, Leopoldo López, lideraram uma tentativa de golpe armado, começando pela tomada da Base Aérea Generalíssimo Francisco de Miranda, em Caracas, no dia 30 de abril. A chamada Operação Liberdade durou algumas horas e não conseguiu impor um novo presidente, mas serviu para liberar López da prisão domiciliar, facilitando sua posterior fuga do país.

:: Linha do tempo tentativa de golpes na Venezuela ::

Em junho e dezembro de 2019, o serviço de inteligência da Venezuela interceptou as operações Vuelvan Caras e Aurora, lideradas por militares opositores, que tentariam derrubar Nicolás Maduro.


Juan Guaidó e Leopoldo López, do partido Voluntad Popular, apresentam-se como os principais líderes da oposição venezuelana. / Foto: Reprodução/Twitter

Após a sequência de planos frustrados, Guaidó começou um tour internacional pela Europa, Estados Unidos e América Latina, em busca de apoio às suas novas empreitadas.

Em maio de 2020, foi executada a Operação Gedeon, uma invasão paramilitar planejada em território colombiano com militares desertores venezuelanos treinados por veteranos da guerra do Iraque. O contrato assinado entre o ex-boina verde Jordan Goudreau e o líder opositor Juan Guaidó detalha o a o do plano, que incluía captura e assassinato de Maduro, instalação de um governo provisório com uma junta militar e abertura do território venezuelano para ações do exército dos EUA.

:: Governo brasileiro pode estar relacionado com invasão paramilitar na Venezuela ::

Conforme os planos fracassaram, Guaidó foi perdendo apoio político dentro e fora do país. Desde o início de 2021, quando seu mandato de deputado acabou, a União Europeia deixou de reconhecê-lo como presidente interino da Venezuela.

No entanto, Estados Unidos, Brasil, Colômbia e uma lista de quase 50 países ainda veem o opositor como autoridade legítima da Venezuela.

Gestão de empresas venezuelanas

Se o fracasso político é evidente, no aspecto econômico o autoproclamado foi bem sucedido. Desde 2019, Guaidó controla os dois maiores bens públicos da Venezuela no exterior: a Citgo Petroleum, sede da PDVSA nos Estados Unidos, e a Monómeros, filial da estatal Pequiven na Colômbia.

A Citgo é avaliada em 8 bilhões de dólares e possui uma produção diária de cerca de 750 mil barris de petróleo. Já a petroquímica Monómeros, com sede na Colômbia, é avaliada em 269 milhões de dólares.

Nos dois casos há uma série de denúncias de má gestão e de lavagem de dinheiro.


Humberto Calderon Berti era o embaixador de Guaidó na Colômbia. Ele abandonou o cargo em 2019, acusando corrupção entre opositores aliados ao autoproclamado presidente. / Reprodução

A Monómeros reportou perdas de cerca de 20 milhões de dólares, reduzindo sua participação no mercado de fertilizantes na Colômbia em 20% e em 90% na bolsa de valores.

Sob direção de Guaidó, a Monómeros teria enviado cerca de 900 mil dólares a Aid Live Foundation, ONG responsável por organizar o Live Aid Venezuela, show que aconteceu na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela, em fevereiro de 2019, durante o episódio de tentativa de envio de ajuda humanitária à força.

Além disso, setores da própria oposição denunciaram que os personagens mais próximos a Guaidó estariam criando contratos falsos para desviar o dinheiro da Monómeros e da Citgo para comprar apartamentos, carros e cobrir outros gastos pessoais.

No caso da Citgo, o Ministério Público revelou que o dinheiro era desviado da empresa para financiar os quatro maiores partidos de oposição na Venezuela.

Roland Carreño, responsável pelas finanças do partido de Juan Guaidó, foi detido no ano ado. Em conversas de Whatsapp registradas no seu telefone, encontraram comprovantes de depósitos mostrando que o partido Voluntad Popular tinha recebido mais de 400 mil dólares de um total de 1,7 milhão, que seria sua parcela da Citgo.


Conversas registradas no celular de Roland Carreño comprovam o uso pessoal de dinheiro desviado da empresa venezuelana Citgo. / Reprodução

Negócios com terceiros

A “gestão” de Guaidó também abriu brechas para favorecer agentes financeiros externos e outros Estados-nação em operações com essas empresas e com ativos controlados pela oposição.

Além da venda da Citgo, já autorizada pela justiça estadunidense e que irá favorecer fundos de investimento dos Estados Unidos e da Europa, em 2021 foi descoberta uma negociação entre diretores da empresa e o chefe de gabinete do presidente paraguaio, Juan Ernesto Villamayor.

O acordo incluiria perdoar a metade de uma dívida de 269 milhões de dólares do Paraguai com a PDVSA, em troca de apoio político e de uma propina de 26 milhões de dólares para cada ator envolvido na negociação. Mario Abdo Benítez é um dos presidente do chamado Grupo de Lima, que ainda dá respaldo político a Guaidó.


Juan Guaidó e James Story, encarregado de negócios dos Estados Unidos com a Venezuela / Reprodução

Dinheiro bloqueado no exterior

Segundo relatório da ONG Sures, a Venezuela possui cerca de 40 bilhões de dólares bloqueados em bancos no exterior, valor que é cinco vezes maior do que as reservas internacionais do Banco Central venezuelano. 

De acordo com o controlador geral da República, Elvis Amoroso, Guaidó conseguiu desviar 2 bilhões de dólares a contas próprias.

Enquanto isso, o opositor impede a liberação de 31 toneladas de ouro, depositadas no Banco da Inglaterra. Guaidó se nega a cumprir um acordo assinado em 2020 com o governo bolivariano e a Organização Pan-Americana da Saúde, que previa a criação de fundo de combate à covid-19, que seria gerenciado pela Opas e financiado com o dinheiro venezuelano bloqueado no exterior.

 

Editado por: Raquel Setz
Tags: juan guaidóvenezuela
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Vitória

Após 8 anos, atingidos por barragens da Chapada Diamantina (BA) conquistam direito à Assessoria Técnica Independente

Pacote da Destruição

Protesto contra PL da Devastação dá início à Semana do Meio Ambiente na capital gaúcha

Américas

Pelo menos 415 pessoas morreram nas prisões durante o estado de exceção em El Salvador, denunciam organizações

Editorial

Cracolândia: o boato do ‘fim’, perguntas e certezas sobre um dos territórios mais cobiçados de SP

América Latina

Protesto de apoiadores de Morales termina com 20 presos após confronto com a polícia em La Paz

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.