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Artigo

Em busca da sustentabilidade perdida pela agricultura convencional

Monocultura, uso de fertilizantes sintéticos e defensivos tornaram a agricultura convencional um risco ao meio ambiente

23.abr.2025 às 16h32
Campinas (SP)
Afonso Peche Filho
Mãos cheias com o arroz agroecológico produzido pelo MST, durante a Festa da Colheita no Assentamento Filhos de Sepé, em Viamão (RS)

Arroz agroecológico produzido pelo MST em Viamão (RS): exemplo de práticas que constroem uma agricultura sustentável - Priscila Ramos

A agricultura convencional, ao longo do século XX, tornou-se sinônimo de produtividade em larga escala, alavancada por tecnologias como fertilizantes sintéticos, defensivos químicos, mecanização intensiva e práticas de monocultura. Apesar de seu papel fundamental em atender às demandas globais por alimentos, fibras e energia, esse modelo frequentemente desconsiderou os limites ecológicos e sociais, resultando na perda progressiva de sustentabilidade em diversos níveis. 

O uso intensivo de tecnologias sintéticas e a redução de práticas conservacionistas contribuíram para o declínio da saúde do ambiente produtivo. A matéria orgânica, essencial para a fertilidade e a retenção de água, foi progressivamente reduzida, enquanto práticas como o revolvimento excessivo e a monocultura aceleraram processos de erosão e compactação. Esses fatores limitam a capacidade do solo de sustentar a produção agrícola a longo prazo.

A adoção de monoculturas em larga escala eliminou habitats naturais e reduziu a diversidade biológica em ecossistemas agrícolas. Polinizadores, predadores naturais de pragas e organismos do solo enfrentaram declínios significativos, o que aumentou a vulnerabilidade das culturas a pragas e doenças e intensificou a necessidade de insumos químicos.

O uso intensivo de fertilizantes nitrogenados e fosfatados desestabilizou os ciclos biogeoquímicos naturais, levando a impactos como a lixiviação de nutrientes, eutrofização de corpos d’água e emissões de gases de efeito estufa. A agricultura convencional, enquanto produtiva, tornou-se uma das maiores fontes de poluição ambiental, comprometendo a qualidade da água e a integridade do clima.

A transição para sistemas baseados em insumos sintéticos criou uma dependência estrutural de produtos externos à propriedade agrícola. Isso não apenas aumentou os custos de produção, mas também reduziu a resiliência dos agricultores diante de crises econômicas e climáticas. 

A agricultura convencional muitas vezes favoreceu grandes produtores em detrimento de pequenos agricultores, promovendo desigualdades socioeconômicas. Além disso, a intensificação agrícola resultou na perda de práticas tradicionais e no enfraquecimento das comunidades rurais.

Reconhecer a perda de sustentabilidade associada à agricultura convencional é essencial para a transição para modelos mais resilientes. A adoção de práticas regenerativas, agroecológicas e baseadas na biodiversidade oferece um caminho para restaurar os recursos naturais, alinhar a produção agrícola aos limites ecológicos e garantir a segurança alimentar a longo prazo. Essa transformação exige um esforço conjunto entre ciência, políticas públicas e o engajamento dos produtores.

A agricultura regenerativa é um caminho em busca da sustentabilidade perdida.  Visa restabelecer o equilíbrio comprometido pelos sistemas convencionais, por meio da adoção de práticas baseadas em princípios ecológicos que promovem a regeneração agroambiental com incremento da biodiversidade funcional e a restauração dos ciclos biogeoquímicos. Essas práticas são projetadas para alinhar a produção agrícola com a capacidade de e dos ecossistemas, garantindo a resiliência e o equilíbrio dos recursos naturais no longo prazo. 

A sustentabilidade perdida pela agricultura convencional não é irreversível, mas requer mudanças profundas em nossas abordagens e prioridades. Ao priorizar a saúde dos ambientes produtivos, a biodiversidade e a resiliência climática, é possível reconfigurar os sistemas agrícolas para serem produtivos, justos e alinhados com os limites do planeta. 

* Afonso Peche Filho é pesquisador Científico do Instituto Agronômico de Campinas.

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: agroecologia
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