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Livro do mês da Expressão Popular conta a história do artista chileno Victor Jara

Escrito por Joan Jara, sua companheira de vida, livro traz diversas memórias e fala da importância de resistir

26.jan.2022 às 08h47
São Paulo (SP)
Mariana Lemos

"A presença de Víctor Jara nas celebrações, lutas e no coração do povo, mostra-nos que seu legado é muito mais do que sua criação artística", afirma o poeta chileno Jorge Montealegre - Wikimedia Commons

“Victor: uma canção inacabada”, biografia do artista chileno Victor Jara morto pela ditadura Pinochet, foi a obra escolhida pela Expressão Popular para inaugurar o ano de 2022 no Clube do Livro da Editora. Escrito pela inglesa Joan Turner Roberts, também conhecida como Joan Jara, o livro teve o primeiro lançamento, originalmente em inglês, há quase 40 anos, no ano de 1983. 

Joan é bailarina, professora de teatro, arte e dança, escritora, militante pelos direitos humanos e diretora da Fundação Victor Jara. Ela e Victor tiveram uma história de amor que perdurou do início dos anos 1960 até 1973, ano do cruel golpe militar no Chile e do covarde assassinato de seu companheiro. 

Para Jorge Montealegre, poeta chileno, membro da Fundação Victor Jara e autor do posfácio “Pegadas, rastros, ressonâncias de uma canção inacabada”, presente na edição chilena atualizada de 2020, “a canção e a figura de Víctor Jara estiveram presentes nas intermináveis manifestações das jornadas de protesto de outubro de 2019, em que o direito de viver em paz foi um bravo grito de esperança, cantado simultaneamente em todo o Chile, sob Estado de Emergência. Essa música foi uma só voz na maior manifestação da história do Chile, na qual o povo se reuniu para impedir os abusos e a repressão”. 

Edição brasileira

A primeira publicação do livro no Brasil ocorreu somente em 1998 pela Editora Record, sob tradução de Renzo Bassanetti. A nova edição mantém a tradução de Bassanetti, mas foi atualizada com base na edição chilena revisada, corrigida e ampliada, lançada em setembro de 2020 pela Fundação Victor Jara. 

Leia também: Livro do mês da Expressão Popular analisa concepções de escola e educação criadas por Gramsci

É possível adquirir o livro “Victor: uma canção inacabada” ando o site da Editora Expressão Popular e se cadastrando no Clube do Livro. São três modalidades de : Leitor Militante; Leitor Solidário; e Leitor Apoiador. 

No box do Clube do Livro deste mês você recebe também um marcador de páginas, um cartão exclusivo, a Cartilha Tricontinental “Novas roupas, velhos fios: A perigosa ofensiva das direitas na América Latina” e um pôster de Victor Jara produzido também pelo Instituto Tricontinental de Pesquisa Social. 

“O silêncio é uma canção de Víctor Jara que só ela conhece”

A frase escrita por Montealegre no posfácio do livro, que também acompanha a edição lançada pela Expressão Popular, demonstra muito do que Joan traduz no decorrer de suas linhas de história e memória. Ainda nas palavras do poeta Jorge Montealegre “a esperança de qualquer época sempre precisará de uma música para reviver e florescer. Joan oferece esta ‘canção inacabada’”. 

Escrito em primeira pessoa e com uma ampla gama de detalhes que aproximam o leitor de suas histórias, a escritora, que internacionalizou a campanha de denúncias acerca das violações de direitos humanos cometidas pela ditadura civil-militar chilena, inicia o livro contando sua história pessoal desde a infância na Inglaterra até a vida no Chile. O primeiro encontro com Victor acontece em um momento bastante difícil de sua vida. Na sequência Joan volta no tempo para construir a narrativa da história pessoal de Victor.

Depois a escritora narra a trajetória de vida compartilhada por ambos, relacionando sempre com a conjuntura política e social da época e com a paixão pela arte engajada e transformadora que o casal se envolveu em um Chile que vivia o ascenso da organização popular e das conquistas democráticas. 


Victor poetizou sobre as belezas da vida, cantou sobre os direitos do povo e amou sua pátria assim como amou suas filhas e sua companheira / Wikimedia Commons

El derecho de vivir en paz

Victor poetizou sobre as belezas da vida, cantou sobre os direitos do povo e amou sua pátria assim como amou suas filhas e sua companheira. De sorriso largo, cabelos cacheados e empunhando um violão, ele abriu alas, junto de tantos outros artistas, para o movimento chamado “Nueva Canción Chilena”, que ganhou força no final dos anos de 1960 e início da década de 70, sobretudo trazendo o folclore, os ritmos e os instrumentos dos povos ancestrais do nosso continente. 

Como a própria Nota Editorial presente no livro relembra, “na mesma época, nos Estados Unidos e na Europa, o termo "canções de protesto" se popularizou com figuras como Bob Dylan, Nina Simone e muitos outros que cantavam contra a segregação racial, contra o imperialismo e pelo fim da Guerra do Vietnã”. No entanto, Victor preferia denomina-las “canções populares”, não somente pelo termo em si, mas pela força que vinha sendo construída em torno da Unidade Popular e em prol do governo de Salvador Allende. 

Victor fez seu nome junto ao povo e atuando na luta cotidiana. E assim que a ditadura de 11 de setembro de 1973 nebulou o céu do país que se localiza espremido entre os Andes e o oceano Pacífico, Victor foi levado, junto de milhares de outros chilenos, ao Estádio Chile, torturado e assassinado alguns dias depois. Hoje o estádio leva seu nome. 

Em 2009, um novo sepultamento do corpo de Víctor Jara foi realizado, permitindo aos chilenos uma despedida digna, já que o enterro realizado em 1973, havia sido feito sob clima de terrorismo de Estado. Em 2018, nove ex-funcionários do exército foram condenados pelo seu sequestro e assassinato.

Segundo a Comissão Chilena de Direitos Humanos foram 3,2 mil cidadãos mortos por agentes do Estado, sendo que destes, 1.192 seguem desaparecidos até hoje. Cerca de 33 mil pessoas foram torturadas e presas por motivos políticos, além de cerca de 200 mil pessoas tiveram que se exilar por questões políticas durante os anos da repressão de Augusto Pinochet. 

:: Pinochet criou exemplo a não ser seguido no Brasil, diz historiadora ::

Preservando discos e documentos desde que saiu do Chile com as filhas Manuela e Amanda, em outubro de 1973, Joan Jara iniciou a construção da Fundação Victor Jara, 20 anos depois, em 1993. Hoje a organização compila e abriga centenas de materiais e realiza atividades de memória, educação e luta. Estes arquivos podem ser ados no portal Archivo Victor Jara que reúne mais de 500 fotografias, cartazes e correspondências resgatadas que defendem a memória de Victor, mas também de todo um povo. 

Como lembra Jorge Montealegre, “a presença de Víctor Jara nas celebrações, lutas e no coração do povo, mostra-nos que seu legado é muito mais do que sua criação artística, e que seu pensamento e seus valores são hoje um patrimônio de enorme vigência, que pertence a todos nós, no Chile e no mundo".

Editado por: Rebeca Cavalcante
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