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Início Política

Discurso de ódio

Como surgiu o “antipetismo”, e do que ele se alimenta?

Especialistas analisam que o discurso contra corrupção concentra-se no PT, mas o problema é endêmico do sistema político

27.out.2018 às 16h58
São Paulo (SP)
Rute Pina
Mulher encena "execução" de homem com fantasia alusiva ao ex-presidente Lula

Mulher encena "execução" de homem com fantasia alusiva ao ex-presidente Lula - Foto: Heuler Andrey / AFP

O voto contra o Partido dos Trabalhadores foi a principal motivação de muitos eleitores que optaram pelo candidato de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) no primeiro turno das eleições presidenciais, em 7 de outubro. Foi, também, o principal sentimento entre os apoiadores do candidato militar que foram às ruas de São Paulo (SP) no último domingo (21). Para 98% das pessoas que estavam no ato na Avenida Paulista, o PT "é o partido mais corrupto" e "afundou a economia". 

A pesquisa é do Monitor do Debate Político no Meio Digital, em parceria com a Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. E mesmo que o partido não conste a lista dos que têm mais lideranças comprometidas em escândalos de corrupção, o dado mostra como o candidato do PSL conseguiu atrair um grande eleitorado capitalizando o discurso de ódio contra o PT.

A socióloga e jornalista Maria Eduarda da Mota Rocha, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que o sentimento antipetista encontrou espaço em um movimento de recusa do sistema político. Ela pondera também que o processo de rejeição às instituições e a crise de representatividade dos representantes políticos ocorre em todo o mundo.

"Há, por um lado, um grande processo de desqualificação da política, que atinge os poderes instituídos. E o PT está no poder há um certo tempo. Então, ele fatalmente é alvo desse sentimento de recusa da política que a gente está vivendo. Esse é um fenômeno global, que tem levado à ascensão da extrema direita em muitos lugares do mundo", pontua.

Mas, segundo a professora, esse processo se intensifica no Brasil por causa do "evidente desprezo pela democracia" que historicamente foi cultivado no país. 

"A elite brasileira tem um forte desprezo pela democracia. A vinculação da elite brasileira com a democracia sempre foi casuística e conjuntural. Tanto que em 1964 ela abriu mão [da democracia] e agora também está abrindo", afirma.

O professor do departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) Ricardo Musse aponta que o sentimento contra o partido foi forjado historicamente. Ele afirma que o discurso foi utilizado em todas as eleições presidenciais em que Lula concorreu — contra Collor, em 1989, e contra Fernando Henrique Cardoso, em 1994 e 1998. 

Para ele, o antipetismo — que foi atenuado em 2002, por conta do desgaste político do PSDB — entra em uma nova fase assim que o partido assume o poder. Desta vez, o discurso é vinculado à sensação de corrupção institucionalizada, a partir da exposição midiática do caso do Mensalão, a partir de 2005.

"Esse quadro se intensificou ainda mais a partir de 2012, com o julgamento do mensalão. Foi uma exposição midiática muito intensa que começou associar o PT de forma muito intensa à corrupção", afirma. "Esse processo inicial foi intensificado em 2014 com o início da Operação Lava Jato. O propósito inicial da operação, expresso no documento que Sérgio Moro escreveu, era mesmo 'destruir o sistema político'. Mas o primeiro o foi enfraquecer e tentar tirar do poder o partido que era hegemônico na sociedade, o PT."

O professor lembra que o tema da corrupção sempre foi a principal bandeira para desarticular governos progressistas no país. Mas ele pontua que a corrupção, no entanto, não explica a crise econômica.

Já a professora Maria Eduarda Rocha analisa que o sentimento de corrupção se alia a uma campanha de desqualificação do Estado e, em contrapartida, de valorização do discurso neoliberal. 

"A gente precisa enfrentar essa dimensão do privatismo da cultura brasileira. Quando a gente fala do privatismo neoliberal, a gente costuma associar esse discurso a entrega das empresas estatais às mãos privadas. Essa é uma dimensão trágica que a gente vai ver ser reforçada caso Bolsonaro seja eleito", afirma a professora.

"Mas existe uma outra dimensão do privado, que se articula a essa, que é muito mais cotidiana. Há toda uma narrativa de desqualificação do público que acabou sendo comprada pelas pessoas porque historicamente o Estado aparecia para as pessoas, como uma figura repressora. É muito novo, no Brasil, o Estado aparece como figura garantidora de direitos." 

Enquanto os holofotes se viram para o PT, quem lidera em número de parlamentares investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) é o PP. Dos 46 deputados em exercício em 2017, pelo menos 27 integrantes respondiam a ações penais ou inquéritos. 

Já na lista de políticos investigados por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, a maioria também pertencia à sigla. Bolsonaro esteve filiado na legenda entre 2005 a 2016.

Editado por: Diego Sartorato
Tags: corrupçãoptradioagência
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