A partir de 1º de março deste ano, o o ao transporte público, seja no metrô, seja nos ônibus – incluindo BRT e Zebrinhas -, será gratuito aos domingos e feriados, segundo anunciado pelo governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB). A medida tem como objetivo ajudar na mobilidade da população, além de fortalecer o comércio, a economia e o turismo do DF.
Responsável pelo Sistema de Transporte Público Coletivo do Distrito Federal (STPC-DF), a Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) ainda vai divulgar as regras para o o gratuito aos domingos e feriados na próxima semana. A pasta estima que, em um ano, a arrecadação com as viagens feitas aos domingos e feriados chegue a R$ 30 milhões, valor que o governo vai deixar de receber com a gratuidade das agens, mas que deve ganhar em outras áreas, com a maior movimentação de pessoas em diferentes regiões.
“A partir do dia 1º de março, a população não vai mais pagar pelo transporte público, seja ele de ônibus ou de metrô, aos domingos e aos feriados. Essa é uma medida que vem para ajudar a população mais carente, aqueles que utilizam transporte público na nossa cidade, mas também tem o objetivo de melhorar o turismo, melhorar o comércio e fazer com que as pessoas tenham o ao lazer na nossa cidade”, disse Ibaneis Rocha.
A Semob explica também que as frotas de ônibus estão preparadas para o aumento da demanda e que as linhas podem ser otimizadas em questão de horários para atender à população. “Nos locais onde estudamos, em São Paulo, por exemplo, houve um aumento de 30% dos os aos domingos. Esse aumento, o sistema está preparado para absorver, porque temos oferta de vagas nos ônibus, eles estão preparados para absorver isso. Com a mesma frota, poderemos fazer ajustes nas linhas mais adas e procuradas”, detalhou.
Repercussão
O deputado distrital Max Maciel (Psol) comemorou o anúncio, mas também manifestou preocupação para que o processo seja feito de maneira transparente e popular. “O governador assinou a possibilidade de um teste, aos domingos e feriados, de tarifa zero, e estamos agora de olho, porque não é só fazer isso. Nossa proposta é outra, é de ter um comitê popular, participação social, conselhos territorializados, e que abra o caixa dos transportes, porque isso tudo demanda”, disse.
Nas redes sociais, Maciel, que também é presidente da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Câmara Legislativa (CLDF), destaca que o anúncio do governo do DF é “apenas um o de um processo que está longe de terminar, mas não vamos nos retirar dessa luta até que ela termine de fato”.
"Nossa luta por tarifa zero, em conjunto com o MPL [Movimento e Livre], tem mais de uma década. Construímos atos políticos coletivamente, realizamos ações, fizemos intervenções na cidade e chegamos até a alugar um ônibus para rodar em Ceilândia com uma faixa escrito ‘Tarifa Zero’. Foram muitas experiências até aqui."
O deputado ainda escreve que a Semob foi oficiada para a criação de um comitê com participação popular para que a medida seja acompanhada na fase de teste, bem como sobre quanto tempo vai durar essa fase, se haverá aumento de frota aos domingos e a importância de o Metrô-DF ter equipes reforçadas, uma vez que a demanda pode prejudicar a qualidade no atendimento.
"Não podemos fazer de qualquer jeito para depois não dizer que não dá certo. A medida também não pode ser justificada para aumentar o ree a empresas sem antes: auditar o sistema, mudar a modelagem, rever a forma de remuneração das empresas, pagando por quilômetro e não por o e rever linhas sobrepostas. Falamos isso, pois, para nós, o sistema já está pago."
A deputada federal Erika Kokay (PT) disse que o anúncio da tarifa zero aos domingos e feriados no DF é fruto da luta da esquerda pelo direito à cidade. “A medida deve ser encarada como o primeiro o para termos, durante todos os dias da semana, uma vida sem catracas.”
O deputado distrital Fábio Felix afirmou que a medida vem após “um longo histórico da sua gestão [de Ibaneis Rocha] em tentar restringir o direito ao e Livre”, escreveu. “Um claro sinal de que os coletivos por direito à cidade e nós, da esquerda, sempre tivemos razão ao defendermos esta luta”.
“Essa medida que o governador anunciou hoje não veio de bom grado. Foi arrancada pela pressão social e como parte de uma crescente demanda nacional, que tem feito até políticos de direita recuarem na maneira que pensam a política de mobilidade urbana.”
O deputado também destacou que garantir a gratuidade aos domingos e feriados é um primeiro o importante rumo à tarifa zero total. “Se queremos começar a desafogar o trânsito caótico de Brasília, o governador precisa parar de priorizar políticas focadas no uso de transporte individual e estender a gratuidade no transporte público para todos os dias da semana.”
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