Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

8M

Artigo | Sem feminismo, não derrotaremos a direita autoritária e neoliberal

Nas ruas de todo Brasil, as mulheres colocaram o enfrentamento a Jair Bolsonaro no centro da agenda feminista

10.mar.2020 às 00h20
São Paulo (SP)
Tica Moreno
8m manifestação mulheres feminismo

Derrotar Bolsonaro é uma tarefa que envolve a disputa de hegemonia, uma disputa cotidiana contra a misoginia escancarada em declarações, políticas e desmontes - Catarina Barbosa/Brasil de Fato

Milhares de mulheres ocuparam as ruas neste 8 de março no Brasil. Milhões, ao redor do mundo. Mais uma vez, com faixas e cartazes, batuques, irreverência e com muitas vozes, expressaram: as mulheres estão sob ataque e reagem.

Nesse momento em que o feminismo não é mais uma palavra estranha ou rara nos noticiários da grande mídia, nas propagandas comerciais ou entre influencers de diferentes espectros, é preciso ouvir com atenção o que as mulheres organizadas estão dizendo, e as ruas são os melhores lugares para escutar suas sínteses políticas.

Nas ruas de todo Brasil, as mulheres colocaram o enfrentamento a Jair Bolsonaro no centro da agenda feminista, expressando uma visão geral sobre o momento em que vivemos. Se posicionam, assim, na construção da força social que precisamos ter para derrotar o projeto autoritário, intrinsecamente racista e patriarcal, que avança em nossa sociedade.

As mulheres demonstram capacidade de mobilização e se colocam o desafio de ampliar a organização. Derrotar Bolsonaro é uma tarefa que envolve a disputa de hegemonia, uma disputa cotidiana contra a misoginia escancarada em declarações, políticas e desmontes.

O incentivo e a legitimação do ódio ao povo negro, às mulheres, aos indígenas e aos pobres não é apenas um discurso: é o que vivemos e sentimos todos os dias com a precarização da vida. Os ataques e desmontes da saúde e da educação, bem como o ajuste implementado pela política econômica, se dão às custas de mais trabalho realizado pelas mulheres. Enquanto os bancos e “o mercado” manifestam aprovação ou desconfiança sobre números, são as mulheres, negras e periféricas, que se viram para sustentar a vida e a economia.

O feminismo coloca a vida no centro da agenda. Por isso, ontem, as mulheres denunciaram a violência racista do Estado, os ataques do capital contra a vida, a destruição da democracia e o retrocesso nos direitos.

Nas ruas, mulheres indígenas e quilombolas se juntam para reivindicar sua história e territórios, contra a privatização extrativista da natureza. As mulheres sem-terra em Brasília expressam a força de sua organização ao ocupar o Ministério da Agricultura, denunciando frontalmente a política de Bolsonaro para o campo. As mulheres estão em luta contra a privatização das terras, dos bens comuns e dos serviços públicos.

As mulheres denunciam as violências cotidianas e o feminicídio. O desafio é enfrentar as causas dessa violência patriarcal. É falha a dinâmica de isolar o enfrentamento à violência do conjunto das lutas que as mulheres põem em marcha para transformar o mundo: esse isolamento não serve nem para acabar com a violência, nem para derrotar Bolsonaro e o capitalismo autoritário.

Essa reação patriarcal, antifeminista, integra os diferentes governos de extrema-direita mundo afora. Se expressa de diferentes formas, como no controle dos corpos, na perseguição das mulheres que abortam e de sexualidades dissidentes, em reforços e imposições de um ideal heteropatriarcal de família, na violência e criminalização de quem luta.

Escutar o que as mulheres organizadas dizem nas ruas é entender que, sem feminismo, não derrotaremos a direita autoritária e neoliberal. As mulheres de esquerda alertam, ainda, para as movimentações do mercado para oferecer saídas neoliberais para o autoritarismo. Mas não nos serve a inclusão de algumas mulheres ou a incorporação de dizeres feministas fragmentados nas narrativas das grandes empresas. O enfrentamento ao poder corporativo das empresas transnacionais é um componente central do feminismo anticapitalista.

É como a Marcha Mundial das Mulheres afirmou no domingo, no lançamento de sua 5a Ação Internacional: “Resistimos para viver, marchamos para transformar”! Na resistência cotidiana, as mulheres constroem os caminhos para a transformação, com auto-organização, agroecologia e outras formas de organizar a economia e os cuidados. Que a força do 8 de março, suas formas e conteúdos, inspirem, impulsionem e se façam presente nas mobilizações do 14 e 18 de março, nos processos organizativos e de luta para derrotar Bolsonaro.

*Tica Moreno faz parte da equipe da SOF Sempreviva Organização Feminista e é militante da Marcha Mundial das Mulheres.

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: 8mbolsonarobrasilcapitalismofeminismomachismomulheresneoliberalismo
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

GERAÇÃO DE RENDA

12ª Feira de Economia Popular Solidária destaca o protagonismo de mulheres negras em Porto Alegre

DEPORTADOS

Governo de Israel confirma que barco com Greta e Thiago Ávila foi levado até o porto de Ashdod

Antirracismo

Pensadora estadunidense Ruth Gilmore lança livro no Brasil e avisa: ‘Abolição é processo contínuo’

DIGNIDADE

Ocupação Maria da Conceição Tavares, no centro de Porto Alegre, celebrou um ano nesse domingo (8)

'LAMENTÁVEL'

Por petróleo na Foz do Amazonas, governador do Pará tenta deslegitimar ciência como Trump e Bolsonaro, diz pesquisadora

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.