Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

OBRA DE MILEI

Fechar agência de notícias causa vácuo de informação e enfraquece influência regional da Argentina

Especialistas apontam importância da Télam na distribuição de conteúdo em todo o país e também na América Latina

05.mar.2024 às 09h02
Atualizado em 06.mar.2024 às 09h02
São Paulo (SP)
Leandro Melito

Membros da Polícia Federal Argentina cercam a sede da agência de notícias Telam, em Buenos Aires, em 4 de março de 2024 - LUIS ROBAYO / AFP

O fechamento da agência de notícias Télam, coloca a população argentina diante de um “vazio de informação” e enfraquece a influência regional do país. Essa é a avaliação dos especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato após a suspensão dos serviços da agência pelo governo de Javier Milei na segunda-feira (4), motivo de protesto dos trabalhadores diante da sede da empresa em Buenos Aires.

Comunicados ainda na madrugada de segunda de que teriam seu trabalho suspenso por 7 dias, os trabalhadores da agência foram impedidos de ar o escritório da empresa, cercado pela polícia.

Para Marcelo Botto, jornalista e docente universitário argentino, autor do livro Historia de las agencias de noticias (2012), o fechamento definitivo da agência, caso se efetive, representará uma “redução na circulação da informação”.

“Não há outro meio de comunicação com uma cobertura semelhante. É a única com cobertura realmente nacional. A maioria dos meios do interior do país e da cidade de Buenos Aires, não apenas os grandes, mas as rádios e sites médios e pequenos se alimentam informativamente da Télam.”

Além da Télam, apenas a Rádio Nacional Argentina, também na mira de Milei, distribui notícias para todo o território do país. Com mais de 700 trabalhadores, a agência possui 27 correspondentes distribuídos pelo território argentino e seis no exterior.

Na Argentina a concentração de meios de comunicação é ainda maior que no Brasil, e está praticamente nas mãos de duas famílias, que controlam os conglomerados de mídia sob o guarda chuva dos jornais Clarín e La Nación, e mantinham em parceria a agência privada DyN (Agência Diários e Notícias). A partir do fechamento da DyN em novembro de 2017, a Télam ou a ser a única agência de notícias com capilaridade no interior do país e nas periferias. 

Pedro Aguiar, professor de Jornalismo da Universidade Federal Fluminense (UFF), que pesquisa agências de notícias há mais de 15 anos, aponta que o fechamento da Télam  representa um “vazio de informação que vai ser percebido rapidamente porque a imprensa do interior não tem como dar conta dessa cobertura com recursos próprios” e que pode ser um “tiro no pé” do próprio governo, que tem aliados nessas províncias.

No discurso que abriu o ano legislativo da Argentina, na sexta-feira (1), quando anunciou o fechamento da Télam, Milei classificou a agência como um veículo de propaganda kirchnerista. Aguiar aponta que esse é o mesmo discurso utilizado pelo ex-presidente Mauricio Macri, que tentou demitir cerca de 40% dos funcionários da Télam em 2018, mas não conseguiu devido à forte mobilização dos trabalhadores.

“Voltou atrás porque houve muita pressão por parte dos próprios jornalistas da Télam, de outros jornalistas, inclusive de gente que não é de esquerda e nem kirchnerista. E teve que voltar atrás. A Télam não faz propaganda ideológica kirchnerista, faz um serviço que cobre jornalisticamente de tudo e abastece a imprensa argentina, inclusive a imprensa conservadora privada, que é aliada do Milei.”

Importância regional

Além de fornecer informação para a imprensa nacional, as agências públicas de notícias também cumprem um papel geopolítico de influência, ao difundirem informações sobre sua economia e interesses políticos para o exterior.

Nesse sentido, os especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato apontam que o fechamento da Télam terá impactos regionais, devido à sua importância na difusão de notícias na América Latina. Para Marcelo Botto, o fechamento da agência é mais um indicativo de isolamento do país.

“O Estado argentino perde uma fonte informativa de prestígio, principalmente na América Latina. Vai afetar negativamente, porque é uma ferramenta chave para a difusão dos seus interesses. Se levarmos em conta que informação é poder, perde-se o manejo crucial da informação nesse sentido”, avalia o pesquisador argentino.

Pedro Aguiar aponta que a agência também cumpre um importante papel na integração regional, tendo sido uma das principais articuladoras da cooperação entre agências públicas da América Latina em 2011 para a formação da União Latino Americana de Agências de Notícias, composta pela Agência Brasil, Andina do Peru, AVN da Venezuela e Prensa Latina de Cuba. 

“Quando o Macri entrou no governo, desestruturou essa cooperação que era hospedada pela Télam, e isso foi desarticulado. Se de fato ela for fechada, vai deixar esse vazio dentro do campo da informação e no campo da cooperação, da integração regional.” 

 

 

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: argentinadireito à comunicação
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

PELA PRIMEIRA VEZ

Coquetel Molotov Negócios acontece no Centro Histórico de João Pessoa de 30 de maio a 1° de junho

HISTÓRIAS INVISÍVEIS

Vidas Peregrinas: curta documental retrata experiência musical com pessoas em situação de rua

GREVE DO MAGISTÉRIO

Justiça do DF determina multa milionária a sindicato e autoriza corte de ponto de professores

MAIS CRÍTICAS

Professores e pesquisadores da área da educação pedem anulação do afastamento de diretores da rede municipal de SP

DEGRADAÇÃO

Agrotóxico cancerígeno e mercúrio na água: pesquisadores da UnB são ouvidos na I do Rio Melchior

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.