Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

Patrimônio nacional

Terreiro da Casa Branca, em Salvador (BA), celebra 40 anos de tombamento

O Ilê Áse Ìyá Nasò Oka foi o primeiro terreiro brasileiro a ser tombato pelo Iphan como patrimônio cultural nacional

10.jun.2024 às 20h49
Salvador (BA)
Claudia Correia

Aniversário de tombamento da Casa foi comemorado em sessão solene na Câmara Municipal de Salvador - Valdomiro Lopes/CMS

O Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho, na avenida Vasco da Gama, em Salvador (BA), celebrou, na última terça-feira (4), 40 anos de tombamento como patrimônio cultural nacional. A data foi marcada por uma sessão especial promovida pela vereadora Marta Rodrigues (PT) na Câmara Municipal de Salvador, com a presença de dezenas de líderes do candomblé da capital baiana, entidades do Movimento Negro, blocos afro e autoridades civis e governamentais.

Na mesa da sessão, discursaram o superintendente na Bahia do Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan), Hermano Guanais, representando a ministra da Cultura Margareth Menezes; a Iyá Neuza Cruz de Xangô, da Casa Branca; o professor Ordep Serra; e o vereador Silvio Humberto (PSB), líder da oposição da CMS. Participaram ainda da Mesa da solenidade representantes da Prefeitura Municipal de Salvador e das Secretarias Estaduais da Promoção da Igualdade Racial e da Mulher.

O vereador Silvio Humberto (PSB) cobrou uma efetiva política pública de reparação racial que assegure recursos para a preservação do patrimônio afrobrasileiro e o combate ao racismo religioso. Marta Rodrigues ressaltou que o terreiro é um exemplo sem fronteiras do empoderamento e de resistência na batalha por direitos dos povos negros e da liberdade religiosa. Iyá Neuza agradeceu à união de toda comunidade de candomblé, aos orixás, ancestrais e aos apoiadores da Casa Branca. “Pedimos aos orixás que continuem nos abençoando, vamos continuar lutando, sofrendo todas as adversidades e preconceitos, mas prontos para lutar. A luta foi árdua e continua, a especulação imobiliária quer acabar com o nosso verde”, afirmou.

A representante da Fundação Cultural Palmares na Bahia, Aline Silva, presente na homenagem, saudou a conquista do tombamento por simbolizar a valorização da cultura afrobrasileira.   


Iyá Neuza Cruz de Xangô, do Ilê Áse Ìyá Nasò Oka, participou da sessão solene na CMS / Valdomiro Lopes/CMS

Ancestralidade histórica

O Terreiro da Casa Branca (Ilê Áse Ìyá Nasò Oka, em iorubá) é o responsável pela origem de muitos outros terreiros, inclusive o famoso Terreiro do Gantois, de Mãe Menininha, na Federação, e o Ilê Axé Opô Afonjá, de Mãe Stella de Oxóssi, no São Gonçalo do Retiro, em Salvador. Ele foi fundado por três mulheres africanas da nação nagô e nasceu em um terreno atrás da Igreja da Barroquinha, em Salvador (BA), por volta de 1830.

Primeiro terreiro de candomblé no Brasil e pioneiro no tombamento nacional, o Terreiro da Casa Branca foi reconhecido como Patrimônio Cultural Brasileiro e inscrito nos livros do Tombo Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, em 1984.

Segundo o Iphan, os terreiros abrigam um universo simbólico rico em tradições como as danças, cantos, poesias (orikis), mitos, rituais e organizações espaciais que mantêm vivas as memórias ancestrais dos africanos.

Entre 2013 e 2015, o órgão definiu o Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e realizou o Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) que mapeou casas de terreiros do Distrito Federal, além de inúmeras ações em outros estados. Representantes dos povos e comunidades participaram dos inventários na região metropolitana no Rio de Janeiro, Distrito Federal, Florianópolis, e dos estudos realizados em Curitiba (PR), Rio Grande do Sul e Palmas (TO).


Lideranças do candomblé, entidades do Movimento Negro e blocos afroestiveram presentes à homenagem / Valdomiro Lopes/CMS

Pioneiro na conquista desse direito à proteção de seu patrimônio, a Casa Branca abriu caminho para outros tombamentos de sítios religiosos negros, totalizando atualmente onze Casas no Brasil: Axé Opô Afonjá, Ilê Iyá Omim, Axé Iyamassé (Gantois), Ilê Maroiá Láji (Alaketo), Bate-Folha e Ilê Axé Oxumaré, em Salvador; Omo Ilê Agboulá em Itaparica (BA); Zogbodo Male Bogun Seja Unde (Roça do Ventura), em Cachoeira (BA); e Casa das Minas Jeje, em São Luis (MA).  

O Superintendente do Iphan na Bahia, Hermano Guanais, fez um histórico desse processo no órgão e elogiou a participação ativa do movimento negro e dos antropólogos Ordep e Olimpio Serra na luta pela preservação da memória cultural da população negra desde a década de 1980. “Essa é uma ação exemplar que mudou a concepção do que é patrimônio cultural no Brasil, fez o Iphan ampliar o olhar para além da cultura eurocêntrica, reconhecer as raízes do Brasil, a diversidade, superar a concepção minimalista e preconceituosa”, afirmou no discurso da solenidade.

Editado por: Gabriela Amorim
Tags: candomblédireito à liberdade religiosasalvador
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

DIA DO MEIO AMBIENTE

Cinema São Luiz, no Recife (PE), tem sessões gratuitas com temática ambiental neste domingo (1º)

TRAJETÓRIA POLÍTICA

Gleisi Hoffmann acredita em acordo com o Congresso para ajuste fiscal do governo federal

E AGORA, JOSÉ?

Perdeu o prazo da declaração do imposto de renda? Saiba o que fazer

assista

Da periferia de Belém, o rapper Pelé do Manifesto canta resistência

ENCONTRO EM BELÉM

Povos tradicionais do Brasil e exterior cobram protagonismo na COP30 e na luta contra mudanças climáticas

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.