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Disputa pela terra

Justiça determina despejo de ocupação de mulheres do MST em área da Suzano no ES

Mil camponesas ocupam terreno de monocultura desde quinta (13) e demandam áreas da empresa para reforma agrária

14.mar.2025 às 12h03
Aracruz (ES)
Gabriela Moncau
Justiça determina despejo de ocupação de mulheres do MST em área da Suzano no ES

Mulheres do MST ocupam terreno da Suzano em Aracruz (ES) - Gabriela Moncau/Brasil de Fato

Em decisão liminar, o Tribunal de Justiça do Espírito Santo acatou pedido de reintegração de posse impetrado pela Suzano Papel e Celulose contra a ocupação de mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em uma área da empresa na cidade de Aracruz (ES).

Na manhã desta sexta-feira (14), uma oficial de justiça entregou a ordem de despejo no acampamento de mil mulheres estabelecido no terreno de 38 hectares. “Nós não vamos sair, essa foi a nossa decisão. Vamos negociar, é lógico. Tanto essa como as outras áreas que estamos reivindicando para o assentamento das famílias”, declara uma porta-voz do acampamento e integrante da Direção Nacional do MST.

“Foi autorizada a reintegração imediata”, explica Patrícia Costa, do coletivo de advogadas populares que está atuando na defesa da ocupação. Segundo a equipe de advogadas, composta também exclusivamente por mulheres, a oficial de justiça informou que caso não haja uma desocupação voluntária, um efetivo policial será deslocado de Vitória (ES) para fazer a remoção forçada. “A qualquer momento pode acontecer, mas ainda com essa pendência de estrutura”, explica Costa.

A ocupação foi feita na manhã desta quinta-feira (13), como parte da jornada nacional de luta das mulheres do MST, que neste ano tem o lema “Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o capital”. Em meio a uma paisagem tomada por fileiras de eucalipto a perder de vista, as sem-terra ergueram barracas, uma cozinha coletiva, um espaço de saúde e outro de ciranda, dedicado ao cuidado com as crianças.

Mulheres protestam contra monocultura de eucalipto em Aracruz (ES). Gabriela Moncau/Brasil de Fato

Além de denunciar os impactos ambientais da maior produtora de celulose do mundo, entre os quais estão a escassez de água gerada na região e o uso de agrotóxicos como o glifosato, a ocupação visa pressionar que terras da empresa sejam destinadas para a reforma agrária.

O MST reivindica que a Suzano, em conjunto com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), cumpra um acordo firmado em 2011 e ceda 22 de suas áreas para serem transformados em assentamentos.

Na avaliação da porta-voz do movimento, a liminar de despejo foi fruto “de um rito acelerado da parte do judiciário pela própria articulação da empresa, que tem usado a nossa ocupação com a artimanha da ameaça”. De acordo com Joana, a Suzano diz que vai sair da mesa de negociação a respeito das 22 áreas caso o MST não se retire do novo território ocupado.

14 anos sem cumprir acordo

“A mesa de negociação que a empresa diz que existe, na verdade, nós não temos nenhum tipo de participação sobre ela”, rebate a porta-voz do MST. “É uma artimanha que a empresa nos coloca, mas não é legítimo. Não é legítimo ela querer se retirar de algo que vem em andamento já há muitos anos. E que, na verdade, está parada. A mesa de negociação neste momento não funciona. Então, queremos que ela funcione”, demanda.

“Estamos reivindicando que nossas áreas que estão em negociação sejam efetivadas. Que os pagamentos sejam realizados e as famílias regularizadas. Cabe aos órgãos responsáveis e à própria empresa rearticular o que não está andando. Para que daqui tenhamos no mínimo a efetivação ou a alocação das famílias em uma área em que tenham condições de permanecer”, defende a dirigente.

O Brasil de Fato pediu um posicionamento da Suzano Papel e Celulose a respeito da nova ocupação e da demanda pelo avanço da negociação que se arrasta há 14 anos. Não houve retorno até o fechamento da matéria, mas o texto será atualizado caso haja.

A área ocupada em Aracruz beira a rodovia ES-445, conhecida como rodovia das carretas, que faz ligação com a rodovia ES-010. De acordo com a própria Suzano, é por ali que é transportada cerca de 80% da madeira que abastece a fábrica da gigante papeleira. É “iminente o risco da sua paralisação”, argumentou a Suzano, no pedido de reintegração de posse.

Na decisão, a juíza Thaita Campos Trevizan afirma que “a continuidade da ocupação ilegal pode resultar em danos ambientais e patrimoniais significativos à parte autora”. Parte autora esta que, segundo apuração da DW a partir da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, enfrenta 262 prováveis processos civis e ambientais, além de 2.449 trabalhistas.

Mulheres do MST ocupam terreno da Suzano em Aracruz (ES). Gabriela Moncau/Brasil de Fato

“Eles é que provocam o desequilíbrio ambiental”, ressalta a representante do Movimento. “A gente trabalha com recuperação de solo, com agroecologia. Temos outra perspectiva da relação com a própria água”, contrapõe a sem-terra.

No Brasil, o MST tem 1.925 famílias em 11.839 hectares de terra em conflito com a Suzano. Destas, seis áreas estão no Espírito Santo, onde as negociações estão paralisadas desde 2023, quando foi feita a última ocupação de terra, também na cidade de Aracruz.

Na tarde desta sexta-feira (14) será realizado um “café pela reforma agrária” na ocupação com aliados do movimento, em defesa da permanência no território.

Editado por: Martina Medina
Tags: mstmulheresmulheres camponesas
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