O deputado federal Júnior Bozella (União Brasil-SP), responsável pela filiação do ex-juiz Sergio Moro no partido, concedeu entrevista ao site Congresso em Foco, nesta segunda-feira (1º), reforçando a expectativa do apoio da sigla ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no 2º turno das eleições presidenciais.
Bozella chegou a presidir o diretório paulista do PSL, partido pelo qual Bolsonaro se elegeu em 2018 e que, depois da saída do chefe do Executivo, fundiu-se ao DEM. Atualmente, o deputado é um dos nomes mais fortes do União Brasil no estado e é conhecido por ser um apoiador declarado da operação Lava Jato.
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Bozzella reconheceu que, para Moro, apoiar uma candidatura de Lula, seu principal inimigo político, seria "um pouco mais complicado do que para os outros". Mesmo assim, segundo o deputado, o ex-juiz não pode se omitir caso a "escalada do autoritarismo" de Bolsonaro avance nos atos de 7 de setembro.
"Nunca votei no PT ou no Lula. Sou lavajatista, trouxe o Moro para o partido. Mas há momentos em que temos de fazer uma análise por causa da defesa da democracia. Se a natureza não apresentar alternativa, a política vai ter de encontrar. Esse deve ser o nosso esforço", afirmou.
Bivar desiste de concorrer
O deputado federal e presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, anunciou, nesse domingo (31), que desistiu de concorrer à Presidência da República. A oficialização da chapa estava marcada para a sexta-feira (5), mas, em convenção do partido no Recife, ele anunciou a desistência.
"Resolvi voltar e continuar na Câmara Federal com ajuda de vocês para que a gente possa continuar presidindo o partido com a força que tem nosso partido, nossos parlamentares e todos os que compõem o União Brasil", discursou, confirmando a candidatura à reeleição.
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No evento, Bivar anunciou que a senadora pelo Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke, será a candidata do partido à Presidência. "Quero parabenizar meu Senado Federal, na pessoa da senadora Soraya Thronicke, que em breve estará em Pernambuco se apresentando como alternativa para nosso país", afirmou.
Com o anúncio da candidatura de Thronicke, pouco conhecida do eleitorado, a tendência é que o União Brasil não decole no pleito presidencial. Dessa forma, o caminho para um apoio a Lula contra Bolsonaro, com a anuência de Bivar e Bozella, ganha força.