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MINERAÇÃO

Sociedade civil lança comitê contra a megamineração no Rio Grande do Sul

"Sim à vida, não à destruição!", diz manifesto das dezenas de entidades que compõem o comitê, que será lançado dia 18

12.jun.2019 às 18h49
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h49
Porto Alegre (RS)
Ayrton Centeno
Sociobiodiversidade gaúcha está ameaçada de destruição com os mais de 150 projetos em andamento no Estado

Sociobiodiversidade gaúcha está ameaçada de destruição com os mais de 150 projetos em andamento no Estado - Foto: Fernando Pereira/Doc JB

Realização de audiências públicas em todos os municípios afetados por projetos de megamineração no Rio Grande do Sul e, se apesar das audiências, o governo quiser levar adiante “esses projetos de destruição”, que ouça a voz da população gaúcha. Ou seja, a decisão final deve acontecer através de plebiscito. Estes são dois dos pontos do manifesto de dezenas de entidades da sociedade civil que estão lançando o Comitê Contra a Megamineração/RS (CCM). O lançamento está marcado para o próximo dia 18, às 18h30, na sede do ERS/Sindicato, em Porto Alegre (RS).

As ameaças são muitas, desde o comprometimento da saúde humana à devastação ambiental, ando pelo deslocamento de populações tradicionais – indígenas, quilombolas, pescadores, assentados, agricultores, pecuaristas que habitam as regiões ameaçadas. O CCM reúne ambientalistas, pesquisadores, agricultores familiares, assentados, ativistas contra a mineração, estudantes e professores distribuídos por sindicatos e movimentos sociais.

Abaixo, a íntegra do manifesto:

Manifesto do Comitê de Combate à Megamineração no Rio Grande do Sul: Sim à vida, não à destruição! 

Preocupadas com os impactos socioambientais de megaprojetos de mineração previstos para o Rio Grande do Sul, diversas entidades ambientais, sindicais, associativas e movimentos sociais se reuniram no último dia 29 de maio, na sede da APCEF/RS, em Porto Alegre, para a criação do Comitê de Combate à Megamineração no Rio Grande do Sul (CCM/RS). Um dos projetos é o Mina Guaíba, que está em processo de licenciamento para se instalar em uma área de 5.000 hectares nos municípios de Charqueadas e Eldorado do Sul. 

Nesse local, a mineradora privada brasileira Copelmi pretende extrair uma reserva estimada de 166 milhões de toneladas de carvão com baixo poder calorífico e alto teor de cinzas. O empreendimento tem alto impacto socioambiental: a reserva está na zona de influência da APA e Parque do Delta Jacuí, Zona Núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, bem tombado pelo IPHAE como patrimônio cultural e paisagístico do RS, e a apenas 1,5 km do Rio Jacuí, responsável por mais de 80% da água que chega ao Guaíba, abastecendo Porto Alegre e parte da Região Metropolitana. 

O projeto prevê, dentre outros impactos, o rebaixamento do lençol freático, o desvio de arroios, ocasionará piora na qualidade do ar e expulsará diversas famílias de seus territórios, incluindo moradores do loteamento Guaíba City e agricultores do Assentamento Apolônio de Carvalho, responsável por importante produção de arroz agroecológico e com certificado orgânico. Outros três grandes projetos, de igual importância, atestam que o Rio Grande do Sul entrou definitivamente na mira das empresas mineradoras, com o apoio do Governo do Estado e de prefeituras, iludidos pelas promessas de geração de empregos e incremento nas suas receitas, como se a mineração fosse a nova boia de salvação da economia gaúcha. 

O projeto em estágio mais avançado é o Retiro, para o qual a RGM (Rio Grande Mineração) conseguiu licença prévia do Ibama para extrair titânio da faixa de areia localizada entre o Oceano Atlântico e a Lagoa dos Patos, no município de São José do Norte, no litoral sul gaúcho.         

Os demais projetos ainda buscam a licença prévia junto à Fepam, órgão de licenciamento estadual. Às margens do Rio Camaquã, em Caçapava do Sul, a empresa Nexa Resources (multinacional do Grupo Votorantim) tenta autorização para extrair zinco, chumbo e cobre de uma mina a céu aberto com vida útil de 20 anos. Em Lavras do Sul, o alvo da empresa Águia, através do projeto Três Estradas, é o fosfato; esse empreendimento inclui uma barragem de rejeitos e é de grande interesse do agronegócio. 

Em pleno século XXI, quando se acentua o debate sobre a crise climática e as ameaças à biodiversidade, às comunidades tradicionais, à qualidade de vida, e em suma ao futuro do planeta, transformar o Rio Grande do Sul em uma nova fronteira minerária e em um grande polo carboquímico nos posiciona na contramão da história! Existe uma tendência mundial de diminuição na exploração do carvão, porque a atividade coloca em risco tanto a saúde da nossa gente quanto o meio ambiente, já que o combustível é um dos maiores responsáveis por emissões de CO2, que provoca o efeito estufa. 

Além desses quatro projetos, ainda existem mais de 150 projetos de mineração em solo gaúcho, que, se conseguirem se instalar, poderiam elevar o RS ao patamar de terceiro estado minerador do país. Os impactos negativos na vida de indígenas, quilombolas, pescadores, assentados, pequenos agricultores, e moradores do campo e da cidade, ou seja, de todos nós, são altos demais.  Mas ainda há tempo de construirmos uma cultura de territórios livres de megamineração. 

É preciso garantir a realização de audiências públicas em todas as cidades envolvidas e, caso o governo queira levar adiante esses projetos de destruição, a decisão final deve ser do povo gaúcho, através de plebiscitos. Temos o direito de decidir, de maneira soberana, entre a vida ou a destruição! Fazemos um chamamento para que todas as entidades, movimentos e pessoas comprometidas com a defesa da vida e contra os impactos dos projetos de megamineração subscrevam este manifesto. Esta luta não é apenas das entidades ambientalistas, mas de todos que se importam com a vida.
 

Editado por: Marcelo Ferreira
Tags: mineraçãorio grande do sul
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