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24 anos

O Tri e o Tetra: o que mudou no Brasil e no futebol entre 1970 e 1994?

Se não levar o hexa, seleção pode igualar o maior jejum entre as conquistas mundiais

05.dez.2022 às 10h26
São Paulo (SP)
Rodrigo Durão

A geração de Zico foi o ponto alto do futebol brasileiro entre as eras Pelé e Dunga - Reprodução

Se não conquistar o título no Catar, o Brasil vai igualar o maior jejum de títulos depois que conquistou o primeiro título em Copa em 1958, os 24 anos entre 1970 e 1994.

Muita gente pode ter dificuldade em lembrar de tudo o que mudou desde as aventuras bem-sucedidas de Ronaldo e Rivaldo no Japão e Coreia do Sul – no futebol, aqui no Brasil e no mundo. Certamente a maioria dos 26 jogadores do elenco atual (veja quadro abaixo) se enquadra nessa categoria, por serem muito jovens.

Mas quando o exercício é pensar nas mudanças ocorridas entre 1970 e 94, a coisa fica ainda mais complicada. 

Por isso, convidamos você leitor a embarcar nessa viagem guiada pelos corredores da memória e reconstruir o cenário desse período rico de acontecimentos, mas que ficou devendo em termos de troféus futebolísticos.

O futebol

Ok, é consenso que a Seleção chegou ao auge da perfeição na Copa do México. O esquadrão de Pelé, Tostão, Jairzinho, Gerson e Rivelino se tornou exemplo do jogo bonito brasileiro que cativa mentes pelo mundo.


Dos 11 que entraram em campo na final de 70, apenas três chegaram à Copa seguinte / Reprodução/CBF

Mas, depois do ápice, geralmente vem a decadência. E ela veio forte.

Pelé deixou a amarelinha um ano depois. Gerson, Tostão, Carlos Alberto e Clodoaldo não chegaram à Copa seguinte e os remanescentes, Rivelino, Paulo Cézar e Jairzinho, tiveram brilho opaco na Alemanha-74. O jogo mudava e a bola da vez era o futebol total de cabeludos holandeses que chegavam com uma proposta tática inédita que revolucionou o esporte.

Se Rivelino nunca substituiu o rei Pelé a contento, havia esperança de que no Mundial seguinte, Argentina-78, um jovem poderia ser o camisa 10 que esperávamos: Zico.

Aquela Copa foi um emaranhado de escândalos dos mais variados, de graves violações dos direitos humanos a jogos suspeitos, com o treinador brasileiro se autoproclamando "campeão moral" do torneio por o Brasil sair invicto da competição. Mas a Copa da Argentina teve um lado bom: apresentou uma belíssima nova geração que iria chegar à maturidade na década seguinte.

Comandados por Telê Santana, Falcão, Sócrates, Cerezo, Junior e Zico brilharam na Espanha em 82, conquistando corações e mentes de quem os viu em campo.

Veja abaixo uma curadoria de 11 pinturas brasileiras em forma de gol, na Copa da Espanha 82:

Só não conquistaram a Copa.

A doída derrota para a itália, aliás, reacendeu o tradicional complexo de inferioridade nacional, que ou a considerar ingênuo o nosso belo toque de bola, privilegiando a dureza das marcações cerradas.

O moral após 82 sofreu outro duro golpe com o êxodo dos principais jogadores para a Itália, o maior mercado do mundo à época. A Copa da Espanha foi a última em que as maiores torcidas tiveram seus ídolos do dia a dia (Zico, Junior e Leandro no Flamengo, Sócrates no Corinthians, Cerezo e Eder no Atlético, por exemplo) atuando com a amarelinha. Essa geração querida teve outra chance no México em 86, mas um novo fracasso pareceu dar mais argumentos aos pragmáticos.

O resultado foi que o brasileiro começou a olhar com mais atenção para outros esportes, cultivar ídolos diferentes. Acompanhar a Fórmula 1 (Piquet x Senna), o vôlei e o basquete (com o surgimento de nomes como Hortência e Oscar) nos ajudaram a manter a autoestima alta que o futebol não conseguia mais.

Em campo, tome volantes. A posição de defensor no meio de campo – outrora coadjuvante – se tornou protagonista dos times, a ponto da seleção na Copa de 90 ser conhecida como "Era Dunga", sinônimo de futebol chato, duro e nada poético. Aqui no Brasil, após a saída em massa dos anos 90, alguns times davam sinal de recuperar a magia, com a chegada de uma nova leva de jogadores encantados, como Rivaldo, Edmundo, Roberto Carlos e Ronaldo.

Mas, a morte pra lá de traumática de Senna dois meses antes da Copa de 94 (ao vivo na Globo) levou o país a se unir em apoio à seleção. Quem foi içado a capitão do time foi ainda o carrancudo Dunga, que decidiu espalhar impropérios ao finalmente erguer a taça nos Estados Unidos, após 24 anos de seca.

E fora do futebol?

Quando Carlos Alberto beijou a Taça Jules Rimet, vivíamos no auge do AI5. A futura presidente Dilma era torturada nos porões da ditadura e o horizonte era o pior possível. Pelo menos para quem era progressista. O resto acreditava na propaganda militar do "Brasil Grande", com altas taxas de crescimento anuais e obras imponentes como a ponte Rio-Niteroi e a Transamazônica. 

Tudo começou a mudar com a crise global do petróleo em 1973, que pôs o mundo em recessão e o Brasil num início de descontrole econômico que duraria mais de 20 anos. Com inflação alta o país tinha sede de democracia. Em São Paulo, surgiu um movimento revolucionário que ainda é lembrado em todo o mundo, a Democracia Corinthiana. Apesar de seduzir a muitos, a iniciativa morreu dois anos depois, com a saída de Sócrates, desgostoso com o fracasso da campanha das Diretas Já, de 1984.

 

 

A ditadura saiu de cena discretamente enquanto o brasileiro acumulava derrotas – até o primeiro presidente civil desde Jango havia morrido misteriosamente antes de assumir a faixa – com a hiperinflação corroendo salários e esperanças. Mas também houve vitórias, como a Assembleia Constituinte, que nos deu a excelente legislação em voga no país, ainda que não totalmente aplicada. E as primeiras eleições diretas para presidente.

O pleito de 89 viu a agem de bastão na esquerda, com o maior nome do campo, Leonel Brizola, cedendo espaço para a força ascendente de Lula. Mas não foi suficiente para derrotar nas urnas o novato "caçador de marajás" Fernando Collor de Mello, que tinha bandeiras como o combate à corrupção.

Não foi a toa que o único ex-presidente a apoiar Bolsonaro em 2022 foi o mandatário impichado em 92 por… corrupção. 

Lula e Brizola torcem para a seleção brasileira em 1998 / Reprodução

O mundo também mudava. A queda do muro de Berlim naquele mesmo ano teve efeito cascata sobre o bloco comunista e levou ao fim da União Soviética, o surgimento de vários países na antiga Cortina de Ferro, em um movimento que alguns historiadores se apressaram a rotular como o "Fim da História". Segundo eles, o capitalismo havia ganhado e viveríamos uma nova era. 

Por aqui, inúmeros planos econômicos fracassados depois, a luz da mudança veio com o Plano Real, que conseguiu sepultar o fantasma da hiperinflação.

:: Como era viver no Brasil da inflação descontrolada dos anos 1980? ::

Quando veio o tetra, o Brasil era um país que olhava desconfiado, quase incrédulo, para um futuro que dava pistas de que seria melhor que o ado.

Mas foi o início de uma fase de estabilidade econômica e sucesso, muito sucesso, no futebol. Nas 13 temporadas entre 94 e 2007, jogadores brasileiros foram eleitos os melhores do mundo em mais da metade delas, sete vezes. O Brasil que havia vencido o campeonato sul-americano uma única vez nos últimos 40 anos, conquistou quatro edições do torneio nesse período. Sem contar com mais uma Copa do Mundo, meros oito anos depois.

Mas isso já é outra história.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: catarcopa do mundoseleção brasileira
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