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Ovo mais caro

Às vésperas da Páscoa, chocolate acumula alta de 22,7%, a maior já registrada

Aumento do valor no Brasil está relacionado ao estrago causado por pragas em cacaueiros na Costa do Marfim e em Gana

16.abr.2025 às 07h35
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski
Chocolate

Chocolate: por conta da alta, a indústria do chocolate tem reduzido o uso do cacau em suas receitas - CETA

O preço da barra de chocolate no Brasil fechou o mês de março, que antecede o da Páscoa deste ano, com a maior alta acumulada em 12 meses já registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 22,7% de aumento, algo nunca visto desde 2020, quando o doce entrou na lista de produtos pesquisados para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país.

Só em março, o chocolate subiu 2,11% – quase quatro vezes o índice geral da inflação no mês, que ficou em 0,56%. Nos três primeiros meses do ano, a alta foi de 6,84% – mais da metade da elevação verificada durante todo o ano de 2024, que não foi pequena: 11,99%.

A alta no Brasil, entretanto, pouco tem a ver com as condições da economia nacional. Está, na verdade, ligada a uma escassez mundial que elevou o preço do cacau, matéria-prima essencial para a produção do doce tradicional de Páscoa.

Vanuza Barroso, presidente da Associação Nacional de Produtores de Cacau (ANPC), afirmou que hoje faltam 500 mil toneladas de amêndoas de cacau no mercado global da commodity. Isso tem relação com problema da produção de países-chave do mercado de cacau: Costa do Marfim e Gana, na África. 

Segundo ela, pragas praticamente dizimaram os cacaueiros de ambos os países. Sem a produção deles, a cotação do cacau mundo afora subiu muito. O Brasil, mesmo sendo produtor de cacau com relevância global, foi afetado.

No mercado de cacau da Bahia, por exemplo, 15 kg de amêndoa seca de cacau valia R$ 170 em 2022, segundo Barroso. Em 2024, chegou a valer R$ 1.200. Hoje, custa R$ 850.

“Hoje, o preço está bom para o produtor brasileiro, mas por muito tempo foi tão baixo que inviabilizou a produção”, lembrou ela. “O produtor sempre ficou com uma parcela pequena do valor do cacau. Quem ganha mesmo com o mercado de cacau são três grandes empresas: as multinacionais Barry Callebout, Cargill e Ofi.”

Pressão e clima

Barroso, aliás, vê relação das três gigantes com a crise de produção da África. Segundo ela, por anos, essas empresas compraram cacau a preços baixíssimos, pouco se importando com o cuidado dos cacaueiros africanos.

Sem prevenção, os cacaueiros adoeceram. As mudanças climáticas tornaram ainda mais difícil combater as pragas. “O excesso de chuva, a umidade e o calor extremo deixam os cacaueiros mais vulneráveis aos fungos”, explicou ela.

Tatiane Botelho, consultora da T&C Service e especialista no mercado de cacau, confirma a tendência internacional de alta do cacau e sua relação com uma crise produtiva na África. “A produção por lá é exploratória. Há pouco manejo, adubação, assistência técnica”, afirmou ela.

Esse problema, somado ainda à alta do dólar, elevou o preço do cacau e do chocolate no Brasil, disse Botelho. Segundo ela, não há sinais de que o preço da arroba do cacau na Bahia fique por menos de R$ 600 no curto prazo.

“No ano ado, o aumento do chocolate não foi tão grande porque as empresas ainda tinham estoque de cacau. Em 2024, isso pesou mais”, acrescentou.

Chocolate sem cacau?

Botelho ratificou que os produtores brasileiros de cacau estão sendo beneficiados pela alta internacional da matéria-prima. Ela ressaltou que isso trouxe também preocupações.

Por conta da alta, a indústria do chocolate tem reduzido o uso do cacau em suas receitas. No longo prazo, isso pode afetar a demanda e até a saúde dos consumidores.

“O chocolate no supermercado já tem muitos aromatizantes. Isso pode aumentar”, afirmou. “Cacau também é saúde. Ele tem vários benefícios.”

Botelho recomenda que, na Páscoa, os consumidores considerem a qualidade e a origem do chocolate ao fazer suas compras. “Tem muito chocolate artesanal no Brasil. É mais caro, é verdade. Mas tem qualidade.”

Editado por: Martina Medina
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