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Alimentação

Preço, condições sociais e propaganda: o que estimula (ou não) o Brasil a consumir orgânicos?

Pesquisadora identifica que opção por produtos sem agrotóxicos ou pouco processados está longe de ser escolha livre

18.dez.2022 às 13h49
São Paulo (SP)
Nara Lacerda

Bananas são produzidas pelo Grupo de Agroecologia e Associação de Produtores Rurais Orgânicos Nova Alternativa de Laranjal, e da Associação Filhos da Terra, de Antonina - Jaine Amorin/MST-PR

Embora o Brasil se destaque como maior mercado orgânico da América Latina e tenha dobrado a produção entre 2000 e 2020, comer esses produtos em solo nacional ainda é um hábito caro e condicionado à situação social das famílias.

Além disso, a opção por comida cultivada sem veneno e menos processada pode não ser uma escolha livre nem mesmo para quem tem maior poder aquisitivo. A propaganda influencia diretamente na disposição de pagar mais por esses produtos.

O cenário foi avaliado pela pesquisadora Larice Simone de Oliveira Ferreira, do Núcleo de Economia Agrícola, Ambiental e Aplicada da Unicamp (SP), em estudo sobre o vegetal orgânico mais consumido do país, o tomate. Na produção convencional ele também é protagonista de um marco, junto com o pimentão e a cenoura ,compõe a lista das culturas que mais recebem venenos agrícolas.

Ferreira falou sobre o estudo em conversa no programa Bem Viver, da Rádio Brasil de Fato. (ouça a íntegra no tocador de áudio abaixo do título desta matéria.)

"Nós queríamos entender o comportamento do consumidor, não como um consumidor puramente racional, mas como consumidor que também pode ser influenciado por alguns vieses cognitivos, como fatores emocionais e aspectos econômicos, como a renda desse consumidor, a própria posição sócio demográfica, onde ele se localiza e como isso pode impactar o consumo desse alimentos."

Por meio de entrevistas com consumidores e consumidoras do estado de São Paulo, a pesquisadora confirmou a percepção já apontada, inclusive pelo mercado, de que a disposição para pagar mais por alimentos plantados sem agrotóxicos e certificados como orgânicos tem relação direta com escolaridade, local de moradia e poder aquisitivo.

“Identificamos que, entre os maiores empecilhos para essa alimentação mais saudável e sem uma quantidade elevada de agrotóxicos ou prejudicial ao meio ambiente e à saúde, está o fator renda. É um dos principais a influenciar. Os indivíduos que consumiam alimentos orgânicos, em geral, eram indivíduos que tinham maior poder aquisitivo.”

::Declínio cognitivo no longo prazo é maior para quem consome mais ultraprocessados::

Entre as motivações que levam ao consumo desses produtos, 47% citam a preocupação com a saúde, 44%, a ausência de agrotóxicos e 41%, a preservação do meio ambiente. Mas ter orgânicos na despensa não é uma escolha fundamentada unicamente em percepções pessoais ou ideológicas.

A pesquisadora utilizou o chamado efeito framing, ou enquadramento, para entender como as pessoas entrevistadas responderiam a determinadas apresentações publicitárias do produto. O enquadramento indica que agentes econômicos podem tomar decisões diferentes em relação ao mesmo produto dependendo da forma como ele é apresentado. 

Grupos de participantes responderam ao mesmo questionário, mas, antes disso, receberam imagens diferentes do produto. Para um deles o tomate foi apresentado de forma neutra, outro recebeu uma peça positiva, com uma lista de benefícios e a certificação da produção orgânica, um terceiro grupo teve informações sobre as desvantagens da produção com uso de agrotóxicos.

O enquadramento negativo foi mais eficaz para estimular o consumo do que a apresentação positiva. A informação dos malefícios dos venenos agrícolas gerou maior disposição de pagar mais pelo fruto. 

::O que o aumento nas vendas de macarrão instantâneo diz sobre a alimentação dos brasileiros?::

Com as conclusões do estudo, a cadeia que produz e comercializa alimentos orgânicos tem algumas pistas de caminhos para incentivar o consumo. As desvantagens dos agrotóxicos surtiram impacto considerável na decisão ao serem apresentadas e a propaganda mostrou que tem efeito.

No entanto, o aspecto econômico da escolha não pode ser descartado. Como solução para ampliar o o aos produtos, a pesquisadora enxerga possibilidades no estímulo às compras direto com produtores ou com o mínimo possível de atravessadores. Um exemplo são as tradicionais feiras.

Medidas do poder público também são essenciais. Segundo Larice, o Brasil precisa "desmontar a bomba" armada pelo governo de Jair Bolsonaro na liberação descontrolada de agrotóxicos e retomar políticas públicas de incentivo à agricultura familiar. 

"Temos que chamar a atenção para o papel do poder público, o papel do governo de criar e elaborar políticas públicas que de fato venham a favorecer e incentivar a produção orgânica, para que ela também chegue às comunidades mais carentes."

Editado por: Thalita Pires
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