Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Mobilizações

Abril vermelho

Com bombas, PM de SP reprime ocupação do MST em usina responsável por morte de 235 mil peixes

Viaturas da PM e da Guarda Civil Municipal estavam na área, sobre a qual voava um helicóptero

07.abr.2025 às 09h20
Atualizado em 09.abr.2025 às 09h43
São Paulo (SP)
Gabriela Moncau
Com bombas, PM de SP reprime ocupação do MST em usina responsável por morte de 235 mil peixes

MST ocupou Usina São José S/A Álcool e Açúcar em Rio das Pedras (SP) - Gabriela Moncau/Brasil de Fato

Cerca de 400 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram expulsas com violência, na manhã desta segunda-feira (7), de uma área da Usina São José S/A Álcool e Açúcar em Rio das Pedras (SP), onde buscavam fixar acampamento. Pertencente ao Grupo Farias, a empresa foi multada em R$ 18 milhões pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), por provocar a morte, em julho de 2024, de cerca de 235 mil peixes no rio Piracicaba.

Ao menos quinze viaturas da Polícia Militar (PM) e duas da Guarda Civil Municipal estavam na área, sobre a qual voava um helicóptero da PM. Segurando escopetas calibre .12, policiais pediram que os sem-terra liberassem uma via – que já estava liberada – para a agem de caminhões. Depois, deram cinco minutos para que o acampamento fosse desfeito. Antes que os militantes pudessem desmontar as estruturas no local, os agentes armados começaram a repressão com bombas e sem apresentação de ordem judicial.

Uma mulher muito próxima do estouro de uma das bombas inalou a fumaça, ou mal e precisou ser carregada para dentro do ônibus do grupo sem-terra. Ainda não há informações sobre o estado de saúde da militante.

A ocupação, iniciada ao raiar do dia desta segunda, faz parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária. Mais conhecida como Abril Vermelho, a principal mobilização anual do MST tem em 2025 o lema “Ocupar para o Brasil alimentar”. Embaixo da placa da entrada da usina, os sem-terra estenderam três faixas, entre as quais “Cadê o peixe do rio? A Usina São José destruiu”. No terreno, as famílias do MST encontraram grande quantidade de inseticidas e agrotóxicos. Entre eles, Engeo Pleno: produto fabricado pela Syngenta, proibido na Europa e associado à morte de abelhas.

“Está na Constituição a destinação de áreas de crimes ambientais para a realização da reforma agrária”, ressalta nota da direção estadual do MST, ao explicar a escolha da área ocupada. Além da denúncia pública do impacto causado pelo modelo de produção da Usina, a ocupação teve o objetivo, de “exigir que as terras do Grupo Farias sejam destinadas para assentar famílias. Além do crime ambiental, a empresa possui dívidas, o que demonstra a insustentabilidade do agronegócio”, diz a nota.

Policiais destroem estruturas de acampamento – Gabriela Moncau/Brasil de Fato

Ao Brasil de Fato, Marcio Santos, da direção nacional do MST em São Paulo, reforçou que o movimento observa a ação da Polícia Militar como “extremamente ilegal”. “Não tinha reintegração de posse, não tinha ação judicial. Eles chegaram simplesmente com uma determinação política, com a orientação de não tolerar uma ocupação legítima naquele local”, disse.

“Hoje foi mais um episódio vergonhoso da polícia do Tarcísio [de Freitas, governador de São Paulo] que usa todo aparato repressivo para reprimir trabalhadores que fazem manifestação justa em defesa da reforma agrária e contra os crimes ambientais”, acrescentou o dirigente, destacando ainda que usina ocupada “deve milhões para o governo”.

Ao lado da guarita da Usina São José, o MST abriu a faixa com o lema da jornada de lutas de abril de 2025 – Gabriela Moncau / Brasil de Fato

Contaminação sem precedentes

O derramamento de melaço de cana-de-açúcar atribuído pela Cetesb à Usina São José matou cerca de 50 toneladas de peixes. De acordo com a investigação da agência ambiental, a contaminação começou no ribeirão Tijuco Preto, afluente do rio Piracicaba e percorreu cerca de 70 quilômetros até chegar na Área de Proteção Ambiental Tanquã, região apelidada de “mini Pantanal paulista”. O episódio foi considerado o maior desastre ambiental já registrado no rio Piracicaba. Segundo a Cetesb, a fiscalização feita em 2024 na usina encontrou uma situação de “descontrole” no escoamento de líquidos e vazamentos nos tanques de armazenamentos.

O Brasil de Fato entrou em contato com a Usina São José e não teve retorno até o fechamento da matéria. Caso haja retorno, o texto será atualizado.

O caso de derramamento de rejeitos mostra, na avaliação de Jelson*, também coordenador do acampamento, “como o agronegócio, não só canavieiro, mas das suas várias ramificações, é altamente tóxico e destrutivo”.

“Essa área não cumpre a sua função social”, salienta o sem-terra. “Por isso que a gente fez essa denúncia e cobrou que seja atendida a nossa pauta de arrecadação e desapropriação dessa área, sem indenização por conta do crime ambiental”, defende. Após o despejo, os sem-terra fizeram uma manifestação na praça central da cidade de Piracicaba (SP).

*Nomes foram trocados para proteger a identidade dos entrevistados.

Editado por: Nathallia Fonseca
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

R$43 milhões

Lula lança programa Solo Vivo no Mato Grosso ao lado de Fávaro, com entrega de máquinas agrícolas

CINEMA

Wagner Moura e Kleber Mendonça são premiados em Cannes

TERRA SAGRADA

No caminho do Nhandereko: povo Guarani revive agricultura ancestral em São Paulo

Agradecimento

Escola do MST escreve carta para família de Sebastião Salgado: ‘Semente não morre; transforma-se’

GENOCÍDIO

Escudos humanos: soldados de Israel revelam uso de palestinos para checar presença de bombas

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.