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SEGURANÇA PÚBLICA

Pernambuco registra 500 adolescentes baleados desde 2018, estima Fogo Cruzado

Para moradores da Grande Recife, região que concentra os casos, dados mostram a falta de políticas públicas para jovens

21.dez.2022 às 12h33
Recife (PE)
Lucila Bezerra

Comparando o primeiro trimestre de 2021 com o mesmo período em 2019, há tendência atual de aumento de homicídios: alta de 93% no número de homicídios contra pessoas de 0 a 18 anos - Coletivo Rua Tércio Teixeira

O estado de Pernambuco tem se destacado em um índice negativo: o número de adolescentes vítimas de violência armada. É o que mostra um levantamento do Instituto Fogo Cruzado. A pesquisa aponta que o estado chegou ao marco de 500 adolescentes baleados desde 2018, quando o levantamento começou a ser realizado em Pernambuco. Com idades entre 12 e 17 anos, 322 deles morreram e 178 ficaram feridos.

Assista: 

Para a coordenadora do instituto em Pernambuco, Ana Maria Franca, essa violência representa uma dificuldade na proteção das crianças e adolescentes. “Esse cenário, esse contexto, é no mínimo desafiador em termos de gestão. Um estudo da Rede de Segurança Pública que foi feito em 2021 vai nos dizer que, dos estados monitorados pela rede, Pernambuco é o pior para se ser criança e adolescente diante da quantidade de violações que esse público sofre. O que a gente pode afirmar é que há um déficit no que se refere à proteção das crianças e adolescentes de Pernambuco”, afirma.

No estado, municípios da região metropolitana como Recife, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Olinda e Paulista são os que apresentam os maiores índices. Mas, apesar dos dados serem alarmantes, não é uma surpresa para quem mora na Grande Recife, principalmente nas periferias.

Faltam políticas públicas

No bairro de Peixinhos, em Olinda, os moradores da comunidade tomaram a frente  através da criação do Grupo Comunidade Assumindo suas Crianças (GCASC). Há quase 40 anos, o grupo atua na proteção de  as crianças e adolescentes do bairro.

Elisangela Maranhão dos Santos é educadora social e filha de uma das fundadoras do grupo. Nascida e criada em Peixinhos, ela observa a violência como uma realidade cotidiana no bairro. “Se matava muito, as crianças crianças viviam muito soltas, Peixinhos sempre foi um bairro muito populoso e que matavam muito as crianças nessa época, era muito grupo de extermínio e aí esse grupo de mulheres, com alguns homens e algumas pessoas da comunidade, preocupados com essa situação, fundaram o grupo. A fundação desse grupo ela vem numa perspectiva mesmo, nessa luta pela garantia dos direitos da criança, da proteção”, destaca.

Leia: Mercado de trabalho ainda é terreno árido para jovens negros e negras

A educadora também ressalta as dificuldades na garantia de direitos. “A gente percebe muito nitidamente nas comunidades de periferia que a garantia dos direitos que no Estatuto diz: que é dever da sociedade, toda a sociedade, cuidar, zelar, proteger as crianças e adolescente. A gente está muito aquém em relação a essa proteção, sobre essa garantia do direito”, aponta.

O grupo atua junto às mães e às crianças e adolescentes da comunidade, com o objetivo de criar uma rede de apoio para as famílias. Em Olinda, onde o GCASC atua, a violência armada tem crescido vertiginosamente de uma forma geral, o que é registrado na pesquisa do Instituto Fogo Cruzado e observado pelos moradores.

Para Elisangela, o resultado da pesquisa representa também uma necessidade de atuação do poder público em defesa das crianças e adolescentes. “O resultado da pesquisa traz muito isso da falta de comprometimento do poder público, dos equipamentos sociais, do engajamento de todas todas as pessoas que trabalham em prol da criança sobre realmente essa percepção do cuidar, do afeto, do prazer de estar com essa criança; mas acompanhar de fato o desenvolvimento e para que essa criança se torne um adolescente mais seguro dentro da sua localidade e fora dela”, destaca.


Dos 500 adolescentes baleados, 322 deles morreram e 178 ficaram feridos / Naya Tawane

“Quando a gente vê mães que tem mãe jovem que tem três, quatro, cinco, seis filhos numa situação de abandono, de exclusão, de fome e de miséria; e a gente escuta a sociedade dizer que o menino morreu porque procurou. Foi escolha? A gente precisa refletir sobre isso, né? Quais são as escolhas que esses meninos fizeram? E quais foram os direitos garantidos na vida deles e delas? Para que eles tenham um fim tão trágico: serem exterminados”, questiona a educadora.

Além do Recife, o Fogo Cruzado também mapeia a violência armada nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro e de Salvador através de dados informados pelos próprios cidadãos, por meio  de um aplicativo de celular.

Ana Maria Franca, destaca o papel do instituto para contribuir com a criação de políticas públicas no estado e garantir a proteção não só das crianças e adolescentes, mas de toda a população. “A gente sempre reforça que a violência armada impacta desenvolvimento socioeconômico de toda a cidade, porque quando tem tiroteio a gente tem escolas fechadas, a gente tem transportes públicos  paralisados. Mas, quando a gente está falando dessa parcela específica da população que são os adolescentes, a gente vê a violência armada impactar diretamente numa perspectiva de futuro, né? Porque são vítimas que estão literalmente começando a viver”, analisa.

Leia também: Racismo institucional, política da morte e genocídio da juventude negra

Editado por: Vanessa Gonzaga
Tags: fogo cruzadoPERNAMBUCOSegurançaviolência
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