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Início Política

Casamento LGBTQIA+

Comissão da Câmara aprova projeto que proíbe casamento homoafetivo; oposição estuda anular votação

Liderada por parlamentares evangélicos da oposição, proposta vai na contramão de decisão do STF de 2011

10.out.2023 às 21h39
Brasília
Mateus Coutinho

Segundo pesquisa, maior parte da violências contra pessoas LGBTQIA+ no DF acontecem em casa ou em ambientes religiosos - Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara aprovou nesta terça-feira (10), por 12 votos a 5 o Projeto de Lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A base governista, porém, já anunciou que deve pedir a anulação da votação por entender que ela desrespeitou o regimento interno da Câmara e estuda como recorrer. 

“Vamos recorrer para anular a sessão, na medida em que não foi concedido o prazo para análise do parecer”, afirmou a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), uma das integrantes da comissão. Segundo ela, os parlamentares da base ainda estão estudando a melhor maneira de recorrer da votação no âmbito da própria Câmara, uma vez que o regimento interno da Casa prevê que seriam necessárias duas sessões para avaliar o parecer apresentado nesta terça pelo relator da proposta, deputado Pastor Eurico (PL-PE) 

Caso siga tramitando, a proposta será encaminhada para as comissões de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) e de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial. Se aprovado nestes colegiados o texto segue para o Senado Federal. 

Liderado por parlamentares da bancada evangélica, o projeto vai na contramão de um entendimento que vem sendo adotado pela Justiça brasileira desde 2011, quando o Supremo Tribunal Federal reconheceu a união entre pessoas do mesmo sexo. Apresentado em 2007, o projeto foi ressuscitado neste ano na esteira do crescimento da insatisfação de alas conservadoras do Congresso contra o protagonismo do Supremo Tribunal Federal em decidir sobre pautas consideradas progressistas, como a descriminalização das drogas e o aborto (este tema ainda em julgamento pela corte). 

Após idas e vindas, o relator da proposta, deputado Pastor Eurico (PL-PE) argumentou que caberia ao Legislativo e não ao Judiciário decidir sobre o tema e, com isso, apresentou nesta tarde seu parecer final. A proposta mantém a vedação ao casamento de pessoas do mesmo sexo e determina que a Justiça interprete o casamento e a união estável de forma estrita, sem “extensões analógicas”. Ou seja, deixa claro que essas formas de união só poderiam ocorrer entre um homem e uma mulher.  

Surpreendida com a estratégia da oposição, a base do governo tentou esvaziar a sessão do colegiado para que não houvesse quórum suficiente para a votação. Mas a comissão, formada em sua maioria por parlamentares conservadores, conseguiu votar a proposta. Como era uma votação simbólica, a ausência dos parlamentares governistas seria computada como se todos da comissão tivessem aprovado o texto e, por isso, os governistas acabaram voltando para votar e marcar posição. Segundo os deputados governistas, havia um acordo para que o assunto fosse discutido em um grupo de trabalho a ser criado na Câmara antes de a proposta ir a votação na comissão.  

“O combinado era criar um grupo de trabalho para discutir o texto, buscando consenso. Mas a proposta voltou à pauta com uma nova versão, que sequer tivemos tempo de ler ou discutir. Violando o regimento, a oposição, com o apoio da presidência da Comissão, faz uma manobra para fazer a votação às pressas”, afirmou em suas redes sociais o deputado pastor Henrique VIeira (PSOL-RJ), um dos integrantes da base do governo que participa da comissão. 

Também membro da comissão, a deputada Erika Hilton (PSOL-SP) classificou o projeto como um “horror inconstitucional”. “Até os filhos de casais homoafetivos são atacados nesse relatório, que diz que crianças criadas por homossexuais ‘são privadas do valor pedagógico e socializador da complementariedade natural dos sexos no seio da família’”, afirmou a parlamentar em seu perfil oficial no X (antigo Twitter). 

Para Erika Kokay, a proposta aprovada na comissão tem poucas chances de ser aprovada nas demais comissões. “Esse projeto não tem folego para se transformar em lei, ele atenta contra direitos e garantias individuais, que são cláusulas pétreas da Constituição”, afirma a deputada, para quem a proposta foi retomada para servir de palanque para a bancada evangélica sinalizar para sua base.

“Essa proposta se tornou palanque macabro para os fundamentalistas que não tem como justificar seus mandatos e projetos para o conjunto da sociedade. Eles criam este palanque para dialogar com eleitorado fundamentalista”, segue a petista.

Judiciário autoriza casamento  

Sem estar previsto expressamente em uma lei, o casamento homoafetivo é reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal desde 2011. Na ocasião, a corte, de forma unânime, equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres, reconhecendo, assim, a união homoafetiva como um núcleo familiar. “O sexo das pessoas, salvo disposição contrária, não se presta para desigualação jurídica”, afirmou o então ministro do STF e relator do caso, Ayres Britto.

Além disso, em 2013, o Conselho Nacional de Justiça editou uma resolução impedindo cartórios de todo o país de se recusarem a transformar união estável de casais do mesmo sexo em casamento, ou mesmo de celebrar esse tipo de união, o que era comum ocorrer antes da decisão do STF de 2011.

O PL aprovado na Comissão nesta tarde, por sua vez, determina também que o Estado e a legislação civil não poderão interferir nos critérios e requisitos do casamento religioso. “A relação homossexual não proporciona à sociedade a eficácia especial da procriação, que justifica a regulamentação na forma de casamento e a sua consequente proteção especial pelo Estado”, disse o relator da proposta. “Tentar estender o regime de casamento aos homossexuais é uma tentativa vã de mudar a realidade através de leis”, seguiu o Pastor Eurico.

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: câmaralgbtqia+
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