Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

OPINIÃO

Sakamoto: Debate do 6×1 é crucial, mas não podemos esquecer do trabalhador 7×0

Precarizados como entregadores e motoristas de apps trabalham de domingo a domingo em jornadas maiores que 70h semanais

28.dez.2024 às 13h25
Leonardo Sakamoto
|UOL

Cooperados da Cooxupé são flagrados com trabalho escravo em colheita de café - Repórter Brasil

Pesquisa Datafolha aponta que 64% dos brasileiros defendem o fim da jornada de seis dias de trabalho para um de descanso. Os grupos historicamente mais explorados são ainda mais a favor da mudança que a média: mulheres (70%), pretos (72%) e os que ganham até dois salários mínimos (68%). Deu a lógica.

A campanha contra a jornada de 6×1 pode não conseguir alcançar agora a mudança para quatro dias de trabalho e três de descanso, mas a mobilização tem força para alterar o teto para cinco dias de trabalho e dois de descanso, como já escrevi aqui. Sem redução de salário, claro. Segundo o Datafolha, 5×2 seria a escala ideal para 70% dos entrevistados.

Esse movimento resgata o debate travado ainda no governo Lula 2 sobre a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, que, na prática, reduziria a escala para cinco dias por semana, considerando que o teto diário é de oito horas. Muita gente diz que alguns setores da economia não aguentam. Uma economia como a nossa, talvez não. Uma pouco mais justa, sim, basta ver o que acontece em outros lugares civilizados do mundo.

Nesta semana, tivemos uma ilustração do impacto da escala 6×1 quando é levada às últimas consequências. O grupo especial de fiscalização móvel fez uma coletiva à imprensa anunciando o resgate de 163 operários chineses que estavam em condições análogas às de escravo na obras da nova fábrica da BYD na Bahia. Contratos analisados pela fiscalização previam jornada de dez horas por dia, seis dias por semana, com possibilidade de extensão.

Considerado o trabalho pesado de pedreiros, carpinteiros, armadores, carregadores, soldadores, entre outros, a jornada exaustiva, que impossibilitava o descanso, criava um ambiente propício a acidentes de trabalho. Houve pelo menos quatro, inclusive com amputação de membros e perda de movimentos nos dedos. No Brasil, jornadas de dez horas ocorrem quando o trabalhador faz duas horas extras além das oito previstas em lei.

O debate sobre redução de jornada é civilizatório, pois diz respeito ao modelo de desenvolvimento que queremos. Mas ele só inclui parte dos trabalhadores na discussão.

Há uma multidão de precarizados, como entregadores e motoristas de aplicativos, que ainda vão à rua de domingo a domingo, em jornadas que ultraam as 70 horas semanais, acreditando que o tal artigo 7º da Constituição Federal (que trata dos direitos trabalhistas) não diz respeito a eles. Não à toa foram convencidos de que são empreendedores e não trabalhadores.

Empreender é fundamental e precisa ser estimulado, a fim de que riqueza seja produzida para os donos do negócio e a comunidade em que eles estão inseridos. Mas glamourizar a precarização sob esse verniz é só uma forma de garantir que o pessoal continue prestando um serviço sem reclamar, sob a ilusão de que todos vão chegar lá um dia. Em muitos casos, vende-se a ideia de que eles são patrões de si mesmos, mas não são não.

A discussão sobre a qualidade de vida não ficará completa sem garantir aos trabalhadores do 7×0, ou seja, a turma sem carteira assinada, uma remuneração justa e um mínimo de proteção de seguridade social. Para isso, temos que avançar com a discussão no STF sobre a responsabilidade de empresas que ganham muito com esse grupo, como as plataformas de aplicativos.

Mas também sobre a proposta que estabelece preços mínimos e INSS para entregadores e motoristas no Congresso e no governo, ou seja, o debate sobre a regulamentação dessa categoria de trabalho. Isso deveria ter sido feito pela Reforma Trabalhista, mas os legisladores estavam mais preocupados em agradar o patronato.

 

Conteúdo originalmente publicado em UOL
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

'DESPROPORCIONAL'

Justiça do Rio revoga prisão do MC Poze do Rodo

APÓS DESVIOS

Justiça bloqueia R$ 23,8 milhões de suspeitos de fraude contra INSS

Inação internacional

‘Israel só responde à linguagem militar ou econômica’, diz professor sobre genocídio em Gaza

TRAMITAÇÃO

Câmara aprova aumento de punição a quem provocar incêndios florestais

Big techs

Julgamento do Marco Civil da Internet é decisivo para liberdade de expressão, avalia advogada

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.