Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

Desafios do governo

Venezuela registra queda na inflação, mas tem problema para aquecer consumo

Economistas afirmam que redução dos gastos públicos e manutenção dos salários baixaram a taxa, mas paralisaram consumo

18.abr.2024 às 19h54
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago

Após constantes desvalorizações do bolívar, venezuelanos aram a utilizar o dólar - Yuri Cortez/AFP

A inflação na Venezuela entrou em um ritmo de baixa. Em fevereiro e março, a taxa mensal ficou em 1,2%, a menor registrada nos últimos 12 anos. O índice, que agora está em uma rota de descida, chegou a alcançar o patamar de 196,6% em janeiro de 2019, o mais alto desde o início da série histórica em 2007. 

Para conseguir baixar a inflação e controlar a alta dos preços, o governo adotou como medida principal a injeção de dólares no mercado. Em 2023, o Banco Central colocou em circulação os quase US$ 4,2 bilhões (mais de R$ 20 bi) que entraram pela venda de petróleo no mercado internacional para controlar o câmbio e estabilizar o valor da moeda nacional, o bolívar.

No entanto, a sustentabilidade dos métodos e a explicação usada pelo governo são questionados por economistas. De acordo com o deputado e economista Tony Boza (governista) , a inflação na Venezuela tem origem na redução do poder de compra dos salários e na queda dos gastos públicos, o que pode inviabilizar as medidas do governo no médio prazo.

“A redução da inflação vem pela contração brutal por duas vias: primeiro pela redução dos gastos públicos e pelos salários. Há uma compressão brutal do salário. Isso é insustentável com o tempo, porque o problema fundamental é que você controla a inflação mas não reativa a economia", afirma Boza ao Brasil de Fato.

"Como se reativa a economia se o consumo de dois atores fundamentais que são os trabalhadores do país, públicos e privados, que tem um salário muito baixo, e há uma restrição brutal do gasto público?”, questiona.

 

Bloqueio

A economia venezuelana está diretamente ligada ao bloqueio. Os Estados Unidos substituíram algumas licenças para a venda de petróleo venezuelano, para endurecer as regras para as exportações do produto. Ainda assim, o governo da Venezuela projeta um crescimento econômico de até 8% no PIB deste ano.

Para Boza, o bloqueio imposto pelos Estados Unidos é fundamental para entender os problemas econômicos da Venezuela, mas a solução tem que ser o uso de uma tática que não seja usada pelo mercado.

“O Estado assumiu o problema com um enfoque monetarista. Todos os porta-vozes do PSUV, e isso é uma crítica que faço de dentro do processo revolucionário, porque sou do PSUV, diziam que o problema era do bloqueio. E eu estou de acordo com isso. O problema é que, as medidas que você adota para contornar essa situação são medidas de mercado. Reduzir a liquidez e reduzir a circulação."

Se a pouca entrada de dólares já é um problema grave para a Venezuela, o país encontrou outra dificuldade a partir de uma medida do Banco Central. De 2014 a 2018, o órgão deixou de publicar a cotação do dólar. Com isso, comerciantes, empresários de diferentes setores e agentes econômicos perderam a referência para estabelecer preços. Quem ocupou esse vazio cambiário foi a moeda paralela.

Diferentes sites e páginas começaram a cotar o dólar em relação ao bolívar para trazer referência, e o valor da moeda estadunidense disparou no país. O problema só ou a ser amenizado depois que o país conseguiu encontrar formas de driblar as sanções e colocar o petróleo a venda no mercado internacional.  

Segundo o professor de Economia da Universidade de Zulia Omar Muñoz, a dificuldade do governo é conciliar a asfixia externa sobre a economia com a gestão dos recursos que estão entrando agora pela venda de petróleo.

“O governo precisa aumentar os gastos públicos, mas está limitado porque os mecanismos internos não estão funcionando para adotá-lo. Uma atividade econômica restrita, pressão fiscal, um bloqueio… Nós deixamos de vender 4 bilhões de barris de petróleo. Isso mais o que tem os bancos, mais o dinheiro da Citgo [rede estatal venezuelana de refinarias], mais o ouro que está na Inglaterra dá uma quantidade exagerada de 2 trilhões de dólares. Tudo isso restringe a capacidade do governo de satisfazer o que as necessidades da sociedade”, afirma Muñoz ao Brasil de Fato.

O aumento dos salários é um ponto central no debate sobre a condição de vida dos venezuelanos. Sem reajuste há 2 anos, o salário mínimo hoje está em 130 bolívares, algo próximo a 4 dólares. 

De acordo com Tony Boza, o crescimento dos salários no mesmo ritmo da inflação é uma forma adequada que pode dinamizar a economia e aumentar a qualidade de vida da população sem prejudicar a inflação. Para ele, manter os salários só vai criar uma retração ainda maior na economia. 

A saída, de acordo com ele, seria indexar os salários ao crescimento da inflação projetada. O governo venezuelano usaria como base a projeção da inflação para o mês seguinte para reajustar os salários e usaria mecanismos compensatórios para eventuais diferenças entre a projeção e o resultado da inflação no final do mês. 

“Se você pergunta a um banqueiro ou a um empresário, um industrial: como você resolve o problema de a inflação afetar os seus custos? Bom, indexar o valor, com o qual os bens e serviços se realizavam na economia, ou seja, crescer ao mesmo ritmo da inflação”, afirma.

Omar Muñoz ressalta que o objetivo de um sistema econômico é beneficiar a população e não promover os ganhos.

“Não pode ser que a economia seja para obter benefícios e não para garantir a vida. O primeiro objetivo é que toda a estrutura econômica tem que estar montada não para o benefício, mas para gerar bem estar, porque ninguém pode ficar sem comer.".

Editado por: Leandro Melito
Tags: caracasestados unidos
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

SOLIDARIEDADE

Posse da ministra das Mulheres vira ato de apoio a Marina Silva

60 KM/H

SP registra falta de luz e queda de árvores após rajadas de vento; pelo menos duas pessoas ficaram feridas

TRABALHO

Brasil registra saldo de mais de 257 mil novos empregos em abril

PL DA DEVASTAÇÃO

Ataques a Marina Silva visam aprovação de PL que ite retrocessos ambientais às vésperas da COP30, avalia professor

ATAQUES MISÓGINOS

‘Quem tem compromisso com questão ambiental vira alvo dos negacionistas’, diz ambientalista sobre ataques a Marina Silva

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.