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Relações Exteriores

No Senado, Ernesto Araújo é cobrado por submissão a Trump e ataques à Venezuela

Ministro foi ao Senado para explicar por que levou secretário de Estado dos Estados Unidos à fronteira, em Roraima

24.set.2020 às 15h55
Brasília (DF)
Erick Gimenes

Ernesto Araújo presta esclarecimentos ao Senado - Edilson Rodrigues/Agência Senado

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, foi duramente cobrado por senadores pela subserviência a Trump, pela tentativa de impor domínio à Venezuela e por outros fatos relacionados à política internacional, como a fala do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU).

Araújo foi convocado nesta quinta-feira (24) pela Comissão de Relações Exteriores (CRE), para prestar esclarecimentos sobre a motivação da ida do membro do governo de Donald Trump às instalações da Operação Acolhida, na fronteira.

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), que iniciou os questionamentos ao ministro, apontou uma contradição do chanceler brasileiro quando declarou que o governo Bolsonaro é solidário ao povo venezuelano e que a Operação Acolhida é um exemplo para os demais países.

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“Vossa Excelência esclareceu que a Operação Acolhida é um exemplo, mas nossa fronteira continua fechada. Vossa Excelência poderia comentar, por exemplo, a respeito da portaria 419, de 2020, que prevê sanções desproporcionais e ilegais, inabilita o pedido de refúgio, responsabiliza criminalmente os migrantes e ainda determina a deportação imediata? Mesmo assim, Vossa Excelência continua afirmando que o Brasil mantém sua solidariedade ao povo venezuelano, chanceler?”, emparedou Mara Gabrilli.

O senador Telmário Motta (Pros-RO), autor do requerimento para que o ministro fosse ao Senado, disse que as explicações eram “só para inglês ver”. Roraimense, o parlamentar afirmou que as ações dos governos brasileiro e estadunidense não estão resolvendo “absolutamente nada” e criticou as ações “humanitárias midiáticas”.

“Eu lhe pergunto, senhor ministro: por que o Pompeo foi lá agora, em plena campanha do Trump? As fronteiras estão fechadas. Por que ele não foi na hora da crise da imigração, quando ninguém tinha dinheiro para nada? Por que ele não esteve lá na hora da nossa crise da pandemia? Nosso povo estava morrendo, nós não tínhamos respiradores. Os Estados Unidos compraram todos da China e não deram nenhum pra nós. Nosso povo estava indo para Manaus para respirar. Ou seja: o seu Pompeo, homem de coração bom, grande, resolveu ir agora, quando não estamos precisando dele?”, ironizou o senador.

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Telmário satirizou a servidão do ministro ao governo estadunidense. O senador imprimiu as bandeiras do Brasil e dos Estados Unidos e mostrou a Araújo, irônica e didaticamente, a diferença entre as duas.

“Aqui, nós temos duas bandeiras: uma americana e uma brasileira. Essa aqui que é a nossa [mostra a bandeira do Brasil e a coloca no peito], é essa que nós temos que a abraçar”, disse, levantando-se e entregando uma bandeira nacional ao chanceler.

O local da visita dita diplomática foi questionado pelo senador Humberto Costa (PT-PE). Para ele, há estranheza na justificativa do governo brasileiro de que a missão foi “em nome dos direitos humanos”.

“Por que essa visita de interação não aconteceu em Brasília? Em nome dos direitos humanos? Que direitos humanos o Brasil defende, que ficou calado diante do golpe de Estado na Bolívia e do massacre de camponeses? Onde está a política de direitos humanos do Brasil, que hoje se alinha às repúblicas mais atrasadas em defesa da discriminação contra mulheres, contra grupos de gays, de lésbicas, como o brasil tem se posicionado na comissão de direitos humanos da ONU?”, indagou.

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A explicação do ministro também não convenceu o senador Jaques Wagner (PT-BA). “Vossa Excelência não está em uma classe de primário, com muitos ingênuos. Tentar nos convencer que a visita de Mike Pompeo – por incrível que pareça, apenas em países fronteiriços – à Venezuela não tem a ver com as eleições marcadas na Venezuela e as eleições americanas?”.

O senador petista criticou a tentativa de governos estrangeiros de serem “tutores” de outras nações e rebateu uma declaração do chanceler, em que disse que Brasil e Estados Unidos tentam combater o narcotráfico em território venezuelano.

“Não tenho simpatia especial nem pelo atual e nem pelo ex-presidente da Venezuela, mas tenho repulsa à tentativa de uma nação de se pretender tutora da democracia internacional. Se Vossa Excelência está tão preocupada com o narcotráfico na Venezuela, melhor seria se a gente e preocue com o narcotráfico dentro do Brasil, que vitimiza tanta gente”, sugeriu Wagner.

Falas de Bolsonaro na ONU sobre queimadas

Araújo também foi cobrado pelas declarações do governo à comunidade internacional sobre as queimadas na Amazônia e no Pantanal. Ainda no primeiro bloco de perguntas, a senadora Gabrilli questionou Araújo sobre as declarações de Bolsonaro na ONU.

“O Brasil sempre foi muito respeitado internacionalmente por sua posição pacificadora. Vossa Excelência realmente entende vantajoso abrir uma Assembleia Geral da Nações Unidas fechando portas para outros países? O que o Brasil ganha com isso? Eu realmente queria entender”, cobrou a senadora.

Ela emendou com uma possibilidade: “A proximidade do Brasil é com Trump, não com os Estados Unidos. O governo está preparado caso o seu aliado não ganhe as eleições? Que medidas o Itamaraty vai tomar, isolado do resto do mundo, sem o Trump?”.

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) também aproveitou a presença do ministro para condenar a fala de Bolsonaro às Nações Unidas.

“Nós não estamos tendo alucinações quando dizemos que tem fogo e queimadas. Não estamos tendo alucinações quando vemos animais feridos e mortos”, enfatizou. “Ficar alfinetando outros países não é diplomacia”, instruiu a senadora ao diplomata.

Sem diplomacia

Ao atacar o governo do país vizinho ao Brasil, o chanceler brasileiro chamou de “facínora” o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e o comparou a um narcotraficante quando fez uma analogia para explicar a missão com Pompeo.

“Vamos supor que estamos numa rua e tem um vizinho, que é muito amigo nosso, que tem a casa invadida por narcotraficante, que praticamente escraviza o vizinho e ocupa essa casa. Vamos supor que um dos filhos do vizinho foge e vem para nosso terreno, nós o acolhemos em nossa casa. Recebemos um amigo de outra rua que também é amigo desse vizinho e falamos da situação deste vizinho”, metaforizou.

No Senado, Araújo afirmou que a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, a Boa Vista (RR), na semana ada, foi um pedido do país norte-americano para "enfatizar a importância" dos dois países para a Venezuela.

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Por mais que tenha legitimado o governo do deputado autoproclamado presidente Juan Guaidó, por diversas vezes, Araújo negou que Pompeu tenha ameaçado derrubar Maduro do poder, durante a visita ao Brasil. O ministro atribuiu o que ele chamou de “polêmica” em torno das declarações do estadunidense a um erro de tradução.

“Na verdade, o que ele disse em inglês foi: 'Nossa vontade é consistente, coerente. Nosso trabalho será incansável e chegaremos ao lugar certo. Estou em Boa Vista porque estamos trabalhando juntos com o Brasil para ajudar o povo da Venezuela a superar a crise humanitária feita pelo homem, ocasionada pelo regime ilegítimo de Nicolás Maduro'. Nada foi dito que possa ser considerado nenhum tipo de ameaça, agressão ou qualquer coisa nesse sentido”, alegou.

O chanceler negou que a vinda do secretário de Trump tenha relação com as eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para novembro. “Existe, nos Estados Unidos, uma grande convergência entre republicanos. Há um amplo consenso, bipartidário, sobre a questão venezuelana. Não faz muito sentido pensar nisso [a visita de Pompeo] como plataforma eleitoral, já que não há diferenças substantivas entre republicanos e democratas”.

Editado por: Leandro Melito
Tags: ernesto araújomike pompeororaimasenadovenezuela
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