Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

Reforma Tributária

Quem ganha mais paga menos imposto de renda no Brasil, afirma economista da Unicamp

Guilherme Mello defende tributação progressiva para combater problema no país, o 9º no ranking mundial de desigualdade

01.fev.2020 às 18h47
São Paulo (SP)
Mayara Paixão
Prazo para declarar IR 2019 teve início em 7 de março e vai até 30 de abril

Prazo para declarar IR 2019 teve início em 7 de março e vai até 30 de abril - Divulgação

Desde 7 de março, está aberto o período de declaração do Imposto de Renda 2019, ano-base 2018. Os contribuintes têm até 30 de abril para realizar o procedimento, obrigatório para todos aqueles que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559 no último ano.

Anualmente, quando chega a hora de declarar o imposto, além das dúvidas dos contribuintes, surge também o debate sobre outras alternativas para essa tributação no Brasil.

Ricardo de Oliveira, 33, escrevente técnico judiciário, declara o imposto há oito anos. Ao longo do tempo, já adquiriu a experiência com a declaração e, hoje, o processo já não é mais uma dor de cabeça. No entanto, tem críticas à alíquota cobrada dos trabalhadores.

“Acredito que a alíquota deveria ser menor, é muito pesado. A minha, se não me engano, é em torno de quase de 20%. Creio que se reduzisse para 10% já seria mais que suficiente, não precisa tirar tanto dinheiro assim do salário do trabalhador”, opina o escrevente.

Para o economista e professor da Unicamp Guilherme Mello, consultado pelo Brasil de Fato, é necessário uma reforma tributária no país que altere a estrutura impositiva. No modelo defendido pelo economista, aqueles com maior renda pagariam mais, e os com menor renda, menos. Um dos objetivos principais da proposta, também defendida por especialistas e entidades fora do Brasil, é o de reduzir a desigualdade de renda.

"Como você faz isso? Tirando o imposto sobre produção, sobre consumo, e aumentando o imposto sobre as grandes rendas e sobre os grandes patrimônios. Assim aumentaria o que chamamos de 'progressividade'. do sistema tributário. Ou seja, conforme você ganha mais, você paga mais imposto", explica Mello.

No Brasil, no entanto, acontece o contrário. Quanto mais se ganha, menos imposto se paga em relação à renda. A situação ainda se agrava com outra especificidade brasileira. Em 2018, um relatório da Oxfam revelou que o Brasil ou a ocupar a 9º posição no ranking de desigualdade da renda mundial. 

"O Brasil tem uma particularidade de que não cobra imposto de renda sobre distribuição de lucros dividendos. Então a pessoa que tem uma empresa e transfere o lucro da empresa para a sua conta não paga imposto de renda, paga apenas o da empresa. O empresário acaba pagando muito pouco imposto, enquanto o trabalhador acaba pagando muito", argumenta.

Em janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) deu declarações públicas anunciando que baixaria a alíquota máxima do imposto de renda de 27,5% para 25%. A informação, no entanto, ainda não foi confirmada pelo mandatário ou sua equipe econômica.

De acordo com o economista da Unicamp, a proposta de Bolsonaro, ao contrário do que possa parecer à primeira vista, culminaria em um sistema tributário gerador de mais desigualdades e é baseada em uma teoria falaciosa. Na prática, aqueles com renda mais alta pagariam ainda menos, e pouco — ou quase nada — mudaria para aqueles com menor renda.

"A teoria que está por trás é que se o rico ficar com mais dinheiro ainda, ele consome mais, investe mais e o país cresce. É a mesma teoria que Donald Trump está usando nos EUA", explica Mello. "Há várias provas de que isso é mentira, de que é o contrário: quem realmente movimenta a economia são os trabalhadores que ganham menos, porque consomem toda a sua renda. Esses ricos, se for dado mais dinheiro na mão deles, fazem aplicações que não necessariamente geram emprego, renda ou movimentos na economia."

Guilherme Mello considera ainda que a medida de Bolsonaro pode aumentar a desigualdade de renda por um outro problema: a redução da arrecadação do Estado. 

"O que vai piorar para o trabalhador comum é que se essa proposta reduzir a arrecadação de impostos o governo vai acabar tendo que compensar com outros impostos, como os impostos indiretos, como os de consumo, que onera mais os pobres", afirma.

Na avaliação do economista, o projeto esboçado pelo atual governo segue o caminho inverso do combate às desigualdades. No lugar de piorar a estrutura tributária, é preciso aumentar os investimentos sociais, descentralizando a renda e distribuindo recursos para o povo.

Editado por: Mauro Ramos
Tags: desigualdadeeconomiaimposto de rendaradioagência
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja *
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

'DESPROPORCIONAL'

Justiça do Rio revoga prisão do MC Poze do Rodo

APÓS DESVIOS

Justiça bloqueia R$ 23,8 milhões de suspeitos de fraude contra INSS

Inação internacional

‘Israel só responde à linguagem militar ou econômica’, diz professor sobre genocídio em Gaza

TRAMITAÇÃO

Câmara aprova aumento de punição a quem provocar incêndios florestais

Big techs

Julgamento do Marco Civil da Internet é decisivo para liberdade de expressão, avalia advogada

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.