Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Política
  • Direitos
  • Opinião
  • Cultura
  • Socioambiental
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

OPINIÃO

Artigo | Tecnologias precisam de codificação para não se tornarem os “exterminadores do futuro”

Estamos sob forte risco à medida que o Governo não desenvolve mecanismos de controle e promoção de domínio tecnológico

28.jun.2024 às 14h02
Fortaleza, CE
Marina Valente

A imagem foi gerada por inteligência artificial com a descrição "um mundo onde o trabalho é feito somente por AI". - Imagem geradas po AI

Uma estimativa feita por estudiosos e pesquisadores é de que a linguagem já existe há cerca de 150 mil anos. Ela é fruto do processo de socialização de nossos ancestrais para a sobrevivência no meio em que viviam e pelo qual tiveram de se adaptar. 

A fala permitiu que o homem tivesse um salto de desenvolvimento como uma verdadeira revolução, assim como foi o aprendizado sobre o domínio do fogo. amos a transmitir mensagens mais complexas e transmitir conhecimento, sentimentos e raciocínio.  Já a origem da escrita começa a ser registada há cerca de 6 mil anos.

 Afirma-se que a linguagem é responsável por humanizar o homem. 

Arístoteles refletiu que o homem é um animal político, ou seja, nós vivemos em sociedade e negociamos essa existência como forma de sobrevivência dentro do meio social. Assim sendo, a linguagem é fundamental para ocorrer a negociação política entre os humanos, como uma condição sine qua non de nossa estrutura social.

Nos primórdios, a linguagem escrita foi evoluindo das imagens rupestres para a construção de pequenos símbolos que representavam palavras e sons, e a partir daí, em um processo contínuo de sistematização e evolução, foi-se constituindo o que hoje reconhecemos como alfabeto. 

A fala também se desenvolveu de sons primários até a construção elaborada de oratória.
Mas e se, perdêssemos a habilidade da linguagem? O advento de outra revolução, a tecnológica, nos coloca diante de novo desafio da linguagem.

 A rapidez aplicada nesses meios e veículos (redes) construiu o conceito de uma comunicação ainda mais resumida, uma volta ao ado. Sentimentos aram a ser traduzidos por caracteres reduzidos (rsrsrs- risos) que reproduzem o som ou uma expressão facial ( :/), por “smiles” e posteriormente por stikers. 

Na ausência do áudio, cada vez mais rejeitado nos aplicativos de mensagem, amos a trocar frases soltas que resumem toda uma oratória para realizar o fazer político, no sentido aristotélico, de busca de consensos sociais.

O ódio tomou de conta. O não diálogo está reinando. A não política, levou a não reflexão e diálogo, permitindo assim, que a verdade fosse sendo relativizada e imposta através de memes (mensagens reduzidas e traduzidas em imagem), ironias e em um processo industrial chamado Fake News. 

Em resumo, a verdade e o uso da oratória para a construção social foi substituída pela imposição da força (agressividade e silenciamento) e pelo sufocamento do diálogo e resposta a través da superprodução de informações, verídicas ou, na maioria das vezes, não.

Sem a possibilidade do diálogo a partir de uma construção unilateral da fala, a construção democrática sucumbe e a política não acontece para a chegada de consensos. Estamos assim caminhando para a barbárie, mais próximos de nossos ancestrais que ainda não haviam experimentado a linguagem, do que da evolução que esperávamos a partir do desenvolvimento de criamos.

Não se trata aqui de uma crítica ao processo da otimização da comunicação, a própria criação do alfabeto parte do princípio da transformação da linguagem oral em símbolos e posteriormente a contração destes símbolos a fim de codificá-los para o desenvolvimento da escrita. Mas um questionamento do limite desse processo e até que ponto ele deixa de ser um desenvolvimento para se tornar uma não-comunicação. Terceirizando o pensamento e robotizando a linguagem, tudo fica ainda mais confuso com o advento das inteligências artificiais.

 Ao mesmo tempo que temos um processo de retração da escrita, o processo anterior de codificação a partir do HTML e do CSS, era criado a partir de uma escrita própria, estruturada como “pequenas equações” (<br>) chamados de prompts de comando, a a ser substituído pelo uso da linguagem plena como um código.
    Assim o que antes era um comando para criar uma ação a a ser um diálogo para a criação da ação, tornando o diálogo homem-máquina cada vez mais íntimo. Ao invés de comandarmos a máquina para a execução de ações amos a pedir que executem.

Ao mesmo tempo, criamos através dela, ferramentas de mediações sociais, como, por exemplo, comando para convencer pessoas e aumentar seguidores. Até mesmo a arte, expressão artística de designers, fotógrafos e editores, a a ser uma criação solicitada.

Estamos então, terceirizando não apenas o diálogo, mas o pensamento (criação).  Somam-se discussões sobre o perigo dessas ferramentas que são vistas sendo usadas em “brincadeiras” dialogando sobre a destruição do mundo, ou até mesmo sendo burladas para ensinar a criação de bombas, falsificação de pesquisas e outros maus usos de suas funções.

Fala-se também de um “emburrecimento” dessas ferramentas, provocado justamente pela baixa formação intelectual dos próprios usuários.

Não é objeto deste texto, discorrer com mais detalhes sobre as problemáticas apresentadas, mas é preciso salientar uma das facetas desse mundo virtual que é a substituição do trabalho humano, a terceirização de decisões importantes e a gamificação do trabalho. 


Marina Valente, autora do artigo, também conhecida como Dona Megafone, possui um programa de entrevistas semanal chamado "Subversiva" disponível no Youtube, no Canal da Metamorfose Comunicação. / Divulgação/ Metamorfose Comunicação

E agora, José? 

Estamos sob forte risco à medida que nosso Governo não desenvolve mecanismos de controle e promoção de domínio tecnológico. Na corrida deste novo capital da informação, estar a frente no que se refere às AI`s, é questão de garantia da soberania. 

Às vezes é preciso ser um tanto ludista na nossa relação com as máquinas. Não que devemos quebrá-las, até porque, se não for uma greve específica, o efeito é praticamente nulo. A tecnologia não pode ser parada. Mas será que elas não podem ser freadas?

Nada funciona direito se não houver uma orientação de uso. Um manual. Sem instruções, o risco de quebra a a se tornar uma probabilidade maior de ocorrência. No comparativo, a tecnologia que avança tem menos probabilidade de dar errado, se antes do uso ela estiver acordada, codificada, discutida e normatizada. 

O certo então seria parar um pouco, discutir melhor regulamentações e depois colocá-las em pleno funcionamento. Mas, isso não foi feito, e com o exemplo que temos em todas as mudanças que vivemos, ela possivelmente só será feita após o dano, e com toda certeza, em diferentes escalas em países com diferentes desenvolvimentos econômicos.

Enquanto isso, a realidade está posta. A academia já discute o uso e empresas de comunicação já o colocam em prática. O profissional do futuro é o profissional que domina AI`s. 

É preciso impedir que a máquina substitua o trabalho humano. Ao mesmo tempo, não podemos ficar de fora da ampliação do conhecimento e da realidade do mercado.

É preciso criar normas enquanto o mundo não cria. Algumas que visem preservar a execução de um jornalismo qualificado, democrático e ético. Enfim, é preciso saber que as AI`s não substituem o pensamento de comunicação.

* Por Marina Valente, jornalista sindical e editora da Metamorfose Comunicação.

**Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Camila Garcia
Tags: imprensajornalismo
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

REFORMA AGRÁRIA

No Maila Sabrina, deputados apontam mediação como caminho para solução de conflitos agrários

"PL da Devastação"

Ato no DF contra PL que flexibiliza licenciamento ambiental ocorre neste domingo (1º)

INVESTIGAÇÃO

Acusada de trabalho escravo na Amazônia, Volkswagen diz que investigou e não viu crime

APOIO ÀS MULHERES

Espaço Periferia Feminista é inaugurado no Morro da Cruz, em Porto Alegre

Resistência

Ato em Brasília pede reconhecimento do Saara Ocidental e libertação de presos políticos

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.