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Trabalhadores por aplicativo enfrentam jornadas de trabalho exaustivas e riscos no Rio de Janeiro

Projeto da Fiocruz e UFRJ vai realizar ações de promoção da saúde de trabalhadores que atuam por plataformas digitais

28.abr.2025 às 11h03
Atualizado em 30.abr.2025 às 12h32
Rio de Janeiro (RJ)
Patrícia Saldanha, Solange Engelmann e Tatiane Mendes
Entregadores se unem em greve por melhores condições de trabalho

Rovena Rosa/Agência Brasil - Entregadores se unem em greve por melhores condições de trabalho. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Uma pesquisa de 2022, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) identificou que 1,5 milhão de pessoas trabalhavam por meio de aplicativos e plataformas digitais. O que correspondia a 1,7% da população ocupada no setor privado no Brasil, ou cerca de 87,2 milhões. 

Além da ausência de direitos trabalhistas, como aposentadoria, auxílio-doença, férias, 13º salário etc, a pesquisa mostrou que as jornadas de trabalho são extensas, somando em média sete horas a mais por mês, no caso de motoristas de aplicativos, e 4,8 horas para entregadores. O que compromete a saúde mental e física, levando ao esgotamento e adoecimento. 

Dados de 2018, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostram que o trabalho informal representa 42% dos empregos femininos no mundo. As mulheres são maioria no mercado de trabalho informal, e geralmente também são pobres, negras e periféricas. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, 49,1% dos lares brasileiros tinham com responsáveis mulheres. 

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“As condições de trabalho das mulheres trabalhadoras informais são marcadas por extrema precariedade e vulnerabilidade. Muitas delas atuam em ocupações mal remuneradas, sem qualquer tipo de proteção social ou trabalhista, como férias, licença-maternidade ou previdência. Além disso, enfrentam jornadas extenuantes, com dupla ou tripla carga de trabalho, acumulando funções domésticas e de cuidado, muitas vezes sem apoio”, denuncia Carol Alves, do Coletivo Elas por Elas Providência, no Rio de Janeiro. 

A situação é parecida no caso dos entregadores e motoristas por aplicativos, como explica o presidente da União de Motoboy e Bike (UMB), no Rio de Janeiro, Roberto Neves. Ele enfatiza que há um conjunto de dificuldades nas condições de trabalho, que englobam desde as condições físicas, a falta de segurança, até o aumento das desigualdades sociais e econômicas. 

“Sofremos com a exposição ao sol e chuva, com a falta de proteção adequada contra intempéries. Cargas pesadas na manipulação de pacotes pesados, sem equipamentos adequados. Além de temer todos os dias o risco de acidentes de trânsito, violência física, como agressões de clientes, assaltos. Sofremos com a falta de equipamentos básicos de segurança, que não são fornecidos pelas empresas que controlam os aplicativos, como capacetes, luvas e óculos de proteção”, pontua.

Projeto Saúde e Trabalho nas Plataformas Digitais 

Para refletir conjuntamente, entre universidades e categorias dos trabalhadores, sobre alternativas em relação à precarização das condições de trabalho e saúde dos trabalhadores por aplicativo, a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), em parceria com o Instituto de Psicologia da UFRJ vêm desenvolvendo o projeto de pesquisa e extensão “Saúde e direitos dos trabalhadores em tempos de plataformas digitais: um olhar sobre a atividade“. A intenção, na etapa atual do projeto, é realizar ações de formação e divulgação científica, voltadas à promoção da saúde de trabalhadores e trabalhadoras que atuam por plataformas digitais. 

A pesquisadora da Fiocruz e uma das coordenadoras da pesquisa, Letícia Masson, explica que o projeto está em andamento desde 2019, com objetivo de gerar espaços de discussão, reflexões e a construção conjunta de conhecimento sobre a relação entre saúde e trabalho, apresentando como resultado do estudo a possibilidade de “reflexão crítica e a multiplicação de conhecimentos sobre a relação saúde e trabalho por plataformas digitais, assim como, desenvolver estratégias coletivas de enfrentamento ao processo de precarização social vivido pelos trabalhadores. Entendemos que estas ações contribuem para o fortalecimento das lutas coletivas, como, por exemplo, a que se destina à regulamentação do trabalho por plataformas, visando o reconhecimento dos direitos trabalhistas”, completa a pesquisadora em entrevista a Tatiane Vargas, no Informe da ENSP. 

Após a realização de um curso de formação sobre saúde e trabalho em plataformas digitais, com a participação de motoristas e entregadores por aplicativos de todo o país, a maioria ligados a diversos coletivos, associações, sindicatos e outros movimentos sociais, está sendo construída uma campanha de comunicação, na área da publicidade social.  

A ideia é que os diálogos estabelecidos ao longo do curso despertem reflexões junto a outros trabalhadores e trabalhadoras por aplicativos, bem como com a população em geral, sobre as condições de saúde e trabalho de motoristas e entregadores, contribuindo para a cobrança de direitos e a construção de políticas públicas junto ao poder público. 

O desenvolvimento da campanha de publicidade social é coordenado pela professora Patrícia Saldanha, do Curso de Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Coordenadora Geral do Laboratório de Investigação em Comunicação Comunitária e Publicidade Social (LACCOPS). 

Patrícia Saldanha enfatiza que a equipe de publicidade e de jornalismo do LACCOPS têm procurado compreender as questões essenciais da categoria em relação à saúde e à luta por direitos, que orientaram cada etapa de condução das ações de campanha. “Nosso objetivo central é, a partir da publicidade social, refletir e pensar ações que possam contribuir com a melhora das condições de vida de homens e mulheres que trabalham diariamente sob regimes exaustivos, mal remunerados e sem proteção do Estado e da sociedade”, destaca. 

Segundo Saldanha, a construção de trabalhos, cuja metodologia é a publicidade social, envolve diversas etapas. Neste caso, a primeira foi a escuta, na participação das oficinas oferecidas pelo grupo de pesquisa e, em que a equipe começou a entender a dinâmica de trabalho que vem sendo desenvolvido no projeto com os trabalhadores/as por aplicativo. 

“Estar nesse espaço e nas reuniões com a equipe da Fiocruz e da UFRJ nos proveu de elementos para a construção coletiva do conceito da campanha, definição das linguagens aplicadas e meios de divulgação, que constituem a base estruturante e conceitual do trabalho a partir da publicidade social,” aponta. 

Ainda segundo a professora da UFF, a publicidade social funciona como uma metodologia potente que visa a transformação social. “É mais trabalhosa, pois mescla teoria e metodologia numa práxis de transformação de maneira coletiva e consensual. Dá um trabalhão! Mas é assim mesmo, a publicidade social só tem efeito se tiver a participação efetiva do movimento social e da sociedade civil no processo, na causa ou no público específico. Neste caso precisamos entender os imes que os(as) atingem a partir deles(as)”, pontua. 

* Essa reportagem foi produzida pelo Laboratório de Investigação em Comunicação Comunitária e Publicidade Social (Laccops) como parte da campanha de comunicação publicitária do projeto de pesquisa e extensão “Saúde e direitos dos trabalhadores em tempos de plataformas digitais: um olhar sobre a atividade”, realizado pelo Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (CESTEH) e o Departamento de istração e Planejamento em Saúde (DAPS), ambos da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP/Fiocruz), em parceria com o Instituto de Psicologia da UFRJ. 

**O Laccops é certificado e oficializado pelo CNPq desde fevereiro de 2014. Integram a equipe: Ana Carolina dos Santos Esteves (Ilustradora – Estudante de Publicidade e Propaganda da UFF), Cleo Ribeiro Nascimento Guimarães (Redatora e estudante de Publicidade e Propaganda da UFF), Gabriela Rodrigues da Silva (Redatora/Relatora e estudante de Publicidade e Propaganda da UFF), João Victor dos Santos Menezes (Diretor de Arte e estudante de Publicidade e Propaganda da UFF), Solange Inês Engelmann (Jornalista e doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS) e Tatiane Mendes Pinto (Jornalista e fotógrafa, pós-doutoranda em Comunicação Social pela UFF).

***Integram a equipe do Projeto de Pesquisa e extensão as pesquisadoras Cirlene de Souza Christo (IP/UFRJ); Karla Meneses da Costa (CESTEH/ENSP/Fiocruz); Leticia Pessoa Masson (CESTEH/ENSP/Fiocruz); Márcia Teixeira (DAPS/ENSP/Fiocruz); Muza Clara Chaves Velasques (CESTEH/ENSP/Fiocruz) e Sarah de Paulo do Amaral (Fiotec). E os estudantes: Ana Beatriz Rodrigues Tostões Pinto (Estudante de Psicologia/UFRJ e PIBIC/Fiocruz); Carolina Ferrari Capistrano de Mesquita (Mestranda ENSP/Fiocruz); Erika Thimoteo Lopes (Extensionista de Psicologia/UFRJ); Jose Eliel de Lima Junior (Residente em Saúde do Trabalhador CESTEH/ENSP/Fiocruz); Marco Antônio de Menezes Tanaka (Estudante de Psicologia/UFRJ e Pibic/Fiocruz); Maria Fernanda Caldeira Batista (Extensionista de Psicologia/UFRJ); Nahan Rios Alves de Andrade Moreira de Souza (Estudante de Psicologia/UFRJ e Pibic/Fiocruz); Sarah da Costa Tiburcio (Extensionista de Psicologia/UFRJ); Wuinie Adelaide Pereira do Nascimento (Estudante de Serviço Social/Unisuam e PIBIC/Fiocruz) e Yasmin Souza Costa (Residente em Saúde do Trabalhador CESTEH/ENSP/Fiocruz).

Editado por: Clívia Mesquita
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