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Artigo

Qual é a escola pública que queremos em 2025?

As redes estaduais e municipais vêm caminhando para o autoritarismo, quando o que nossos filhos precisam é de liberdade

27.dez.2024 às 20h19
São Paulo (SP)
Andrea Carabantes Soto

Nas conversas com as famílias, percebo que o que as pessoas desejam é um espaço de diálogo e aprendizado, que não pareça uma prisão - PABLO PORCIUNCULA/AFP

O ano está chegando ao fim e, junto às avaliações de final de ano, aos wraps do Spotify, às listas dos jornais e da TV, nos perguntamos: o que foi bom e o que queremos mudar ou melhorar no próximo ano?

Dentre todas essas reflexões, surge a pergunta sobre a escola dos nossos filhos e filhas. O ano letivo também se encerra junto com o calendário, e nos questionamos: a escola atendeu às nossas expectativas? Meu filho ou filha aprendeu o que deveria aprender?

Mas, quando a escola é pública, as perguntas que surgem também são outras: como está sendo a gestão democrática da escola? A autonomia da instituição está sendo respeitada pelos órgãos competentes? Os servidores estão sendo valorizados e acompanhados em suas funções? Os estudantes conseguem exercer seus direitos de ter um grêmio, sem serem tutelados pela gestão escolar? As famílias conseguem participar, propor atividades, engajar-se? A escola recebe suas verbas independentemente de problemas de prestação de contas?

Independentemente das respostas – que suspeito serem, em sua maioria, negativas para todas essas questões –, a pergunta central persiste: qual escola queremos? Como ela seria? Como seria essa escola dos nossos sonhos?

Nas conversas com as famílias da escola do meu filho, assim como com vizinhos e vizinhas do entorno, familiares e amigos, percebo que o que as pessoas desejam é um espaço de diálogo e aprendizado, que não pareça uma prisão. (Embora haja quem considere que uma escola com policiais e câmeras seja uma boa opção – mas não para seus próprios filhos, claro.)

Assim, a escola que queremos é uma escola:

– Democrática, onde as famílias sejam ouvidas e os colegiados respeitados, sem autoritarismo ou descaso com os envolvidos;

– Onde as crianças possam aprender o que é um grêmio escolar, sem serem usadas pela gestão como "ajudantes mirins";

– Onde o conselho escolar tenha todas as suas prerrogativas cumpridas, sem tutela ou censura por parte das secretarias;

– Onde as escolas possam elaborar seus planos políticos pedagógicos sem ficarem reféns de calendários cheios de demandas burocráticas e plataformas digitais;

– Que ofereça artes e esportes na mesma medida em que prepara os alunos para os vestibulares;

– Que receba as verbas devidas, independentemente de problemas burocráticos ou istrativos;

– Que tenha uma comunidade ativa, tanto dentro quanto fora dos muros da escola, onde os vizinhos possam colaborar e participar, e onde a escola possa estabelecer parcerias com os agentes do entorno;

– Onde os servidores públicos sejam respeitados em suas carreiras, sem sofrer perseguições por parte do governo de turno;

– Intercultural e multicultural, onde as crianças sejam valorizadas e celebradas pela bagagem que trazem consigo; 

– E o mais importante, onde as crianças sejam protagonistas do aprendizado e das vivências.

Tudo isso, no entanto, está distante da realidade da escola pública no Brasil atualmente, onde famílias participativas são difamadas e perseguidas. Onde servidores mais abertos e criativos são censurados e sofrem longos e desgastantes processos burocráticos (uma espécie de lawfare contra servidores públicos). Onde as escolas ficam sem verba por conta de erros insignificantes em prestações de contas de anos atrás – um cenário que serve de argumento para aqueles que defendem a terceirização: "privatiza que melhora". Onde não há mais festa junina porque seria “do diabo”. Onde a premissa é ofender e punir os estudantes. E muitos outros problemas de falta de recursos, de esgotamento dos docentes, de salas superlotadas, etc.

Embora a realidade da escola pública hoje esteja distante do que gostaríamos idealmente, ainda assim acredito que ela está em constante transformação e essa transformação a pela participação das famílias da escola pública, pela defesa dela por parte de políticos e movimentos sociais, mas principalmente estando dentro dela e colocando nossos filhos para estudar lá. Só entendemos os problemas e nos preocupamos por melhorar certas questões quando as vivenciamos. Eu não saberia da metade dos problemas das escolas públicas se não fosse parte dela.

Meu desejo é que em 2025 mais famílias conheçam os problemas e potencialidades da escola pública, e que possamos caminhar, juntos, para a escola que queremos e que nossos filhos merecem.

*Andrea Carabantes Soto é imigrante, mãe de estudante de escola pública em São Paulo e cofundadora da Equipe de Base Warmis – Convergência das Culturas, coletivo integrante do Movimento Humanista, que desde 2013 luta em prol da melhoria de vida das mulheres imigrantes no Brasil.

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Thalita Pires
Tags: educação
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