Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

Segurança Alimentar

Governo diz que preço da comida “não é caro” e “pode aumentar”; especialistas rebatem

Cesta básica sobe 20% e diretor do Ministério da Agricultura põe a culpa na alta do consumo

20.out.2020 às 14h05
São Paulo (SP)
Caroline Oliveira, Leandro Melito e Vanessa Nicolav

Em setembro o preço da cesta básica subiu quase 20% nacionalmente em comparação com os 12 meses anteriores e até 10% em relação a agosto em algumas capitais como Florianópolis - Marcelo Camargo / Abr

Em setembro o preço da cesta básica subiu quase 20% nacionalmente em comparação com os 12 meses anteriores e até 10% em relação a agosto em algumas capitais como Florianópolis, segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Economia e Estatística (Dieese), divulgada em outubro.

Ao ser procurado pelo Brasil de Fato, na quarta-feira (14), para comentar a alta, o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Silvio Farnese, disse que a inflação dos alimentos ocorreu por conta do aumento do consumo, impulsionado pelo auxílio emergencial. “A primeira coisa que foram (a população) fazer foi gastar com a alimentação.” Segundo ele, "comida no Brasil ainda não é cara", apesar de a cesta básica já custar meio salário mínimo. 

Ao contrário, Farnese disse que ela pode aumentar ainda mais.

Para comentar as declarações do diretor do Ministério da Agricultura, o Brasil de Fato conversou com dois ex-presidentes do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea, extinto pelo governo de Jair Bolsonaro), Elisabetta Recine e Renato Maluf. Confira:

Assista: Alta dos alimentos atinge população desempregada: "Não tenho condições de comprar"

Quais os impactos da alta do preço das alimentos?

Farnese (Mapa): Comida no Brasil ainda não é cara. Apesar desse momento todo, isso é um pico fora da curva. Depende do nível de produção. Se cair, você vai pagar o saco de arroz a R$ 30. Nós queremos fazer uma estrutura produtiva para que não haja problema de abastecimento.

Recine: Quanto menor o orçamento da família, proporcionalmente, se destina mais recursos para a alimentação. As famílias tentam maximizar ao máximo os recursos. Mas existe um limite, caso contrário entra em um estado de privação total. 

Maluf: O arroz e feijão têm um peso maior (na alimentação), então a perversa combinação que nós temos hoje é fome aumentando e famílias dependendo muito (desse) consumo em um contexto de aumento de preços.

Essas famílias têm a composição da sua alimentação reduzida. O arroz e feijão têm um peso maior (Maluf)

::Fome mundial pode dobrar por conta da pandemia do novo coronavírus, diz ONU::

O que motivou alta dos alimentos?

Farnese (Mapa): Uma corrida para estocagem (com a pandemia). Esse auxílio (emergencial, inicialmente em parcelas mensais de R$ 600,00) trouxe várias pessoas que tinham dificuldade com a receita, e a primeira coisa que elas foram fazer foi gastar com a alimentação.

Recine:  As pessoas, no início da pandemia, fizeram estoque no nível do varejo e imediato, não foi algo que se prolongou.

Maluf: O processo de comprometimento da oferta de arroz e feijão vem de algum tempo. Tem a ver com a substituição de áreas de cultivo por soja e aumento dos preços internacionais de produtos. Com a redução da área plantada (…) isso é um prato cheio para a inflação.

Se qualquer oscilação faz com que a gente tenha uma alta nos preços, isso mostra que o Brasil não tem capacidade de regular preços, porque não tem estoques regulares (Recine)

::Política econômica é um dos principais fatores da alta no preço dos alimentos::

Qual o papel do governo na regulagem dos preços dos alimentos?

Farnese (Mapa):  Para nosso olhar aqui, segurança alimentar é produção. Não tá faltando produto no mercado, pode estar com preço alto. Está garantido [sic] essa questão do abastecimento. Essa é a tônica do governo. 

Recine: O Mapa (Ministério da Agricultura) deveria ser um ator absolutamente fundamental para garantir a disponibilidade de alimentos adequados e saudáveis para a população brasileira e não apenas para exportação.

Maluf: O Brasil produziu cada vez mais e a fome não desapareceu. Esse modelo de produção não é suficiente para impedir a insegurança alimentar e a fome.

 O que ele deveria explicar é porque o Ministério da Agricultura não foi capaz de atuar em algo que já se sabia. Desde o início do ano, já estava previsto que haveria problemas nesta área (Maluf)

:: "O Brasil já está dentro do Mapa da Fome", denuncia ex-presidente do Consea ::

 Abastecimento interno x exportação

Farnese (Mapa): Nosso foco no ministério é fazer o crescimento da exportação e sobretudo da produtividade. 

Recine: Essa é uma das raízes do por que a gente está ando fome hoje no Brasil e no mundo: a agricultura não se vê mais como uma produtora de alimentos, mas como uma produtora de itens de exportação.

Maluf: Regulação privada (do abastecimento) quer dizer isso: "soja tá dando mais, eu paro de produzir arroz e vou produzir soja. Ah, mas e o mercado doméstico? Dane-se", não tem ninguém que fala nada o contrário. É inaceitável.

A agricultura não se vê mais como uma produtora de alimentos, mas como uma produtora de itens de exportação (Recine)

Por que o Brasil não tem estoques públicos de alimentos?

Farnese (Mapa): "Nenhum país do mundo, fora a China, tem estoque. É uma coisa muito cara. O governo tem amarras legais imensas para poder istrar isso e não tem orçamento. Não temos legislação que permita a formação de estoque. Não formamos”.

Recine:  "O Brasil já teve estoque. O governo e o Congresso Nacional existem justamente para definir políticas públicas e aprovar leis que sejam necessárias para que a gente tenha soberania alimentar".

:: Estoque de alimentos está abaixo dos 20% necessários ao país, alerta especialista ::

Maluf: "Não é verdade que só a China tem estoque. O governo faz uma opção pela regulação privada e aposta que funcionamento dos atores privados assegure melhores resultados. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) deixou de ter uma política de garantia de preços mínimos ativa".

Editado por: Leandro Melito e Rogério Jordão
Tags: fomesegurança alimentar
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Luta por justiça

Familiares de Victor Cerqueira participam de audiência pública sobre letalidade policial na Bahia nesta sexta (30)

DESIGUALDADE

Economia não gira com dinheiro na mão de poucos, diz Lula

ARTIGO

Governo Lula e os bilionários da floresta: errar hoje para errar muito mais amanhã

MEMÓRIA

El guacho – Pepe Mujica

Pressão do Congresso

Governo acerta no IOF, mas erra na comunicação, avalia cientista político

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.