Os ataques sofridos pela ministra do Meio Ambiente durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado foram repudiados por políticos e pela militância petista. A violência de gênero foi cometida pelos senadores Marcos Rogério (PL – RO), que cassou a fala da ministra, e Plínio Valério (PSDB – AM), que disse não respeitar Marina enquanto ministra. Em nota, a Secretaria Nacional de Mulheres do PT disse que “não há espaço para a violência política de gênero e raça na democracia”. Já a deputada federal Lenir de Assis (PT-PR) exigiu uma retratação dos agressores.
Os ataques à ministra Marina Silva foram rebatidos na mesma hora durante a audiência. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) disse que “são inissíveis os ataques e a constante tentativa de silenciar as mulheres, como vimos hoje em audiência com a ministra @marinasilvaoficial. Mas não vamos recuar. Seguimos com voz firme, no nosso lugar de fala, de força e de respeito”, contestou os ataques.
Também na audiência, o senador e líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), expôs sua indignação pela falta de respeito dos senadores na participação da ministra Marina Silva durante a audiência para debater a importância do Licenciamento Ambiental no Brasil.
“A ministra Marina Silva é uma referência global na luta ambiental e merece respeito! Atacar sua trajetória com insinuações machistas é inaceitável”, disse o líder.

A solidariedade à ministra também chegou à Câmara dos Deputados. A deputada federal Lenir de Assis (PT-PR) se pronunciou sobre o ocorrido. A deputada considerou covarde e misóginas as falas dos senadores. “Exigimos retratação e responsabilização dos senadores Plínio Valério e Marcos Rogério pelos ataques misóginos contra a ministra Marina Silva. Ela é uma liderança política respeitada mundialmente por sua defesa ambiental. A ministra e a mulher foram agredidas covardemente. Nosso repúdio aos senadores e nossa solidariedade à Marina Silva!”, disse Lenir de Assis.
A ministra da Secretaria das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também apoiou Marina. No X, a ministra escreveu: “Totalmente ofensivos e desrespeitosos com a ministra, a mulher e a cidadã. Manifestamos repúdio aos agressores e total solidariedade do governo do presidente Lula à ministra Marina Silva”.
As reações também chegaram à Secretaria Nacional de Mulheres do PT, que emitiu uma nota de solidariedade. “É inissível que autoridades públicas sejam tratadas com desrespeito por sua condição de gênero, especialmente quando ocupam cargos conquistados com trajetória, competência e compromisso com o povo brasileiro. As comissões parlamentares devem ser espaços de debate qualificado e democrático, não palcos de violência e intimidação”, diz a manifestação.