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Dividido entre volta à esquerda ou projeção à centro-direita, PT se discute após eleições municipais

Alas antagônicas disputam os rumos para o futuro do partido

12.nov.2024 às 06h00
São Paulo (SP)
Igor Carvalho

PT é o segundo maior partido do Brasil, com 1,6 milhão de filiados - Foto: Ricardo Stuckert

Às vésperas do segundo turno das eleições municipais, o deputado estadual Lúdio Cabral (PT), que disputava o segundo turno para a prefeitura de Cuiabá (MT), tornou pública suas convicções sobre as pautas ditas de "costume" e chocou uma parte dos petistas e da base social do partido.

"Sou médico, fiz um juramento de proteger a vida, desde a concepção…, eu sou pai de 5 filhos, eu quero os meus filhos e os filhos de todas as famílias de Cuiabá protegidos contra a droga, portanto eu sou contra a liberação…, sou contra esse debate de ideologia de gênero nas escolas, linguagem neutra nas escolas (…), deixei isso claro ao meu partido, e aos partidos que me apoiam, a minha posição", disse Lúdio, em seu programa eleitoral.

Após a eleição, que terminou com um desempenho ruim do PT nas urnas, uma tampa foi descoberta e a diversidade de opiniões sobre os rumos do partido foram expostas publicamente. Vice-presidente da legenda, o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ), eleito prefeito de Maricá (RJ), foi às redes sociais e disse que os petistas precisam "parar de errar".

Para Quaquá, o PT não deveria ter apoiado Guilherme Boulos (Psol) na disputa pela prefeitura de São Paulo (SP). "Era a pessoa errada na cidade errada". Em seguida, ele citou nomes posicionados mais ao centro, que em sua opinião deveriam ter merecido a atenção do partido. "Havia Márcio França (PSB), Tabata Amaral (PSB) e até a Ana Estela Haddad (PT), que nunca disputou eleição, mas poderia dialogar com uma ala mais conservadora nas periferias e classe média."

A ópera dos insatisfeitos, que pedem um PT mais ao centro, seguiu. Reeleita prefeita de Contagem (MG) com 61% dos votos, Marília Campos (PT) pediu que o partido "repense sua estratégia política e seu discurso, que continua muito focado na polarização."

O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP), que nunca escondeu sua antipatia à candidatura de Boulos à prefeitura de São Paulo, defendeu uma aliança para longe da esquerda na eleição paulistana, em entrevista ao site Intercept.

"O Ricardo poderia, em vez de se alinhar mais à direita, fazer um movimento em direção à esquerda. Teríamos uma situação mais confortável hoje, com um prefeito do MDB que fosse aliado do [Luiz Inácio] Lula [da Silva (PT)]", explicou Tatto, uma das lideranças do PT na capital paulista.

Reação

"Eu tenho opinião oposta a esses companheiros que após a eleição de 2024 sinalizam com um PT mais ao centro. Em primeiro lugar, porque a eleição de 2024 mostra que o PT justamente tem que tensionar mais à esquerda. As eleições mais à esquerda deram resultados bons, como Natal (RN), São Paulo e Fortaleza (CE)."

A afirmação acima é do ex-presidente do PT e uma das figuras mais importantes da história do partido, José Genoíno. "Noto que há muita gente do partido ensaiando esse o e isso me preocupa. Eu vi várias declarações, como o candidato de Cuiabá [Lúdio Cabral], a Marília Campos, o Tatto, que chegou ao cúmulo de defender apoio ao Ricardo Nunes. Numa crise sistêmica, a esquerda tem que ser antissistema", pede.

Gilmar Mauro, integrante da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que sempre manteve uma relação próxima com o PT, não vê possibilidades de que o partido possa soar uma instituição antissistema, como pede Genoíno.

"As esquerdas no geral, no ado, eram reconhecidas como antissistema. À medida que ganhamos quatro eleições nacionais, ela deixou de ser antissistema e se tornou parte do sistema. Na cabeça da maioria do povo e até de setores de esquerda, perdeu-se essa possibilidade de mudança. No meu modo ver, a esquerda deveria discutir causas profundas que o mundo enfrenta, mas isso não aconteceu nas eleições desse ano e não tem acontecido em outras. A esquerda tem se apoiado em discursos que não se sustentam, como empreendedorismo de esquerda, que é um engodo", explica Mauro, para quem a esquerda precisará de novos instrumentos para contrapor a direita nas urnas e nas ruas.

"De forma geral e à esquerda, há uma crise, não apenas no PT, mas em escala internacional. Na minha perspectiva, são instrumentos produzidos em um tempo que não existe mais, era um tempo em que o desenvolvimento do capitalismo permitia ganhos à classe trabalhadora. Esse processo tem se modificado. Na atualidade, ao contrário de ter conquistas, estamos perdendo essas conquistas, o capital financeiro tem pressionado e colocado limites para os investimentos sociais em todo o planeta", acredita o líder do MST.

Presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffman (PT-RS) defende que a legenda siga à esquerda na defesa de suas pautas, mas que mova-se ao centro para disputar eleições.

"O PT é um partido de esquerda, com história, princípios programas de forte defesa do povo brasileiro. Isso não o impede de fazer alianças para disputar eleições e governar, foi o que fizemos em 2022, com a costura de uma frente ampla que, com a força de Lula, nos possibilitou ganhar novamente a Presidência da República. E é isso que defendo que continuemos fazendo, ampliar nossas alianças sem nos descaracterizar. Já governamos cinco vezes este país, fazendo alianças, e o cerne da nossa política garantiu grande melhora na vida do povo brasileiro", explica Gleisi.

Pessimismo

Para o cientista político Rudá Ricci, a "tragédia está em curso". "É inissível que numa plataforma de centro-esquerda se discuta uma política de austeridade, que é uma medida de direita. O Fernando Haddad está tentando fazer um acordo interno para puxar o governo Lula para a direita", crê.

Leia Mais: Corte é demanda do mercado financeiro; na verdade, há enorme carência de gastos públicos, diz economista

Ainda de acordo com Ricci, é o presidente Lula quem conduz o partido para longe da esquerda. "O PT tem quadros de esquerda, como o José Genoíno, o Valter Pomar, o Renato Freitas, a Natália Bonavides, que estão numa articulação nacional, mas que não conseguem espaços no partido, porque o Lula não deixa. Não existe debate no PT, porque se tivesse o lulismo perderia, eu não tenho dúvida alguma."

José Antonio Moroni, integrante do colegiado de gestão do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) e da Plataforma dos Movimentos Sociais por outro Sistema Político, é ainda mais pessimista.

"O PT, assim como os governos do PT, principalmente o governo federal, já se deslocam para o centro e até a centro-direita faz algum tempo, abandonando bandeiras de luta da classe trabalhadora, movimento negro e da juventude periférica, a base que criou e sustentou o PT", explica Moroni, que teme as consequências do deslocamento ideológico do partido.

"Isso é uma tragédia na disputa política, porque cria um vazio enorme de um partido com densidade social, que faça a disputa de um projeto de sociedade que não esteja alicerçado nos dogmas do capitalismo", finaliza.

Gleisi Hoffmann insiste que "o PT faz alianças ao centro, mas continua sendo de esquerda". Mas, "ainda que com essas alianças e mediações, o que é necessário", continua a presidenta do PT, "não deixa de conduzir a realização de programas e projetos que tem por objetivo o desenvolvimento econômico e social, inclusivos e de soberania do país. O PT sempre viu e vê o Estado como indutor do desenvolvimento e do bem-estar das pessoas, do povo, como prioridade número um."

Editado por: Thalita Pires
Tags: esquerdaextrema direitagleisi hoffmannlulapt
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