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Início Opinião

Igreja popular

Amizade como graça social, inimizade como pecado social: campanha católica critica neoliberalismo

Frade comenta como ensinamentos do atual pontífice opõe-se às estruturas capitalistas e neoliberais

14.fev.2024 às 09h09
Goiânia (GO)
Frei Marcos Sassatelli

O pontífice foi levado para a Policlínica Agostino Gemelli, em Roma, na última sexta-feira (14) - Foto: Vaticano Media

A Campanha da Fraternidade (CF) “é o modo brasileiro de celebrar a Quaresma”, conforme se define em seu texto-base.

O tema da CF 2024 — inspirada na Encíclica “Fratelli Tutti” do Papa Francisco — é: “Fraternidade e Amizade Social”; e o lema: “Vocês são todos e todas irmãos e irmãs”.

O objetivo geral é: “DESPERTAR para o valor e a beleza da fraternidade humana, promovendo e fortalecendo os vínculos da amizade social, para que, em Jesus Cristo, a paz seja realidade entre todas as pessoas e povos”.

No “VER” (1ª parte), o texto-base da CF 2024 faz observações e reflexões que nos questionam a todos e todas, mas sempre no nível das relações pessoais e/ou conjunturais, nunca no nível das relações estruturais.  

Se fizermos – além da pessoal e conjuntural – uma análise estrutural clara, objetiva e profética da realidade do Brasil e do mundo – fundamentada nas ciências humanas e na reflexão filosófico-teológica libertadora – veremos que as relações sociais (socioeconômicas, sociopolíticas, socioecológicas, socioculturais e sociorreligiosas) ou estruturais capitalistas neoliberais ou ultraneoliberais são relações iníquas, injustas, desumanas, antiéticas, anticristãs e antifraternas: legalizadas, institucionalizadas e legitimadas com o uso deturpado da Religião ou do Evangelho.


Cartaz da Campanha da Fraternidade 2024 / Divulgação

Essas relações sociais ou estruturais são o pecado social ou estrutural de nossa sociedade e de nossas Igrejas. Nelas, a amizade social, que é o amor presente nas relações sociais ou estruturais, não existe. Dizer que existe – é hipocrisia e enganação dos pobres.

Nas relações sociais ou estruturais da nossa sociedade e das nossas igrejas – hierárquicas e de classes – não existe verdadeira fraternidade ou irmandade: comunhão de irmãos e irmãs. A chamada comunhão hierárquica não é comunhão, mas submissão e subordinação.

Se fôssemos – mesmo diferentes – realmente irmãos e irmãs, iguais em dignidade e valor, a nossa sociedade e as nossas Igrejas seriam outras!

Por exemplo: para sermos irmãos e irmãs de verdade, se – nesse momento – batesse na porta de nossa casa o Papa Francisco e um morador de Rua, deveríamos recebe-los do mesmo jeito, com o mesmo respeito e dando mais atenção ao morador de Rua, por se encontrar em situação de vulnerabilidade.

É o ideal do Evangelho, o ideal mais revolucionário que existe! Como estamos longe desse ideal!

No “ILUMINAR” (2ª parte), o texto-base da CF 2024  lembra-nos que “a fraternidade está no coração do Evangelho” e que devemos “ouvir o que o Espírito diz às Igrejas”.

Será que na prática – e não só na teoria – estamos convencidos e convencidas disso e vivemos isso?

No “AGIR” (3ª parte), o texto-base da CF 2024, nas “sugestões de ação para alargar o espaço da minha tenda pessoal”, “da nossa tenda comunitário-eclesial” e “da nossa tenda social”, apresenta uma série de ações válidas e necessárias, sobretudo em situações emergenciais, mas que não apontam o caminho para fazer acontecer uma mudança de estruturas na nossa sociedade e nas nossas Igrejas.

As obras de misericórdia (que é o amor acontecendo) serão sempre necessárias, mas não devem servir para legitimar um “sistema económico iníquo” (Documento de Aparecida, 385).

Por fim, em comunhão com os ensinamentos do Papa Francisco, sobretudo nos 3 Encontros Mundiais dos Movimentos Populares, apresento uma proposta de ação em três campos de missão interligados, que aponta o caminho para fazer acontecer no Brasil e no mundo — na sociedade e nas Igrejas — a agem da inimizade social como pecado social (situação de pecado) para a amizade social como graça social (situação de graça).

Eis a proposta:

1. Viver radicalmente o “novo e – ao mesmo tempo – antigo jeito” de ser Igreja das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs: territoriais e ambientais), que é hoje o “jeito evangélico” de ser Igreja: o “jeito de ser” das primeiras Comunidades Cristãs, o “jeito de ser” de Jesus de Nazaré.

2. Participar ativamente das Pastorais Socioambientais (socioeconômicas, sociopolíticas, socioecológicas, socioculturais e sociorreligiosas) Populares: Pastoral da Terra, Pastoral Operária, Pastoral da Moradia, Pastoral do Migrante, Pastoral Carcerária, Pastoral do Povo da Rua e outras.

3. Estar totalmente comprometidos/as – em nome de nossa consciência cidadã e de nossa fé, e em comunhão com outros irmãos e irmãs – com a militância das Organizações Socioambientais Populares: Movimentos Populares,
Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras, Partidos Políticos Populares, Comitês ou Fóruns de Direitos Humanos e de Cuidado para com a Irmã Mãe Terra Nossa Casa Comum, Comissões de Justiça e Paz, Coletivos de Mulheres, Entidades de Jovens Estudantes e Outras.

Todas essas organizações lutam por mudanças não só pessoais e conjunturais, mas também e sobretudo estruturais. Elas abrem um caminho novo, que faz acontecer, como projeto alternativo, o projeto de um outro Brasil e de um outro
mundo possíveis, que é o projeto socioambiental (socioeconômico, sociopolítico, socioecológico, sociocultural e sociorreligioso) popular de Brasil e de Mundo (Projeto Comunitário, Projeto Socialista, no verdadeiro sentido da palavra): o Projeto de um Mundo Novo, onde seja possível de verdade a amizade social: o amor social. Mãos à obra! Boa Quaresma com Boa Campanha da Fraternidade!

*Marcos Sassatelli, frade dominicano, doutor em filosofia (USP) e em teologia moral (Assunção – SP), professor aposentado de filosofia da UFG.

** Este é um artigo de opinião. A visão do autor não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Editado por: Matheus Alves de Almeida
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