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População enfrenta hospitais lotados e longa espera para exames e consultas no RS

Prefeitos da região metropolitana cobram medidas urgentes dos governos estadual e federal para desafogar hospitais

14.abr.2025 às 18h51
Atualizado em 15.abr.2025 às 00h24
Porto Alegre (RS)
Marcelo Ferreira
População enfrenta hospitais lotados e longa espera para exames e consultas no RS

Fila de exames nos hospitais de Porto Alegre quase dobrou em menos de dois anos - Foto: Alexandre Garcia

Quem precisa de uma consulta médica especializada ou exame pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Região Metropolitana de Porto Alegre tem enfrentado uma longa espera. Em alguns casos, a demora ultraa um ano. A situação de hospitais superlotados e demora para iniciar um tratamento mobilizou prefeitos da região, que cobram ajuda dos governos estadual e federal.

Nos hospitais de Porto Alegre, que são referência para a maioria das especialidades do estado, a fila de exames quase dobrou em menos de dois anos – saltou de 84 mil para mais de 162 mil. Já os pedidos de consultas aram de 155 mil para mais de 200 mil.

Fila de exames e consultas nos hospitais da capital gaúcha – Fonte: Prefeitura de Porto Alegre

A Associação dos Municípios da Região Metropolitana, a Granpal, cobra dos governos estadual e federal mais recursos para os hospitais que recebem maior volume de pacientes. O presidente da Granpal e prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata (PDT), diz que o cenário se intensificou após a pandemia e as enchentes.

Confira a reportagem em vídeo:

“Existe uma crise e ela tem vários fatores que somam-se ao processo, desde a saída da pandemia e isso, sim, tem reflexos importantes, que são as cirurgias eletivas e uma série de demandas que foram se acumulando e a população foi adoecendo. Logo depois disso, a gente tem três enchentes, uma em setembro, outra em novembro e outra em maio. E isso [se soma] ao acúmulo de pessoas que estão necessitando de saúde também, você vê agravada a saúde mental das pessoas. De alguma forma, isso vai refletindo na saúde física da população”, comenta.

Governo estadual não investe o mínimo constitucional

Maranata explica que um dos principais entraves é a insuficiência no ree de verbas à Saúde pelo governo estadual. Entre as críticas estão os critérios de distribuição de recursos aos hospitais pelo Programa Assistir e a não aplicação do mínimo de 12% de receita estadual na Saúde, o que é uma obrigação constitucional. Os municípios afirmam que o investimento está em um pouco mais de 9%, o que equivale a R$ 1,5 bilhão a menos que o mínimo.

“Tem o projeto do Assistir que promete desafogar a região metropolitana e isso não acontece. A gente vê cada vez mais os hospitais e as filas, principalmente em demandas eletivas, aumentando. A isso soma-se que o estado que não investe os 12% em Saúde e a gente também busca essa colocação de recursos do estado, não só para botar mais dinheiro, que também não é só esse o problema, a gente está falando de estruturas que estão sobrecarregadas, então você precisa pensar a região metropolitana como um todo.”

Prefeitos recorrem ao governo federal

Além dos diálogos em andamento com o governo estadual, prefeitos da região foram a Brasília no dia 8 de abril e levaram o tema ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Está no pleito a mudança no limite de recursos federais destinados ao financiamento da atenção de Média e Alta Complexidade (Mac) do SUS.

“É necessário recompor também, fazer uma requalificação do Teto Mac, uma atualização da tabela SUS, e isso foi uma das coisas que a gente foi fazer em Brasília. E também fazer uma compensação daquele, de quem veio do interior para a Capital e que não estava referenciado para a Capital, para que a gente possa fazer aí uma junta de compensação”, pontua o presidente da Granpal.

Controle social reprova as contas do estado há mais de 10 anos

O Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (CES/RS) também destaca o não cumprimento dos 12% constitucionais em Saúde pelo governo estadual. “Historicamente, há mais de 10 anos a gente reprova as contas do estado”, afirma a presidenta do CES/RS, Inara Ruas.

Segundo ela, o Ministério da Saúde aceita o subfinanciamento para não travar a Saúde. “Mesmo o controle social reprovando as contas, o Ministério da Saúde, mesmo sendo um governo de bandeiras diferentes, aceita as contas do estado. Por quê? Porque se o Ministério da Saúde também reprovar as contas do estado, ele vai parar de mandar recursos. Parando de mandar recursos, daí a saúde para de vez.”

Ruas aponta que os problemas começam já nos postos de saúde, já que a Atenção Básica, além de subfinanciada, tem sido entregue à iniciativa privada. “É que se investe pouco em Atenção Básica. Se a Atenção Básica cumprisse seu papel de trabalhar com o seu território, com a saúde da família, com o médico de família, enfermeiro da Unidade de Saúde da Família (USF), enfim, com a equipe, com os agentes comunitários de saúde. Mas o que se vê em Porto Alegre hoje? 95% das unidades terceirizadas.”

Segundo ela, com a terceirização, as equipes atuam nos postos de saúde com contratos mas não são servidores públicos, o que gera rotatividade e prejudica o vínculo com os pacientes. “As equipes acham um outro salário melhor e vão para outro plantão e não existe a continuidade. A lógica da saúde da família, que é acompanhar aquela família, conhecer o seu território, isso hoje em dia praticamente não existe.”

Para o governo estadual, desafios são realidade nacional

Já a Secretaria Estadual de Saúde evita falar em crise. Para a diretora do Departamento de Gestão e Atenção Especializada da pasta, Lisiane Fagundes, o termo correto é “desafio”. “Os desafios são gigantes na área de saúde pública. Isso faz parte do Sistema Único de Saúde e não é uma realidade só do Rio Grande do Sul”, afirma.

Fagundes reconhece a pressão nos hospitais, mas também defende que o problema começa na ausência de serviços pré-hospitalares de menor complexidade nos municípios. “A gente precisa ter estrutura de serviço que proteja a porta de grandes hospitais. Porque o grande hospital, grandes hospitais, eles precisam estar ali para atender aqueles casos que realmente são mais graves.”

Segundo a diretora, o estado tem ampliado investimentos e reativado serviços no interior para aliviar os hospitais da capital, com o programa Assistir. “O governo do estado, desde 2019, a a fazer a organização da forma como eram distribuídos os recursos estaduais para incentivos hospitalares. O estado investia, aplicava, pouco mais de R$ 700 milhões por ano. Hoje nós já estamos em R$ 1,2 bilhão. Nós tínhamos a concentração de quase 50% dos recursos estaduais em menos de 8% dos hospitais e isso não acontece mais. A gente tinha uma ausência de critério técnico para a distribuição desses recursos e hoje os critérios são claros e objetivos.”

Sobre garantir o investimento mínimo de 12% na Saúde, ela diz que o tema está em análise. “Essa é uma pauta que está sendo tratada pelo governo, através da Procuradoria-Geral do Estado, então certamente a imprensa, enfim, todos os veículos terão informações sobre isso quando essa pauta tiver encaminhamentos do núcleo de governo e da nossa PGE.”

Municípios investem mais para suprir necessidades

Segundo o presidente da Granpal, enquanto não se amplia o financiamento, quem arca com o aumento da demanda especializada são os municípios. “Os municípios da região metropolitana, em média, investem 22% em saúde, quando o constitucional é 15%. Então se você faz essa análise, todos nós estamos colocando acima, retirando recurso da atenção primária e do recurso livre para colocar em alta complexidade, que não é a nossa vocação”, afirma.

Maranata diz ver boa vontade dos governos estadual e federal, mas ressalta que é preciso mais agilidade. “Agora a gente tem que dar o remédio. E não interessa o preço do remédio, a gente tem que ir atrás dos recursos para salvar a população nesse momento de angústia que a gente está vivendo e que antecede o inverno, que a situação tende a piorar.”

Editado por: Katia Marko
Tags: porto alegre
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