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E agora?

Acordo UE-Mercosul aprofunda poder do agro e deve ser ‘predatório’ para indústria, diz analista

Licitações do SUS ficaram de fora, mas termos ainda não anunciados de compras governamentais preocupam

06.dez.2024 às 15h49
São Paulo (SP)
Rodrigo Durão Coelho

Presidenta da Comissão Europeia Ursula von der Leyen discursa no Uruguai - AFP

O acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, anunciado nesta sexta-feira (6) em Montevidéu deve aprofundar o poder do setor agropecuário brasileiro, mas pode ser ruim e até "predatório" para a industria nacional. A análise é do cientista político e professor de Relações Internacionais Gilberto Maringoni, da Universidade Federal do ABC.

"Não está claro ainda como é que vai ficar uma série de pontos que em que o Brasil – dos primeiros mandatos de Lula e Dilma – estava bastante descontente e preocupado, que é o das compras governamentais e de uma ação predatória na indústria, quais são as barreiras que vão ser colocadas", disse maringoni ao Brasil de Fato após o anúncio desta sexta. 

"A Alemanha vai aumentar a sua exportação, em especial de automóveis, colocando a indústria aqui instalada em sério problema. Se esses automóveis chegam com um nível de preço – por força da produtividade da indústria alemã – mais baixo, não tem porque o Brasil ter indústria automobilística, negociar com a China para trazer novas indústrias aqui", explica. 

Maringoni aponta que com o mercado aberto, seria preciso conceder "subsídios absurdos" para atrair indústrias estrangeiras ao Brasil. 

O analista ressalta que outro ponto importante a ser definido é o relativo á compras feitas por governos. Em tese, o acordo deve significar redução de impostos para empresas europeias venderem produtos ao governo brasileiro. Nesta sexta (6) foi anunciado que as compras feitas para o SUS não entram no escopo do acordo, ou seja, vendedores europeus não vão ter desconto quando comercializarem para o Sistema Único de Saúde. 

Maringoni lembra que um dos obstáculos históricos para o acordo – que era costurado desde o governo de Fernando Henrique Cardoso em 1999 – era regular essas compras. No governo de Jair Bolsonaro se chegou a anunciar um acordo, mas os blocos voltaram atrás. Esse acordo de 2019 abria as fronteiras sul-americanas para compras e licitações governamentais, sem restrições que protegessem as indústrias do bloco sul-americano.

Um setor nacional que deve se beneficiar é o da agropecuária e isso gera maior oposição de países europeus fortes no ramo, como França, Polônia, Itália e Holanda, além de movimentos populares sul-americanos e europeus. "Seus agricultores temem que a maior produtividade da agricultura em especial brasileira, especialmente no setor de proteína animal, acabe impondo uma ação predatória com seus produtos", diz o analista. 

"Daí uma série de alegações do uso de agrotóxicos – que são reais – mas a questão principal é uma concorrência por força dessa alta produtividade dos produtos da agricultura brasileira."

Indústrialização

Maringoni afirma que o acordo deve inibir ainda mais a perspectiva de reindustrialização para Brasil e Argentina.

Apesar do anúncio feito pela presidenta da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, o acordo agora precisa ainda ser ratificado pela maioria dos membros da UE para ser oficializado. França, Holanda, Polônia e Itália são contra, com Alemanha e Espanha, entre outros, a favor. 

Para o professor, a Europa se vê no meio de uma guerra comercial entre EUA e China e, com Donald Trump, deve ficar ainda mais deslocada, mais distante de seu principal parceiro, que "deve reduzir seu investimento na guerra da Ucrânia e enfraquecer a aliança com a União Europeia".

Nesse aspecto, para o analista, o acordo representaria uma salvação para a indústria do bloco europeu, em especial de seu país mais rico, a Alemanha, que está entrando em recessão.

Movimentos populares denunciam

Organizações europeias e ativistas de esquerda acreditam que o projeto vai acelerar o desmatamento da Amazônia e agravar a crise climática ao aumentar as emissões de gases de efeito estufa. O Greenpeace o classifica como um texto “desastroso” para o meio ambiente e a Via Campesina acusa o acordo de violar a soberania dos países.

Em março, movimentos de luta no campo articulados na Via Campesina repudiaram o acordo em um comunicado em que pediam a Lula que "escute o clamor dos povos do campo, águas e florestas e coloque fim às negociações em curso e dê espaço a construção de um projeto popular de desenvolvimento nacional para o Brasil".

"O acordo em pauta representa um retrocesso para o Brasil e para os países do Mercosul no âmbito do desenvolvimento socioeconômico, bem como um ataque frontal à soberania dos nossos países", destaca o comunicado. Os movimentos populares destacam que o acordo foi "foi rechaçado há mais de 20 anos" e o texto atual, retomado em 2019, representa "o DNA bolsonarista na sua essência sem nenhum compromisso com o desenvolvimento do nosso país."
 
"O acordo assume caraterísticas neocoloniais na sua concepção e ameaça, em seus termos, nossos povos e territórios, ameaça a agricultura camponesa, as comunidades tradicionais e entrega nossos bens comuns aos interesses do capital internacional, consolidando assim o caráter agroexportador da nossa economia, que é basicamente continuar exportando matéria-prima para abastecer as demandas dos países europeus em troca dos produtos industrializados."
 
A desregulamentação dos mercados, os acordos de livre comércio e, em particular, a negociação do acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul são as principais causas da grave crise enfrentada pelos agricultores europeus na avaliação da Via Campesina.

Editado por: Lucas Estanislau
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