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Início Geral

Juventude

Cursinhos populares combinam educação, formação política e entrada em universidades

Projetos combatem desigualdades educativas com estratégias de acolhimento e ensino formal

20.jan.2020 às 20h07
São Paulo (SP)
Vanessa Nicolav
Coletivo Transformação oferece aulas de cursinho pré-vestibular para pessoas trans

Coletivo Transformação oferece aulas de cursinho pré-vestibular para pessoas trans - Foto: Coletivo Transformação

“Quando a gente fala de uma população que enfrenta um histórico de mais 300 anos de escravidão e que ainda vivencia o racismo de uma forma estrutural — econômica, política e dentro da sua subjetividade –, ter o a uma educação libertadora e de qualidade é fundamental para a transformação dessa estrutura.”

A autora da frase é Débora Dias, de 21 anos, que cresceu em um bairro periférico em São Paulo, criada por sua mãe e sua avó, ambas empregadas domésticas. Sabendo das dificuldades impostas pela sua condição de mulher negra e trabalhadora, buscou, em 2016, cursinhos populares que oferecessem gratuitamente aulas com disciplinas para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Cursou dois cursos oferecidos pela Uneafro Brasil e, no final do mesmo ano, conseguiu a aprovação em quatro universidades públicas.

A Uneafro é uma frente de articulação e formação que surgiu como herdeira das lutas de diversas organizações negras, como a Frente Negra Brasileira e o Movimento Negro Unificado (MNU), da década de 1980 e 1990. Hoje, com mais de dez anos de criação, a organização atua nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de São Paulo (SP), e já atendeu mais de 15 mil alunos de regiões periféricas.

Para ela, o diferencial do cursinho popular é o foco na valorização da autoestima, reconhecimento identitário e pertencimento comunitário. “Quando a gente está dentro de um espaço crítico, como um cursinho popular, construído coletivamente, seja no lanche, seja no material que você vai ter que dividir, seja na xerox que você vai ter que dividir, você começa a pensar em uma outra lógica de educação, que não é essa que a gente ou a vida inteira tendo”, afirma Débora, que hoje cursa Ciências Sociais na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e trabalha como orientadora socioeducativa.

Kairos de Castro, produtor cultural de 24 anos, também conseguiu ingressar no ensino superior por meio do aprendizado dos cursinhos populares. Depois de participar do projeto Transformação, dedicado a pessoas trans, o jovem hoje faz o curso de Biblioteconomia.

Para ele, o diferencial do projeto é apresentar um ambiente acolhedor diferente dos espaços formais de educação. “As pessoas trans querem estudar. A questão da falta de estudo é que muitos são expulsos de casa, muitos vão para a escola e não têm o nome respeitado, não conseguem ficar lá. Isso afasta os jovens da educação. Eu sofri transfobia dos professores”, relata.

O coletivo Transformação oferece, além das disciplinas que caem no Enem, formação política, oficinas de poesia e de linguagens do corpo.

Para João Ineco, poeta e educador do projeto, a educação popular é a estratégia central de resistência em um contexto de perseguição e cortes de direitos na educação. “A ideia [do cursinho] é colocar o aluno como protagonista, para, de alguma forma, ele enxergar nessa educação com contexto político, com as manifestações, com essa variação que a gente vive agora na educação, o medo e a perseguição”, opina.

Também educador no projeto, Naná Deluca aposta na educação como estratégia de resistência nos tempos atuais. “Quando você trabalha com educação popular, você não pode esperar a revolução chegar ou o governo fazer uma reforma incrível na educação. Acho que é uma forma muito efetiva e imediata de atuação”, defende.

Inclusão e desigualdades

Segundo pesquisa publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, um em cada 600 alunos das classes mais baixas alcançam as melhores notas no Enem. Em comparação, um em cada 4 alunos de classe média, estão na lista com as melhores notas.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um dado importante para educação brasileira: pela primeira vez, o número de negros (pretos e pardos) nas universidades públicas ultraou o de brancos, chegando ao patamar de 50,3%. 

Os negros também conquistaram espaço na Universidade de São Paulo (USP), dobrando o número total de alunos de 2007 a 2017, segundo o IBGE. No entanto, a representatividade ainda é baixa: apenas um a cada seis alunos é negro. De acordo com o instituto, na idade de entrar no ensino superior, 52,2% dos estudantes negros ainda cursam o ensino fundamental ou médio, frente a 29,1% dos brancos.

Editado por: Vivian Fernandes
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