Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

Vítimas

Trabalho infantil volta a aumentar em todo o mundo após duas décadas

Segundo OIT e Unicef, 160 milhões de crianças e adolescentes são explorados no mundo. Até 2022, serão mais 8,9 milhões

12.jun.2021 às 14h14
Cida De Oliveira
|Rede Brasil Atual

Brasil é responsável, sozinho, por 22,4% do trabalho infantil nas Américas e 1,58% no mundo - AFP

Neste Dia Mundial contra o Trabalho Infantil (12), o mundo tem ao menos 160 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Segundo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lançado nesta semana, o número reflete aumento de 8,4 milhões de meninas e meninos no período de 2016 a 2020. Outros 8,9 milhões correm o risco de serem vítimas dessa exploração até o ano que vem. Assim, os dados dos últimos cinco anos sobre o trabalho infantil revertem a tendência de queda verificada de 2000 a 2016, quando havia diminuído em 94 milhões.

No mundo, a pandemia é uma das principais causas desse agravamento, mas não se pode aferir isso ao Brasil, que não fornece dados desde 2018. Entretanto, o país já apresentava, então, em razão do abandono de políticas sociais e do desemprego geral, quase 2 milhões de crianças e adolescentes em situação de trabalho indevido.

Há um aumento significativo no número de crianças de 5 a 11 anos em situação de trabalho infantil, que corresponde a mais da metade do total global. Outro alerta do relatório é o número de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em trabalhos perigosos, que põem em risco sua saúde e segurança: chegou a 79 milhões. Eram 6,5 milhões de 2016 a 2020.

Para o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, os dados são um alerta: “Não podemos ficar parados enquanto uma nova geração de crianças é colocada em risco”, diz. “A proteção social inclusiva permite que as famílias mantenham suas crianças e seus adolescentes na escola, mesmo em casos de dificuldades econômicas.”

Cerca de 28% das crianças de 5 a 11 anos e 35% dos meninos e meninas de 12 a 14 anos em situação de trabalho infantil estão fora da escola.

Nos países da África ao sul do Saara, são mais 16,6 milhões de crianças e adolescentes no trabalho nos últimos quatro anos. As principais causas são o crescimento populacional, crises recorrentes, pobreza extrema e medidas de proteção social inadequadas. Mas em regiões em situações levemente melhor, como Ásia, Pacífico, América Latina e Caribe, a causa é a pandemia de covid-19.

A situação deve piorar no próximo ano. A pandemia de covid-19 pode empurrar mais 8,9 milhões de crianças e adolescentes para o trabalho infantil. Para a OIT e Unicef, choques econômicos adicionais e fechamentos de escolas indicam que crianças e adolescentes já estejam em situação de trabalho. E devido à perda de emprego e renda de suas famílias, podem estar trabalhando mais horas ou em condições ainda piores.

Na agricultura estão 70% das crianças e dos adolescentes em situação de trabalho infantil (112 milhões), seguido de 20% pelo setor de serviços (31,4 milhões) e 10% na indústria (16,5 milhões). A prevalência de trabalho infantil nas áreas rurais (14%) é quase três vezes maior do que nas áreas urbanas (5%).

O trabalho infantil prevalece entre meninos em todas as idades. Exceto quando se leva em consideração tarefas domésticas por pelo menos 21 horas por semana

O relatório da OIT/Unicef não incluem dados do Brasil, já que o governo não os divulga desde 2018. Mas dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios Contínua (Pnad/IBGE) referentes a 2019 apontam 1,758 milhão de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil. Desse total, 66,1% eram pretos ou pardos. O dado exclui adolescentes que trabalhavam de forma legal, por meio de contrato de aprendizagem.

Dados coletados pelo Unicef em São Paulo apontam para o agravamento da situação durante a pandemia. Um levantamento de dados sobre a situação de renda e trabalho com 52.744 famílias vulneráveis de diferentes regiões de São Paulo, que receberam doações da organização e seus parceiros. Entre os dados levantados de abril a julho de 2020, o órgão identificou a intensificação do trabalho infantil, com aumento de 26% entre as famílias entrevistadas em maio, comparadas às entrevistadas em julho.

Crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil correm risco de danos físicos, mentais e sociais. Têm educação comprometida e direitos restringidos, limitando oportunidades futuras

“Temos de desmistificar que é melhor que a criança esteja trabalhando do que roubando. Para muitas crianças, o trabalho é a porta de entrada para a criminalidade, uso de drogas, tráfico e exploração sexual. Há o aliciamento para as drogas, o tráfico, a exploração. Por isso o trabalho infantil e a situação de rua são extremamente perniciosos”, disse Ariel de Castro Alves, advogado, especialista em direitos humanos pela PUC- SP.

” Temos também que lembrar que o trabalhador infantil de hoje será o subempregado, desempregado de amanhã. Precisamos de gente altamente qualificada para um mercado de trabalho exigente. Se a classe média pode ir para o mercado depois de uma pós graduação, porque a criança pobre não pode estudar? Precisamos sensibilizar a sociedade para esse tema.”

Integrante do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o ex-conselheiro do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente), participou nesta terça-feira (9) de live de lançamento do livro Meninos Malabares (Panda Books).

Vítimas da exploração do trabalho

De autoria dos jornalistas Bruna Ribeiro e Tiago Queiroz Luciano, a obra conta a história de dez meninos e meninas vitimas da exploração do trabalho infantil. Nos semáforos, cemitérios, lanchonetes ou no campo, tentam sobreviver ganhando seu próprio dinheiro para se alimentar ou ajudar suas famílias.

Lembrando que o trabalho infantil, a exclusão escolar e a falta de programas sociais já existiam antes da pandemia, Bruna defendeu políticas intersetoriais, em diversas frentes, para erradicá-lo.

“Para o enfrentamento dessa mazela, precisamos de moradia digna para as pessoas, educação, emprego para os pais. Uma das consequências do trabalho infantil é a reprodução do ciclo da pobreza, tem raízes profundas no Brasil, na escravização negra. Tanto que todos os personagens do livro são crianças negras”, disse.

E foi além: “Quando a gente reproduz os mitos do trabalho infantil tem de pensar bem. Pra quem a gente está defendendo trabalho infantil? Pros filhos da classe média e alta? A gente faz uma distinção entre crianças e menores. Quem são as nossas crianças? E nossos menores?”, questionou, referindo-se a uma manchete de jornal emblemática: “Adolescente é assaltado por menor”. 

Conteúdo originalmente publicado em Rede Brasil Atual
Tags: trabalho infantil
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Luta por justiça

Familiares de Victor Cerqueira participam de audiência pública sobre letalidade policial na Bahia nesta sexta (30)

DESIGUALDADE

Economia não gira com dinheiro na mão de poucos, diz Lula

ARTIGO

Governo Lula e os bilionários da floresta: errar hoje para errar muito mais amanhã

MEMÓRIA

El guacho – Pepe Mujica

Pressão do Congresso

Governo acerta no IOF, mas erra na comunicação, avalia cientista político

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.