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Segurança Pública

Doria grita contra o crime nas redes sociais, mas precariza trabalho dos policiais

Salário de agentes assassinados era de R$ 2,5 e R$ 2,7 mil. Para especialista, PMs não percebem que são massa de manobra

10.maio.2019 às 06h33
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h49
São Paulo (SP)
Igor Carvalho

No discurso, Doria mantém fixação contra PCC. Na prática, medidas são insuficientes - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

“A polícia agiu corretamente e mandou para o cemitério esses 11 bandidos”. Assim, o governador João Doria (PSDB) se referiu a ação da Polícia Militar que culminou na morte de 11 dos 25 assaltantes de um banco na cidade de Guararema, na Grande São Paulo, em 4 de Abril deste ano. No mesmo dia da operação, em suas redes sociais, o tucano postou um vídeo em que dizia: “Heróis são os policiais militares e civis, que diariamente saem de suas casas e deixam suas famílias preocupadas para defender vidas e o nosso patrimônio". 

Se mantém um compromisso estreito com o populismo e o discurso bélico nas redes sociais, afirmando que o governo estadual será rigoroso com o crime organizado nas ruas, Doria tem recebido, no Palácio dos Bandeirantes, cobranças de policiais insatisfeitos com as condições de trabalho, mas principalmente salariais da corporação. O coronel Jorge Gonçalves, presidente da Associação dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo (AMOESP), lembra que o governador se comprometeu, assim como seus antecessores, todos do PSDB, com a corporação ainda durante a eleição de 2018.

“A gente sempre pleiteia ao governo do estado, não um aumento de salário, mas pelo menos o reajuste do fator inflacionário. Faz tempo que estamos tendo dificuldade com isso, desde o governo [Mário] Covas, ou por [Geraldo] Alckmin e o tratamento que o governo nos dá é muito diferente de outros estados com menor potencial financeiro”, critica Gonçalves.

O senador Major Olimpio (PSL-SP) lembra que a promessa de Doria, de aumentar o salário da corporação, foi motivada pelo histórico tucano no estado e por medo de perder o pleito eleitoral. “Na época da eleição, a Polícia Civil e Militar estavam fechados com o Márcio França (PSB), em função de terem uma expectativa de ver atendida essa questão salarial e porque o PSDB tem um retrospecto de 24 anos arrebentando os servidores, em especial os policiais.”

Para Olimpio, Doria usa politicamente a corporação para atacar o crime organizado, mas não garante a estabilidade financeira dos agentes. Como exemplo, o senador cita os recentes assassinatos de dois policiais da Rota, em São Paulo, em um intervalo de apenas nove dias. Investigações preliminares indicam que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) estariam por trás das execuções.

O Brasil de Fato consultou o Portal de Transparência do estado de São Paulo e verificou que o cabo Daniel Gonçalves Correa, assassinado no dia 25 de abril na cidade de Santos, recebeu em seu último salário, R$ 2,7 mil, líquido. O cabo Fernando Flávio Flores, executado na frente de sua casa, na capital, no dia 4 de maio, ganhou R$ 2,5 mil, líquido.

Os salários pagos aos agentes executados representam uma regra dentro da PM, explica Gonçalves. “As condições hoje são difíceis, de sustento do lar. Ele é obrigado a trabalhar e se expor, em qualquer clima, sujeito a pegar doenças e ainda ter que se virar por fora para poder complementar o ínfimo salário que recebe”, afirma o coronel.

Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), considera que há uma super exploração dos praças. "Ganham mal, mas são bombardeados o tempo todo com esse discurso do policial herói, do policial que é policial 24 horas, que tem que ir sempre para o confronto. Na prática, esses caras estão sendo usados, porque quando você trata esse cara como um profissional, que precisa de remuneração e benefícios adequados, isso sai caro. O que importa é você fazer o cara acreditar que ele é um super herói”, critica .

“É bravata”

Respondendo à pressão, João Doria usou suas redes sociais novamente na tarde da última quinta-feira (9) para reafirmar a promessa feita ainda em campanha. “Eu já assumi o compromisso e volto a reafirmar a todos, até o final do meu mandato, os policiais civis e militares de São Paulo serão os mais bem pagos do país. Nós só não vamos nos precipitar e fazer de forma ansiosa comprometendo o orçamento do estado”, afirmou o governador.

Para o Major Olimpio, trata-se de “bravata para a internet". "Isso é bom pra dar likezinho, mas em nada isso afeta a conduta dos policiais. De concreto mesmo, ele só tem feito uma coisa, uma homenagem mensal, que é o ‘policial nota 10’, que é uma tremenda comédia, os policiais até brincam, ‘policial nota 10, governo nota 0’”, afirma o senador, citando o programa que premia agentes que apresentarem bons resultados, de acordo com a istração estadual.

Enquanto os agentes são colocados como linha de frente no combate ao crime organizado, o governador é titubeante. Até o momento, o Palácio dos Bandeirantes se limitou a transferir de unidade prisional parte das lideranças do PCC. Entre eles, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

O discurso bélico de Doria não provoca apenas a exposição e execução de policiais. Na outra ponta, os agentes aumentam a repressão contra a população. Levantamento da Ouvidoria da Polícia Militar, divulgado em abril, mostra que 64 pessoas foram assassinadas por policiais nos três primeiros meses deste ano, um crescimento de 46% em relação ao mesmo período do ano ado.

Bueno, do FBSP,  afirma que é justa a cobrança por melhores condições salariais da corporação, mas é preciso que os agentes também se comprometam com uma Segurança Pública que não oprima os cidadãos. “Na ponta, os policiais não percebem o quanto eles são massa de manobra e quando fazemos essa crítica é como se fôssemos contra a polícia, mas é justamente por ser a favor que queremos uma discussão racional, que esteja nos parâmetros legais e que respeite os direitos dele enquanto cidadão e profissional", explica.

Consultados, o Governo de São Paulo e a Secretaria de Segurança Pública do estado não responderam até o fechamento da matéria. 

Editado por: Rodrigo Chagas
Tags: joão dorialetalidade policialpccpolícia militarsão paulo
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