No Recife, o ato unificado do dia de luta dos trabalhadores e trabalhadoras aconteceu na manhã da última segunda-feira (01) na praia do Pina, zona sul da cidade.
Tendo como eixos centrais a luta por emprego, renda, direitos e democracia, diversas centrais sindicais, sindicatos e categorias de trabalho estiveram presentes para reafirmar a importância da data de luta contra os desmontes e precarizações sofridos pela classe trabalhadora desde o governo Temer e aprofundada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Paulo Rocha, presidente da Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) diz que neste 1⁰ de maio uma das pautas é a denúncia da permanência do trabalho análogo à escravidão, que assola sobretudo trabalhadores e trabalhadoras rurais e trabalhadoras domésticas. Para o dirigente, a saída é "anunciar que a gente quer um Brasil com pleno emprego, com direitos, com carteira assinada, tenha distribuição de renda e queremos democracia".
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Helmilton Bezerra, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) destaca a herança dos desmontes do governo Temer e afirma que a "classe trabalhadora tem uma pauta política que precisa acumular forças, precisa rever a reforma trabalhista, previdenciária, fora a legislação das terceirizações que criou uma precarização e uma perca de renda pro conjunto dos trabalhadores".
As mulheres trabalhadoras também acumulam perdas com os últimos governos e tem vários motivos para celebrar com a eleição do governo Lula (PT), como destaca Liana Araújo, da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-PE. "A gente está retomando na medida do possível todas as políticas e avançando porque essa questão da valorização do salário mínimo vai impactar fortemente as mulheres, que é quem está na base e recebe o salário mínimo no mundo do trabalho, nas aposentadorias e no BPC", ressalta a sindicalista.
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Valorização do Salário Mínimo
Na véspera deste 1º de Maio, o presidente Lula confirmou aumento do salário mínimo para R$1.320 a partir de uma nova Medida Provisória. Valorizar o salário mínimo é uma política importante na avaliação dos sindicatos, pois como afirma Liana "é trazer para as mulheres mais autonomia financeira, mais renda, e isso rebate no enfrentamento à violência contra as mulheres porque uma mulher que consegue ter sua renda pode sair da situação de violência que a falta de renda traz pra sua vida", conclui.
A atividade, que teve um caráter político-cultural encerrou com a agitação de uma orquestra de frevo e apresentação de Andrezinho & Amigos e Dany Myler.
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