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MEMÓRIA

“O crime contra Marielle foi político, mas também racista”, afirma Marinete da Silva

A mãe da vereadora assassinada em março deste ano fala ao Brasil de Fato sobre sua trajetória, acolhimento e política

22.nov.2018 às 08h00
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h46
Rio de Janeiro
Flora Castro
Para Marinete, defender o legado da filha é um dever.  “Queremos que as pessoas saibam que a Marielle tinha uma família", diz.

Para Marinete, defender o legado da filha é um dever. “Queremos que as pessoas saibam que a Marielle tinha uma família", diz. - Elisângela Leite/Anistia Internacional

Mãe, esposa, avó. Mulher, negra, nordestina. Essas são algumas das muitas caraterísticas que, à primeira vista, definem Marinete da Silva, mãe da vereadora Marielle Franco (Psol), assassinada no dia 14 de março deste ano junto com seu motorista, Anderson Gomes.

A advogada paraibana recebeu o Brasil de Fato numa tarde chuvosa no último dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, quando tinha acabado de voltar de São Paulo, onde recebeu em nome de sua filha o Troféu Raça Negra – prêmio oferecido pela ONG Afrobras e a Faculdade Zumbi dos Palmares que destaca personalidades da luta pela igualdade racial.

Depois da tragédia do dia 14 de março deste ano, Marinete foi jogada aos holofotes e se tornou uma das maiores defensoras da justiça e memória de sua filha. “Nós fomos levados mesmo, jogados no mundo da mídia. A gente tendo que trabalhar, tivemos que nos reorganizar. Eu acabei ganhando uma filha de 19 anos [a neta]. Ou seja, tudo muda a partir daquilo. Além do vazio que fica, como se fosse um pedaço que tiram da gente", conta.

Para Marinete, defender o legado de Marielle é um dever.  “Queremos que as pessoas saibam que a Marielle tinha uma família. Que além da figura pública, que as pessoas falam ‘Marielle, presente’, mas presente de que forma? Através da família dela. A gente tem levado isso, e vamos levar, de uma família unida, que está sofrendo, e muitas vezes é deixada de lado. Hoje quem cuida da gente é Deus”, complementa.

É fácil ver de onde veio o jeito firme e forte de Marielle em Marinete. Mas a mãe garante que nos últimos anos ela quem aprendeu bastante com a filha.

“Aprendi que a desigualdade vem de muito tempo. Aprendi que o negro é cada vez mais descriminado. Esse crime [contra Marielle] foi político, mas também foi um crime de racismo. Diretamente ou indiretamente, Marielle foi discriminada. Aqueles homens acham que o espaço em que a Marielle chegou não é pra todo mundo, Marielle incomodou. É uma lição pra gente", afirma.

Marinete deixa claro em sua fala, que apesar do que aconteceu com a filha, ainda sente esperança quando pensa no legado de Marielle.

“Eu sinto essa esperança vindo da Marielle. Ela é uma referência. Marielle hoje consegue ultraar limites. Ela consegue mostrar que é possível, que ela chegou. A preta, o preto, podem ocupar esse espaço, tem condições de chegar. E que venham mais Marielles, ainda que igual a minha não venha mais, mas que levem essas pautas, que acreditem que é possível”, defende.

Trajetória

Quem vê Marinete em diversos eventos defendendo a memória da filha, talvez não imagine a sua trajetória. Ela nasceu em Alagoa Grande, na Paraíba, em 1951 e ou a sua infância em João Pessoa, para onde mudou bem nova.

“Tive uma infância feliz. Éramos 11 irmãos, eu já sou das mais novas, vim numa época mais tranquila, que já não se ou dificuldade. Meus pais tinham uma pastelaria, a gente fazia bolos e doces para as feiras da região”, conta.

Foi a primeira filha a se formar na universidade. Marinete cursou Direito na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e se especializou, anos mais tarde, em questão previdenciária. “Não tínhamos nenhum advogado na família e eu achava importante, então decidi fazer”, conta.

Ela se casou aos 26 anos em João Pessoa depois de namorar por quatro anos à distância, através de visitas e cartas, com o carioca Antônio Francisco Silva, o Toinho. Depois de casada, se mudou para o Rio. Marielle nasceu um ano e 5 dias depois do casamento.

Com a primeira filha nos braços, Marinete começou a cursar magistério na Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM), no bairro de Bonsucesso. Se tornou professora de primário e trabalhou em escolas durante os seis primeiros anos de Rio de Janeiro. “Eu trazia a Marielle bebezinha para a universidade. Tenho muitas fotos dela bebê, no carrinho, as meninas da minha turma ajudavam”, relembra.

Foi nessa época que a família foi morar na Maré, no Conjunto Esperança e depois no Conjunto Manoel da Nóbrega, perto da Paróquia de Nossa Senhora dos Navegantes, na zona Norte do Rio. É nessa paróquia que começa a formação católica de Marielle e da caçula Anielle, nascida cinco anos depois da primogênita. “Nossa família é paraibana, lá da Paraíba, e mareense, aqui da Maré!”, destaca rindo.

Durante a campanha de Marielle, feita em grande parte na Maré, ela foi cabo eleitoral e ajudou a conseguir os 46.512 votos que a elegeram. “Eu não queria, sempre achei que o trabalho dela já era muito bom, ela já acolhia as mães dos dois lados e que muita gente não sabia. Várias dessas mães me acolhem hoje”.

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: consciência negraluta contra o racismo
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