Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Internacional

América Latina

Como a Argentina está enfrentando o coronavírus?

Há um mês do decreto da quarentena obrigatória, medidas adotadas pelo governo são consideradas referência na região

21.abr.2020 às 00h43
São Paulo (SP)
Luiza Mançano

Outdoor com a mensagem "Cubra a boca" em Buenos Aires, onde o uso de máscaras em supermercados, farmácias e transporte público é obrigatório - Juan Mabromata / AFP

A pandemia causada pelo novo coronavírus chegou aos países da América Latina entre o final de fevereiro e começo de março. Embora a chegada do vírus fosse prevista na região, a maioria dos países sul-americanos enfrentam dificuldades para combater a crise sanitária.

::Coronavírus: governo Bolsonaro demorou mais de dois meses para editar primeira medida::

Em um cenário regional complexo, a Argentina, governada pelo presidente Alberto Fernández, da Frente para Todos, tem despontado como uma referência por decretar rapidamente a quarentena obrigatória, em 20 de março, além de oferecer respostas nos níveis econômico e social para enfrentar a pandemia.

Nesta segunda-feira (20), a quarentena obrigatória completa um mês. A eficiência do decreto de isolamento obrigatório só foi possível junto com as medidas anunciadas por Fernández, levadas a cabo por seu gabinete, sobretudo os ministérios da Economia e do Desenvolvimento, que asseguraram a interrupção das atividades econômicas aliada à garantias para os micro e pequenos empresários, para a população de baixa renda, aposentados e grupos de risco.

Entre as medidas decretadas, destacam-se auxílios para evitar o aprofundamento da fome e da miséria em um país afetado pela recessão econômica, bem como medidas de proteção ao trabalho e aos trabalhadores, além do investimento na produção de suprimentos de saúde e uma política de congelamento de preços de itens básicos para o enfrentamento à pandemia.

::EUA acreditam ter "missão messiânica" contra comunismo, diz vice-ministro venezuelano::

Outro decreto governamental suspendeu cortes de energia elétrica, água, gás encanado, telefone fixo, móvel e internet por falta de pagamento. Esta medida é válida por 180 dias, para aposentados, desempregados, micro e pequenos empreendedores, instituições de saúde públicas e privadas e entidades que colaborem na distribuição de alimentos durante o período de emergência alimentar, entre outros. Despejos também foram suspensos e o preço do aluguel congelado.

No âmbito do combate à fome, o governo ampliou a distribuição do cartão alimentar, destinado às mães e pais com filhos de até seis anos, que recebem o auxílio AUH (Assignação Universal por Filho, na sigla em espanhol), à mulheres grávidas e pessoas com deficiência.

Para minimizar o impacto econômico da crise e proteger “a produção, o trabalho e o abastecimento”, o Ministério da Economia decretou a isenção dos encargos patronais aos setores mais afetados pela pandemia e o aumento de 40% do orçamento destinado a obras públicas.

O país também proibiu demissões e suspensão ou diminuição de contratos por 60 dias. Uma das medidas mais recentes do governo argentino foi a criação de um fundo para espaços culturais, setor da cultura, junto com o do turismo, um dos mais afetados com a quarentena obrigatória, com pagamento de subsídios de até 30 milhões de pesos.  

::Lula critica Bolsonaro em sanção da renda mínima: "Pros banqueiros chegou rapidinho"::

Medidas sanitárias

No que se refere ao combate à propagação do novo coronavírus no país, o governo de Fernández estabeleceu preços máximos para suprimentos básicos recomendados para ajudar a evitar o contágio, como máscaras faciais e álcool gel. Também foram suspensas as taxas de importação para suprimentos críticos na área de saúde, como álcool, materiais de laboratório e de farmácia, luvas e desinfetantes como forma de ampliar o abastecimento nacional.

Também foi criado um programa de apoio para a produção de suprimentos, equipamentos e tecnologias de saúde, com orçamento voltado para o desenvolvimento de produtos e financiamento de pesquisas que possam contribuir para conter e tratar a covid-19.

::Solidariedade do MST busca mostrar que o inimigo, além do vírus, é o capitalismo::

Na província de Buenos Aires, que concentra 60% dos casos de covid-19 no país, com 1.792 casos, é obrigatório utilizar máscaras faciais nos meios de transporte públicos, comércios e bancos, sob pena de multa em caso de descumprimento.

Com estas medidas, e a declaração de uma quarentena considerada “prematura” – por ter sido decretada com um número pequeno de casos – o país latino-americano conseguiu achatar a curva de contágio do coronavírus e adiar o pico da covid-19 no país, que concentra 2941 casos de coronavírus, com 136 mortes.

Segundo a médica infectologista Ángela Gentile, que integra o comitê de especialistas formado durante a crise sanitária, pode-se dizer que a curva foi achatada porque, nos primeiros dias, o número de casos dobrava a cada dois ou três dias e agora dobram a cada dez.

Gentile, em entrevista ao Infobae, comentou que a quarentena está oferecendo “bons resultados” e um dos indicadores do êxito da medida se deve a ter possibilitado “achatar a curva, ganhar tempo e permitir que o sistema de saúde se preparasse [para atender os pacientes com covid-19]”.

"Com a quarentena, ganhamos saúde e vidas. Se tivéssemos seguido a conta inicial, teríamos 45 mil casos e mais de mil mortos", afirmou o presidente argentino, Alberto Fernández, em um balanço parcial de seu decreto durante uma entrevista concedida à Telefe.

::Estatal na lista de privatizações de Bolsonaro é essencial para renda emergencial::

Nem tudo são louros…

As medidas decretadas pelo governo de Fernández durante o último mês também revelaram a persistência das desigualdades sociais na Argentina, aprofundadas após quatro anos da gestão de Maurício Macri.

No dia 4 de abril, os bancos reabriram após duas semanas de fechamento, e uma grande quantidade de argentinos aram horas aglomerados em filas, dentro e fora das agências bancárias do país, para conseguir sacar aposentadorias e os auxílios emergenciais decretados pelo governo, o que contraria as recomendações de distanciamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Diante da exposição, que evidenciou o desespero de centenas de cidadãos, o governo exigiu a abertura das agências nos finais de semana e a ampliação dos horários de atendimento.

Como forma de fazer valer o isolamento obrigatório, o governo ampliou o policiamento nas ruas do país, com uso das forças de segurança nacional, para restringir a circulação de pessoas. No entanto, movimentos e associações comunitárias do país têm denunciado o aumento dos abusos policiais em meio à pandemia, sobretudo nas comunidades mais pobres e nas regiões em que a população de rua se concentra.


Pessoas se aglomeram em frente às agências bancárias na Argentina para poder sacar aposentadorias e auxílios após fechamento dos bancos por duas semanas / Juan Mabromata/AFP

Imagens e vídeos revelados pelo jornal argentino Página12 mostram policiais disparando balas de borracha e de chumbo, agredindo pessoas em situação de rua, e obrigando jovens detidos a “dançar” ou caminhar de joelhos enquanto eram filmados, entre outras violências.

Reabertura parcial

A quarentena iniciada em 20 de fevereiro, foi estendida mais duas vezes. Primeiro, até 12 de abril e, posteriormente, até o próximo domingo, dia 26, quando o governo e especialistas se reunirão para analisar os próximos os necessários para o combate à pandemia.

Após um mês de isolamento obrigatório, nesta segunda-feira (20), o governo argentino estabeleceu algumas exceções e flexibilizou a suspensão de atividades. A partir de hoje, serão retomadas as consultas médicas e odontológicas não emergenciais, e as atividades de laboratórios médicos, caixas eletrônicos e alguns comércios.

O decreto publicado nesta segunda-feira estabelece ainda a reabertura dos serviços de atendimento à mulheres vítimas de violência de gênero.

Segundo um relatório divulgado pelo Observatório de Feminicídios “Adriana Marisel Zambrano”, em um mês de quarentena, aconteceram 22 feminicídios no país, e nos primeiros dez dias de isolamento, o número de ligações para a Central de Atendimento à Mulher cresceu 39%.

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: alberto fernándezargentinaeconomia
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

SOLIDARIEDADE

Posse da ministra das Mulheres vira ato de apoio a Marina Silva

60 KM/H

SP registra falta de luz e queda de árvores após rajadas de vento; pelo menos duas pessoas ficaram feridas

TRABALHO

Brasil registra saldo de mais de 257 mil novos empregos em abril

PL DA DEVASTAÇÃO

Ataques a Marina Silva visam aprovação de PL que ite retrocessos ambientais às vésperas da COP30, avalia professor

ATAQUES MISÓGINOS

‘Quem tem compromisso com questão ambiental vira alvo dos negacionistas’, diz ambientalista sobre ataques a Marina Silva

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.