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JORNADA DE LUTAS

‘Eucalipto não é floresta’: mulheres do MST denunciam avanço da monocultura no bioma Pampa no RS

Ação foi realizada em frente a fábrica de celulose CMPC, em Guaíba (RS)

13.mar.2025 às 11h41
Atualizado em 14.mar.2025 às 11h00
Guaíba (RS)
Marcela Brandes
‘Eucalipto não é floresta’: mulheres do MST denunciam avanço da monocultura no bioma Pampa no RS

Mulheres sem terra em manifestação em frente a CMPC em Guaíba (RS) durante a Jornada Nacional de Lutas contra o monocultivo da silvicultura - Foto: Rafa Dotti

Matéria atualizada com a posição da empresa nesta sexta-feira (14).

Em meio às mobilizações do Dia Internacional da Mulher, as mulheres do MST realizam a Jornada Nacional de Lutas de 2025 com o lema “Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o capital”. Nesta quinta-feira (13), no Rio Grande do Sul, atos aconteceram em Guaíba, Pelotas, Santana do Livramento e Tupanciretã. Entre as pautas, está a preocupação com o avanço da silvicultura (em especial, o cultivo de eucalipto) no bioma Pampa.

Em Guaíba, as mulheres chegaram às 7h em frente à empresa Celulose RioGrandense da CMPC para denunciar os impactos ambientais causados pelo monocultivo da silvicultura. Lideranças do movimento apontam que a expansão da silvicultura pode agravar problemas ambientais e socioeconômicos.

“A nossa denúncia é contra a monocultura e o avanço da monocultura no nosso bioma Pampa, um bioma que é extremamente desprotegido dentro do nosso território no Rio Grande do Sul e onde estão a maioria dos territórios dos nossos assentamentos. Nós vamos reafirmar que esse avanço não vai ocorrer sem um diálogo direto com a nossa sociedade e com os nossos acampamentos. Nós seguiremos na luta em vigília permanente contra a devastação do meio ambiente, principalmente do nosso bioma”, afirma Lara Rodrigues, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado.

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A manifestação começou às 7h em Guaíba (RS) – Foto: Katia Marko

Para a dirigente, reflorestamento se dá com mata nativa, com produção de alimento, agroflorestas e agroecologia. “Esse é o projeto que nós defendemos. O projeto da silvicultura é de produção de eucaliptos para venda, para commodity. Eucalipto não é alimento, eucalipto não é floresta. Nós denunciamos isso desde 2006 e retornamos agora para dizer que ainda estamos em vigília e em resistência permanente”.

Além da manifestação, a dirigente informou que o movimento fará a entrega de uma Notícia de Fato ao Ministério Público Federal (MPF). O documento, assinado por diversas entidades, denuncia os impactos socioambientais da expansão da monocultura de árvores exóticas na região.

Mulheres sem terra denunciam impactos ambientais da silvicultura em várias regiões do RS – Foto: Rafa Dotti

O impacto da silvicultura no bioma Pampa

O bioma Pampa cobre aproximadamente 64% do território do Rio Grande do Sul e é exclusivo da região. No entanto, estudos indicam que mais de 30% de sua vegetação nativa foi perdida entre 1995 e 2023. Segundo especialistas, o avanço da silvicultura – cultivo industrial de espécies como eucalipto, pinus e acácia – é um dos fatores que contribuem para essa alteração na paisagem.

Jornada de Lutas de 2025 das mulheres sem terra tem o lema ”Agronegócio é violência e crime ambiental, a luta das mulheres é contra o capital!” – Foto: Rafa Dotti

A única empresa do setor no estado é a CMPC, grupo chileno que atua no mercado florestal da América Latina. No Brasil, sua unidade Celulose Riograndense, localizada em Guaíba, representa a empresa. A CMPC também investe na ampliação da produção de eucalipto, utilizando áreas de produtores locais, especialmente na região do Pampa.

Em fevereiro deste ano, um vazamento de cloro líquido em uma das unidades da empresa causou intoxicação em trabalhadores e moradores próximos. O incidente gerou preocupação entre a população e questionamentos sobre a transparência da empresa em relação aos impactos ambientais de suas operações.

Expansão e investimentos no setor

A CMPC anunciou recentemente um investimento de R$ 25 bilhões no Rio Grande do Sul. O projeto inclui a instalação de uma nova fábrica de celulose em Barra do Ribeiro, a construção de um terminal portuário exclusivo em Rio Grande e a expansão das plantações de eucalipto e outras árvores exóticas de 1 milhão para 4 milhões de hectares. O investimento é considerado um dos maiores da história do estado.

A silvicultura é uma das atividades com mais impacto ambiental – Foto: Rafa Dotti

Flexibilização ambiental e preocupação com impactos

Em junho de 2024, o governo federal sancionou a Lei nº 14.876/2024, que exclui a silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos ambientais. Com essa medida, o licenciamento ambiental para o plantio de florestas comerciais, como pinus e eucalipto, foi simplificado, e a atividade não está mais sujeita ao pagamento da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA).

No Rio Grande do Sul, a flexibilização ocorreu ainda em 2023, com a aprovação do Zoneamento Ambiental para a Atividade da Silvicultura (ZAS) pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema). A nova regulamentação permitiu o aumento expressivo das áreas de plantio, ando de 1 milhão para 4 milhões de hectares.

As mulheres sem terra vão se manter em vigília contra a silvicultura – Foto: Rafa Dotti

Especialistas alertam que essas medidas podem intensificar os impactos ambientais, especialmente no bioma Pampa, que possui um dos menores percentuais de unidades de conservação do Brasil (3%) e é o que mais perdeu sua cobertura vegetal original entre 1985 e 2021. A expansão da silvicultura pode comprometer a biodiversidade, afetar a fauna e flora locais e agravar a crise hídrica no estado.

Diante desse cenário, organizações como o MST, a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), o Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, a Fundação Luterana de Diaconia, o Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (Ingá), o Instituto Preservar e o Núcleo Amigas da Terra – Brasil apresentaram denúncias ao Ministério Público Federal e à Defensoria Pública. As entidades solicitam medidas para garantir a proteção dos direitos humanos e ambientais, assegurando o cumprimento da Constituição e dos tratados internacionais ratificados pelo Brasil.

Em nota ao Brasil de Fato, a CMPC informou que “preserva mais de 200 mil hectares de vegetação nativa, incluindo parte da Estação Ecológica do Taim”. A empresa também afirmou que “executa práticas de recuperação de áreas degradadas, restaurando anualmente cerca de 10 mil hectares de vegetação nativa dos biomas Pampa e Mata Atlântica”. A CMPC acrescentou que “sua área plantada possui certificações internacionais auditadas” que garantiriam “que o processo é executado de forma responsável com o meio ambiente, vizinhos e colaboradores”.

Após as manifestações em Guaíba (RS), a Brigada Militar acompanhou os ônibus até o assentamento e permaneceu no local.

Brigada Militar em vigília no Assentamento 19 de setembro em Guaíba (RS) – Foto: Katia Marko

Manifestações em outras regiões

Em Santana do Livramento (RS) a prefeita Ana Luíza Moura Tarouco (PL) se recusou receber a carta elaborada pelos movimentos. As mulheres sem terra caminharam até a prefeitura para aguardar o recebimento do documento por algum responsável local. Também foi protocolada a Notícia de Fato no MPF da cidade.

Mulheres sem terra na Prefeitura de Santana do Livramento (RS) – Foto: Shayane Azevedo
Caminhada em Santana do Livramento (RS) – Foto: Shayane Azevedo

Em Tupanciretã o ato aconteceu no Acampamento Herdeiros da Luta.

Luta das Mulheres em Tupanciretã, no Acampamento Herdeiros da Luta – Foto: Jhenyfer Raquel Schossler Dumke

Pela manhã, 170 mulheres da região Sul (Piratini, Hulha Negra, Candiota, Herval, Pedras Altas, Pinheiro Machado e Pelotas) estiveram em atividade na localidade de Palmas/Pelotas (espaço das turmas de veterinária do MST). Momento de autocuidado e cuidado coletivo e também de informação com as mulheres. Durante a tarde, houve mística, caminhada e panfleteação no centro de Pelotas. Elas também protocolaram a denúncia contra a empresa CMPC no Ministério Público Federal.

Manifestação em Pelotas (RS) – Foto: Deisi Pinto Zorzzi

Editado por: Katia Marko e Vivian Virissimo
Tags: agronegócioAssentamentosMST Brasilprotesto
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