A potência criativa das mulheres com deficiência ganha destaque a partir deste domingo (4), no Museu do Homem do Nordeste (Muhne), na zona norte do Recife. A exposição Lá vêm Elas traz depoimentos pessoais junto a ilustrações, vídeoperformances, textos e fotografias que jogam luz sobre as produções artísticas de sete mulheres de todo o Brasil. A mostra fica em cartaz por quatro semanas, até o dia 1º de junho. O museu fica na avenida Dezessete de Agosto, nº 2187, em Casa Forte.
A exposição apresenta diferentes perfis de mulheres com deficiência, com origens diversas, mas que possuem em comum a sensibilidade e talento artístico, além de produzirem arte como forma de combater o capacitismo. Uma das artistas é a pintora Kilma Coutinho, mulher surda que em suas telas retrata com criticidade a sociedade, a mulher, a natureza, a comunicação e a cultura surda. Ela é formada em Letras/Libras pela UFPE e pós-graduada em tradução de textos de português para Libras.
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O público também poderá conhecer os perfis e trabalhos artísticos das potiguares Ana do Vale (artista visual e pessoa com deficiência múltipla) e Carolina Teixeira (atriz e performer com deficiência física), da baiana Daisy Souza (poeta e dançarina surda), a fluminense Moira Braga (atriz, dançarina e roteirista cega) e das paulistas Amanda Lyra (cantora com atrofia muscular espinhal – AME) e Mona Rikumbi (atriz, bailarina e performer). A mostra Lá vêm Elas tem curadoria de Folguedo e da jornalista e ativista Lucilia Machado.
A exposição está em cartaz na Galeria Waldemar Valente, que funciona de terça a sexta-feira, das 8h30 às 17 horas; e aos sábados, domingos e feriados das 14 horas às 17 horas. A mostra tem recursos de ibilidade como audiodescrição, legendas, braille, Libras. A programação da mostra também inclui sessões de filmes dirigidos ou protagonizados por mulheres com deficiência, no Cinema do Museu, na Fundação Joaquim Nabuco de Casa Forte, no mesmo edifício do Museu do Homem do Nordeste.
